Ciência e Tecnologia

Vulcão russo desperta após centenas de anos adormecido e preocupa cientistas

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O vulcão Bolshaya Udina, na Rússia, o qual acreditava-se estar extinto, entrou novamente em atividade. Com mais de 3 mil metros de altura, o vulcão fica localizado na península russa de Kamchatka, no extremo leste do país, ao norte do Japão. A região conta com diversos cinturões de vulcões. Na área, vivem aproximadamente 300 mil pessoas.

A comunidade científica não sabe ao certo quando foi a última erupção do Udina. Agora, os especialistas temem que evento similar ao que destruiu Pompeia, na Itália, há 2 mil anos, possa vir a acontecer.

“Lembre-se de Pompeia: o despertar do Vesúvio foi precedido por uma pausa de diversos milhares de anos. E uma erupção no ano 1.600, no Peru, provocou um esfriamento da Europa e fome na Rússia”, explicou o principal autor de um estudo sobre o vulcão. A pesquisa foi publicada no Journal of Volcanology and Geothermal Research. Iván Kulakov, responsável pela análise, deu uma entrevista à revista Ciência na Sibéria.

Os estudos

De acordo com artigos, os cientistas começaram a detectar sinais de atividade do vulcão em 2017. Após análises, foi então constatado que atividades sísmicas estavam ocorrendo sob o vulcão adormecido. Equipes de pesquisadores da Rússia, Arábia Saudita e Egito passaram a monitorar a região. Além disso, quatro estações de medição foram instaladas.

Entre outubro de 2017 e fevereiro de 2019, foram registrados aproximadamente 2.400 eventos sísmicos. Por outro lado, na mesma região, entre 1999 e 2017, o número não passou de 100 detecções. “Essas atividades sísmicas podem indicar a presença de intrusões de magma com um alto teor de fluidos, o que pode explicar a mudança do estado atual deste vulcão de extinto a ativo”, escreveram os pesquisadores.

Uma conexão do vulcão com uma zona chamada de talude também foi identificada pelos especialistas. Em tal área, na crosta inferior da Terra, são armazenadas imensas quantidades de magma. “Com os resultados deste estudo, chegamos à conclusão de que, durante 2018, a fonte de magma do Talude parecia ter construído outro caminho até o Bolshaya Udina”, indicou o estudo.

As possibilidades

Os especialistas, entretanto, não sabem quando o vulcão pode entrar em erupção e se isso irá de fato acontecer. No entanto, caso isso venha a ocorrer, suas consequências poderiam ser catastróficas. Ao menos é o que apontam os dados coletados até o momento pelos cientistas.

Ainda de acordo com Kulakov, o acúmulo de materiais ao longo das eras é o grande problema por trás do despertar do Udina. “A superfície de um vulcão inativo durante milhares de anos se torna muito rígida e a pressão que contém o magma é muito forte, o que pode provocar uma grande explosão, como foi o caso do Vesúvio (o vulcão que explodiu no ano 79 d.C.)”, disse ele.

Kulakov também é diretor adjunto do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia de Ciências da Rússia. Segundo ele, o que faz os cientistas associarem o Udina ao despertar do Vesúvio, é a composição das rochas do vulcão. Desta forma, caso uma erupção acontecesse, um resultado similar poderia ser produzido. Entretanto, ao ser entrevistado pela CNN, Kulakov afirmou que a probabilidade disso acontecer é de 50%. O vulcão “poderia simplesmente liberar a energia sem problemas em poucos meses ou simplesmente desaparecer sem nenhuma erupção”.

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