Há milhões de anos a temperatura da Terra caiu bastante e isso causou a extinção de vários animais. Os únicos que conseguiram sobreviver foram aqueles que tinham bastante pelo no corpo, como os antílopes. Esse período ficou conhecido como era glacial ou era do gelo.

Apesar de ser um fato histórico que marca o passado da vida do nosso planeta, pode ser que a era do gelo não tenha ficado para trás como pensamos. De acordo com uma pesquisa realizada recentemente, é possível que em 2030 haja uma nova era do gelo, mas não tão drástica como a primeira.

É melhor preparar o agasalho e o aquecedor, pois de acordo com a professora Valentina Zharkova, da Universidade de Nortúmbria, que conduziu a pesquisa, as chances de as temperaturas caírem daqui a alguns anos é de 97%. Além da queda de temperatura, a previsão é de que os invernos também sejam bem mais rigorosos.

A pesquisa, publicada no Astrophysical Journal, foi baseada em modelos computadorizados de manchas solares. Se os dados obtidos estiverem corretos, em 2022 uma parte das ondas vão começar a se mover para a parte do hemisfério norte e sul do sol, ou seja, a atividade solar seria reduzida.

Mínimo de Maunder

Durante a movimentação das ondas solares, duas delas estarão em sincronia, entrando em seu pico ao mesmo tempo, só que em hemisférios opostos. Esse fenômeno causaria o Mínimo de Maunder, como é conhecido pelos cientistas.

Entre os anos 1645 e 1715, acorreu um fenômeno parecido e parte da Europa e dos Estados Unidos tiveram invernos super intensos. O rio Tâmisa, localizado em Londres, chegou a ficar congelado por 7 semanas seguidas. Em 2030, as partes das afetadas vão ser novamente a Europa e a América no Norte.

Alguns cientistas têm questionado a adoção do termo “era do gelo” para falar do fenômeno, pois não se trata de algo tão extremo como aconteceu há 60 milhões de anos. No entanto, eles concordam que a Terra vai passar por um período de baixas temperaturas em 2030.