Como nós podemos definir se uma pessoa é ou não é bonita? Apesar de alguém poder sugerir que basta se referir aos padrões de beleza que todos conhecem, as coisas não são bem assim.
O chamado “corpo perfeito” pode ser completamente diferente, dependendo da época, da região e da cultura que analisarmos. Mesmo que existam algumas coisas valorizadas por muito tempo, alguns tipos de beleza podem ser muito mais idolatradas em certas épocas e ocasiões.
Se você já se pegou criticando formas ou aparência de alguém, lembre que os padrões sugeridos por aí podem estar fortemente influenciados pela cultura em vigência por conceitos empurrados por gente interessada em muito mais. Algo que é bonito neste ano, pode ser completamente desconsiderado no ano seguinte.
Confira então algumas fotografias que mostram a evolução do conceito da beleza feminina ao longo de séculos para os humanos.
O padrão de beleza dos antigos egípcios carregava algumas semelhanças com o que conhecemos hoje, quando valoriza figuras esguias, porém, a época não valorizava tantas curvas e formas diferenciadas. O ideal era que as mulheres possuíssem ombros estreitos, cintura alta e um rosto simétrico.
Na Grécia da Antiguidade Clássica, as mulheres eram consideradas espécies de versões desfiguradas dos homens. Para a época, mulheres de corpo farto e rechonchudas, as gordas, eram as verdadeiras referências de beleza. Além disso, uma pele clara era ideal.
Os antigos chineses valorizavam formas sutis, com mulheres de cinturas finas, pele pálidas e pés bem pequenos. Outra fator exaltado eram os olhos grandes, que se destacavam entre as chinesas de olhos muito puxados e pequenos.
Para os italianos da era de expansão da Europa, formas largas eram ideais. Bustos avantajados, barrigas arredondadas e quadris largos eram as melhores características que uma mulher poderia ter.
Um pouco mais tarde, na Inglaterra, mulheres de corpo cheio também eram valorizadas. Porém, aqui o padrão era um pouco diferente pela valorização das formas cheias de curvas e das cinturas mais finas. Era comum que as mulheres vestissem espartilhos para conseguir alcançar a forma desejada.
Nos chamados “Loucos Anos Vinte”, as mulheres mais atraentes eram as que tinham a aparência infantilizada, mas não para meninas. Mulheres que lembravam garotos, com seios pequenos e cabelos curtos eram as mais desejadas, fazendo sucesso até mesmo em apresentações e espetáculos artísticos.
Com a popularização do cinema, os padrões eram determinados pelas atrizes de destaque das maiores produções norte-americanas. Mulheres cheias de curvas com corpo violão eram as mais valorizadas. Seios volumosos e cinturas finas eram o sonho de toda mulher.
Nas gerações que buscavam a paz, o amor e a simplicidade para os povos, mulheres que lembravam jovens inocentes eram destaque. Moças esbeltas e graciosas, com corpos esguios e pernas longas recebiam muito mais atenção.
Quando as top models começaram a representar o que havia de mais belo no mundo feminino, a sociedade passou a desejar corpos atléticos e altos, com menos curvas e braços e pernas torneados.
O advento dos movimentos de rock alternativo, como o grunge, gerou a valorização de beleza de um estilo marginalizado. Mulheres magras, de pele clara, aparência andrógina e roupas rasgadas eram o centro das atenções.
No começo dos anos 2000, o padrão de beleza que ainda consideramos atualmente começou a ganhar força. Mulheres de barriga chapada e aparência atlética e saudável se tornaram o foco. Por outro lado, as curvas também merecem atenção, desde que estejam concentradas no bumbum ou nos seios.
Da próxima vez que você sentir que o seu corpo está longe da perfeição, lembre-se que o conceito é completamente efêmero e não representa nenhum ideal absoluto. Ao entender o olhar de outras gerações, talvez a gente seja capaz de aceitar e valorizar cada vez mais formas e corpos diferentes.
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