História

3 situações problemáticas criadas após o 11 de setembro nos EUA

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No dia 11 de setembro de 2001, aproximadamente 3 mil vidas foram perdidas durante os ataques ao World Trade Center, em Nova York, e ao voo 93 da United, que atingiu o Pentágono.

Esse atentado se configurou como um dos mais terríveis atos terroristas da história, provocando profundas mudanças sociopolíticas globais.

No entanto, podemos ver que, depois de 22 anos, o mundo ainda se encontra sob a sombra desses ataques, incapaz de se recuperar completamente.

As repercussões, tanto de curto quanto de longo prazo, continuam a ter um impacto significativo, e muitos desenvolvimentos perturbadores decorreram desse trágico dia.

Consequências do dia 11 de setembro

1. Aumento dos ataques contra a comunidade muçulmana

Via MegaCurioso

Em um país marcado por profundas questões de racismo estrutural, era previsível que a sociedade americana reagisse ao atentado manifestando um de seus piores vícios: a disseminação do ódio.

Assim que Osama Bin Laden, o fundador do grupo terrorista Al-Qaeda, foi identificado como o principal responsável por essa atrocidade, cidadãos americanos começaram a canalizar sua indignação contra a comunidade muçulmana e seus descendentes que viviam no país.

De acordo com dados fornecidos pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) e compilados pelo The World, logo nos dias subsequentes ao atentado, houve um dramático aumento nos episódios de violência e intolerância direcionados a essa minoria.

A escritora muçulmana Shawna Ayoub Ainslie, em entrevista ao HuffPost, compartilhou seu medo e suas preocupações. Ela contou que tinha receio de sair às ruas. Se precisasse sair, não podia se dar ao luxo de cometer nenhum erro, nem mesmo nas palavras que escolhia, as quais ela policiava cuidadosamente.

Não podia correr, nem ao menos assustar alguém inadvertidamente, e muito menos quebrar qualquer lei, por mais trivial que fosse.

Os números de incidentes de crimes de ódio contra a comunidade muçulmana dispararam naquele ano, passando de 28 para 481 casos. Embora as taxas tenham diminuído nos anos subsequentes, nunca mais retornaram aos níveis pré-ataque.

Além disso, somente em 2001, os crimes contra os muçulmanos tornaram-se o segundo tipo mais reportado de preconceito religioso, perdendo apenas para o antissemitismo.

2. Deportações em massa motivadas por preconceito

Via Veja

Não apenas a sociedade reagiu à ameaça percebida da comunidade muçulmana; o governo dos Estados Unidos seguiu o mesmo caminho, intensificando ainda mais o sentimento anti-imigrante que estava ganhando espaço no discurso político do país.

Como uma resposta destinada a proteger a segurança nacional, foi estabelecido o Departamento de Segurança Interna em conjunto com o Órgão de Fiscalização de Imigração e Alfândega.

Isso concedia amplos poderes para facilitar a deportação tanto de imigrantes com documentação regular quanto daqueles sem documentos legais.

Embora a campanha tenha sido uma medida para desmascarar espiões infiltrados, acabou principalmente afetando cidadãos imigrantes que não tinham culpa por suas origens.

Conforme observado pelo Transactional Records Access Clearing House, os casos de deportação aumentaram de 1,6 milhão antes dos eventos de 11 de setembro para 2,3 milhões.

Praticamente qualquer infração tornou-se motivo para deportação, incluindo até mesmo multas de trânsito, que por vezes eram aplicadas com motivações hostis e gratuitas.

Essa reforma acabou sendo altamente lucrativa para empresas privadas que operavam centros de detenção de imigrantes. Os ganhos foram substanciais com o processamento de quase metade dos imigrantes que os EUA detiveram.

3. Comercialização da tragédia

Via MegaCurioso

Em 2014, o Memorial e Museu Nacional do dia 11 de Setembro surgiu com a intenção de ser um “monumento à dignidade humana, coragem e sacrifício”.

No entanto, a presença de uma loja de souvenirs, que vendia produtos relacionados à tragédia, como moletons, crachás, canecas e garrafas, tornou-se ofensiva para várias pessoas.

Diane Horning, mãe de uma vítima, lamentou em um artigo do The New York Post. Ela diz que foi a coisa mais desrespeitosa e insensível ter um empreendimento comercial no local onde seu filho e milhares de outras pessoas perderam a vida.

O museu não foi o único a tentar lucrar com os terríveis acontecimentos de 11 de setembro.

Um mercado online considerável se desenvolveu, onde compradores e vendedores negociavam relíquias autênticas resgatadas dos escombros das Torres Gêmeas, como uniformes e equipamentos.

Essas são apenas algumas das consequências do dia 11 de setembro para os Estados Unidos e para o mundo.

 

Fonte: MegaCurioso

Imagens: MegaCurioso, MegaCurioso, UOL

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