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5 coisas que você não sabia sobre macumba

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*A matéria que você vai ler nas próximas linhas não expressa uma opinião individual nem do site Ultra Curioso a respeito do assunto. Todos os temas citados aqui estão embasados em fontes citadas no final do texto.

No sentido original da palavra, “macumba” é apenas um instrumento de percussão de origem africana, semelhante a um reco-reco. Um “macumbeiro” era o indivíduo que tocava este instrumento. Entretanto, o termo hoje é geralmente relacionado a rituais religiosos sincréticos de matriz africana, e começou a ser usado dessa forma a partir da primeira metade do século XX, quando igrejas neopentecostais e alguns outros grupos cristãos consideravam profana a prática de religiões como a Umbanda e o Candomblé (onde o instrumento musical era muito usado). Com o tempo, quaisquer manifestações dessas religiões passaram a ser tratadas como “macumba”. Mas você sabe o que é macumba?

Despachos feitos na encruzilhada com pinga e velas vermelhas, pratos de farofa com champanhe, galinhas pretas sacrificadas e várias outras mais, a popular ‘macumba’ ainda é muito praticada no Brasil, e há quem tenha muito medo dela. Elas são realizadas normalmente com algum propósito pessoal (bom ou não), onde são oferecidos presentes e ‘agrados’ (as famosas oferendas) aos espíritos e entidades específicas. Pede-se de tudo: desde proteção, amor, dinheiro até a morte do inimigo.

Veja agora no Ultra Curioso 5 coisas que você não sabia sobre macumba.

1. A gira

"Umbanda é Luz..."

A gira é uma cerimônia que ocorre no ‘congá’ (uma espécie de altar) com o objetivo da incorporação de um determinado espírito. Após “defumar” o local com a fumaça de ervas específicas, os membros da gira fazem uma ciranda e começam a entoar orações e cantar músicas, para chamar o espírito desejado. É quando acontece a incorporação.

Para que a entidade desencorpore, são entoados mais cânticos. É o famoso “canta pra subir”.

2. Despachos

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O despacho de macumba é a oferenda feita ao espírito ou entidade para se obter o favor desejado. Alguns espíritos preferem alimentos (como farofa ou pipoca), outros velas e bebidas como cachaça ou champanhe. O local de realização do despacho sempre possui um significado. Pode ser na praia, encruzilhada, ou até mesmo no cemitério.

3. O quarto dos santos

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O roncó (ou quarto de santo) é o lugar específico onde o adepto fica confinado por 21 dias após ficar “bolado”, um estado de semi-incorporação que ele experimenta antes de se iniciar ao seu ‘santo’.

O pai-de-santo prepara o roncó com a esteira sob a qual serão depositadas as devidas folhas, as representações materiais do orixá (como quartilhões, alguidares, ferramentas, pratos etc.) e tudo o mais que será necessário durante o tempo do recolhimento. Depois de passar pelo roncó, o indivíduo está pronto.

4. Disciplina!

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Chamado de peia, cobrança, castigo, porrete, sacudida e mais uma série de termos, o castigo de um espírito pode recair sobre seu ‘filho’ caso ele não obedeça suas ordens e orientações.

Há casos contados em que, por desobediência e desacato, o “filho” foi “passado”. Esse termo é muito comum para se referir a casos em que o “filho” desobediente foi castigado fisicamente (em um acidente, ou tendo algum distúrbio orgânico inexplicável) a ponto de vir a falecer.

5. Atabaque sagrado

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O toque do atabaque é considerado importantíssimo para que haja incorporação. Tal instrumento é consagrado e guardado com máxima reverência, coberto com lençóis específicos. Acreditam que para cada linha de ‘incorporação’ exista um tipo de toque específico, e a vibração correta ajudará o médium a incorporar com maior facilidade. Inverter o tipo de batida pode causar dano ao andamento de sua cerimônia.

Fonte(s): ABHR, Mundo Estranho.

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