Embora a ciência tenha evoluído mais do que nunca, ainda existem alguns mistérios sem respostas, que não conseguimos desvendar.
Uma das coisas que impulsionam o ser humano são os enigmas da Terra, as descobertas do ser e da consciência, entender mais sobre o Universo e sobre o Cosmos.
No entanto, nem mesmo todo esse fascínio fez com que encontrássemos respostas para todas as nossas perguntas. As mentes mais brilhantes dedicaram sua vida em pesquisas e mistérios, mas alguns ainda ficam de fora.
Se você tem curiosidade para saber quais as principais perguntas que seguem sem resposta, confira uma lista de dúvidas científicas não resolvidas para refletir e pensar:
5 mistérios sem respostas
1. Do que é feito o Universo?
O Universo em si é uma fonte inesgotável de questões: o que existia antes de tudo? Ele é infinito ou simplesmente grande demais? É singular ou apenas um entre muitos?
Contudo, um aspecto particularmente intrigante é o fato de que, até o momento, os cientistas compreendem apenas a natureza de 5% de sua estrutura.
Estamos nos referindo aos átomos e seus constituintes – prótons, elétrons e nêutrons – e aos neutrinos, partículas indescritíveis capazes de atravessar a matéria (inclusive toda a Terra) como se esta não estivesse presente.
Embora esses conceitos nos sejam familiares hoje, é crucial lembrar que a ideia do átomo foi registrada no século V a.C., estudada pelos gregos na época deles.
Mesmo assim, somente no início do século XIX o químico John Dalton desenvolveu um argumento convincente que levou à surpreendente conclusão de que toda a matéria era composta por fragmentos atômicos muito pequenos e indivisíveis.
Desde então, existem muitos mistérios sem respostas acerca desse assunto, como: do que são feitos os outros 95%?
Sabe-se que aproximadamente 27% é composto por matéria escura, junto de outras forças gravitacionais. No entanto, nosso conhecimento é limitado, e a energia escura, que pouco sabemos, existe em abundância.
2. Qual é a origem da vida?
Um dos grandes mistérios sem resposta é, claro, qual a origem da vida.
A resposta mais comum é a famosa sopa primordial, ensinada na escola. Essa hipótese, proposta na década de 1920 por Alexander Oparin na antiga União Soviética (URSS) e pelo geneticista britânico JBS Haldane, é uma das várias teorias concorrentes que buscam oferecer a melhor explicação.
Essa ideia sugere que, quando a Terra era jovem, os oceanos continham produtos químicos simples essenciais para a vida, e a mistura desses compostos com gases na atmosfera e a energia dos raios pode ter gerado aminoácidos, as estruturas fundamentais das proteínas.
Para muitos cientistas, essa teoria é a mais convincente para explicar a origem da vida na Terra. No entanto, ela não é universalmente aceita, e tampouco é a única em circulação.
Alguns estudiosos defendem que a vida surgiu nos oceanos, enquanto outros apontam para piscinas geotérmicas, regiões glaciais ou até mesmo especulam que ela possa ter chegado à Terra por meio de asteroides ou poeira espacial.
E ainda existe a questão temporal, sem sabermos, ao certo, quando tudo começou. Sabemos com certeza que a vida começou após a formação da Terra, há 4,5 bilhões de anos, mas antes de 3,4 bilhões de anos atrás, a era dos fósseis mais antigos confirmados.
Assim, a resposta a uma das questões mais profundas da ciência permanece em aberto, e ainda não ousamos explorar a pergunta ainda mais fundamental: por que a vida começou?
3. O que define nossa humanidade?
Questões mais profundas sobre o ser humano também surgem nesse âmbito, e nos levam a pensar sobre o que somos e como agimos.
Antes, existiam características que pareciam exclusivamente humanas, como a linguagem, a capacidade de nos reconhecermos quando refletidos, a habilidade de criar e usar ferramentas, ou a resolução de problemas complexos.
No entanto, animais como polvos e corvos, por exemplo, aprenderam, gradualmente, a imitar isso. Além disso, descobriu-se que o genoma humano é 99% idêntico ao dos chimpanzés.
Embora nossos cérebros sejam maiores que os de muitos animais, essa característica não parece ser a chave, especialmente considerando que animais como elefantes nos superam nesse aspecto.
Por isso, a busca pela resposta concreta não leva a lugar nenhum, e não sabemos dizer o que nos torna realmente humanos. Seria nosso polegar? Nosso cérebro? Ou a cooperação, a compaixão e a partilha de habilidades?
4. O que é a consciência?
Como gancho do mistério anterior, essa pergunta pode fazer a mente fritar, quase literalmente. Pensar sobre nossos próprios pensamentos deixa muitas pessoas à beira da insanidade, e ainda não existem respostas concretas sobre isso.
De acordo com especialistas, o órgão da consciência é o cérebro humano, considerado a estrutura mais complexa do universo conhecido. Ele possui 100 bilhões de células nervosas ativas, que controlam funções biológicas e facilitam o pensamento.
A consciência não apenas nos permite reagir a sons, aromas e diversos sinais do ambiente, mas também armazena informações. Além disso, ao integrar e processar uma grande quantidade de dados, somos capazes de concentrar-nos e filtrar estímulos sensoriais, em vez de apenas reagir.
No entanto, o cérebro vai além de ser apenas um computador. Ele quem proporciona uma vida interior, pois não apenas pensamos, mas também temos consciência de que estamos pensando.
Nesse caso, a forma como o cérebro processa esses elementos é o grande X da questão, e talvez seja uma questão que nunca entenderemos.
5. Por que temos sonhos?
Por fim, os cientistas e especialistas em sono identificam o momento em que sonhamos: geralmente durante a fase mais profunda do ciclo do sono, conhecida como REM (Rapid Eye Movement, ou “Movimento Rápido dos Olhos”, em inglês).
No entanto, um dos mistérios sem resposta é saber por que, exatamente, isso acontece.
Sigmund Freud propunha que os sonhos eram manifestações de desejos não realizados, frequentemente de natureza sexual. Outros sugerem que os sonhos são simplesmente imagens aleatórias geradas por um cérebro em repouso.
Alguns estudos indicam que os sonhos podem desempenhar um papel na memória, aprendizado e expressão emocional.
Além disso, eles podem servir como uma forma de reflexão ou liberação do estresse diário, ou até mesmo como um meio inconsciente de enfrentar experiências desafiadoras.
No entanto, é possível que os sonhos não desempenhem uma função específica e sejam apenas subprodutos da atividade incessante do nosso cérebro enquanto dormimos.
Seja como for, segue sem resposta, e os humanos sonham, acordados ou dormindo, com essas e outras questões.
Fonte: Folha de São Paulo