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5 séries e filmes com erros científicos graves

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Ok, antes de mais nada, vamos concordar que, quando se trata de cinema ou TV, a imaginação não tem limites e tudo é possível – em especial em época de CGI (imagens geradas por computador). O problema é quando as produções se baseiam em dados científicos e, por algum deslize, apresentam explicações que não fazem o menor sentido ou que não estão corretas. O grande público pode não perceber, mas nada passa despercebido aos olhos de quem entende. Os erros acabam tirando um pouco da credibilidade da produção. Ou será que não?

Bom, de qualquer forma, está cada vez mais visível a preocupação com a realidade. Um exemplo é a série Mr. Robot, do canal americano USA, que apresenta o universo dos hackers como ele realmente é: nada de telas de carregamento falsas que fazem milagres em um telefone celular conectado a uma rede 3g. É uma tendência que deve ser seguida, deixando as produções cada vez mais críveis.

Veja 5 séries e filmes que, ao contrário de Mr. Robot, apresentam erros científicos bem graves:

Matrix

Matrix

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O problema com Matrix está em sua essência mais básica: todo o filme parte do princípio das máquinas escravizarem os seres humanos para produzir energia. É uma premissa interessante (que rendeu um excelente primeiro filme), mas tem um pequeno problema: a gente não produz energia, só consome (e muita).

Todo ser vivo é assim – até mesmo as plantas, cuja energia, como aprendemos no Ensino Fundamental, vem do Sol. E boa parte do que consumimos não poderia ser usado para gerar mais energia: só o cérebro usa, em media, 20% da energia que entra para você se lembrar do que comeu no almoço. Se as pessoas pedalassem o dia inteiro, não produziriam o suficiente para recompor o que gastaram no exercício. Seria muito mais fácil e produtivo queimar os corpos.

Incrível Hulk

Hulk

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dois problemas básicos no último filme do Hulk, lançado em 2008, com Edward Norton no papel principal. Primeiro, se a história fosse verdade, os raios gama que atingiram o doutor Bruce Banner o matariam, não o transformariam em um herói.

Mas vamos aceitar isto, já que é dito que ele se tornou imune ao elemento radioativo de alguma maneira. O outro problema é um pouco mais difícil de explicar: de onde vem a massa muscular que transforma um doutor franzino em um monstro em questão de segundos? E para onde vai esta massa depois? Será que o Hulk, na verdade, é feito de ar? Ou será que ele perde essa massa de outro jeito? Melhor nem pensar em como.

Star Trek

Star Trek

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não, o problema não é o som no espaço, que você já está cansado de saber. Apesar de Star Trek ser mais “realista” que a franquia rival, a série apresenta um erro científico grave quando se trata da Convergência Evolutiva. Não sabe o que é isso? Bom, é um fenômeno evolutivo observado em seres vivos que evoluem de maneiras semelhantes em lugares diferentes. Compare os Vulcanos, Klingons e Ferengi com os humanos. A diferença é pouca, certo? Uma orelha pontuda, uma cara esquisita… nada muito impressionante

Para um alienígena parecer tão humano, não só o planeta teria que ser igualzinho à Terra, como toda sua evolução teria que ser exatamente a mesma.  Quais as chances de algo assim acontecer com três raças diferentes em lugares distantes entre si? Acredite se quiser, seria muito mais provável raças esquisitas como aquelas que vemos em Star Wars.

Lucy

Lucy

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Outra premissa furada. No filme, a personagem vivida por Scarlet Johansson recebe uma droga acidental que, em vez de matá-la, a transforma em uma espécie super-heroína que pode usar 100% de sua capacidade cerebral. Legal, né? Seria perfeito não fosse um detalhe: esta história de que só usamos 10% do cérebro não é verdade. Simplesmente não é. Nunca nenhum cientista disse isto. Como já foi dito aqui, o cérebro é um órgão gastador. Seria impensável que a evolução criasse algo tão extremo para desperdiçar potencial. Esta é apenas uma lenda urbana que se espalhou ao longo dos séculos e muita gente acredita.

The Walking Dead

Walking

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com The Walking Dead (e qualquer outra produção relacionada a zumbis), o erro é bastante simples – e até óbvio. Gente morta não mexe. Simples assim. E nem é pelo fato de estarem mortas. Cientificamente falando, mesmo que uma droga milagrosa devolvesse a vida aos mortos-vivos, eles não seriam capazes de se mexer. Isto porque, horas após a morte, os músculos do corpo humano travam devido ao rigor mortis, que acontece pela falta de ATP – o combustível das células. O corpo só pode se movimentar dias depois, quando a decomposição dele simplesmente quebra as fibras musculares. Ok, eles poderiam se mexer mas seriam tão moles que não conseguiriam se movimentar direito.

Apenas 2% da população consegue acertar a resposta desse desafio criado por Einstein

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