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7 fatos que você não sabia sobre a escravidão

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Não restam dúvidas de que a escravidão é um dos temas mais complexos e delicados desde sempre. Independentemente disso, todos vão concordar que foi um período terrível, onde várias atrocidades aconteceram. É bem provável que nunca tenhamos aprendido o suficiente nos tempos da escola, mas o fato é que a escravidão foi muito mais complicada do que pensamos. Por incrível que pareça, não foram apenas os negros que sofreram na escravidão. Brancos também foram escravizados durante esse período horrível da história.

Os donos e traficantes de escravos faziam de tudo para tentar justificar essa prática desumana. Fizeram uso, inclusive, da criação de uma bíblia escrava. Aqueles que não suportavam os maus-tratos e torturas constantes, ou conseguiam fugir ou eram capturados e levados de volta. Mas além disso e de todo o sofrimento, muitas outras coisas aconteceram durante a escravidão. Coisas que você talvez não saiba. Confira algumas delas a seguir.

1 – A Bíblia da escravidão

Alguns donos de escravos os converteram ao cristianismo. Mas como algumas passagens da Bíblia combatiam a escravidão, eles não permitiam que os seus escravos a lessem. Contudo, eventualmente, eles encontraram uma forma de lidar de forma melhor com esse problema. Bastou remover a maioria dos capítulos do Antigo Testamento e uma parte do Novo Testamento. Com isso, eles criaram o que era chamado de “Partes da Bíblia Sagrada, selecionadas para o uso dos Escravos Negros, nas Ilhas Britânicas da Índia Ocidental”, ou como é chamada hoje em dia, a Bíblia dos Escravos. As partes mantidas eram usadas para justificar e fazer a escravidão parecer normal. Exemplo disso é a parte em que José foi mantido como escravo no Egito.

2 – Cães treinados para caçar escravos fugitivos

Os escravos que conseguiam fugir de seus donos, geralmente, eram difíceis de rastrear e muito perigosos para se aproximar e capturar. Mas os donos de escravos descobriram uma solução para isso. Eles começaram a criar cães ferozes, com o intuito de rastrear, atacar e capturar os escravos fugitivos. Em muitos casos, eles nem faziam questão de trazer o escravo de volta, apenas permitiam que os cães matassem violentamente os escravos capturados.

3 – Escravos brancos

É quase um senso comum achar que a escravidão era somente de pessoas negras, mas houve também a escravidão que aprisionou pessoas brancas. Isso porque estamos acostumados a associar a escravidão apenas com a prática transatlântica, aquela em que os escravos eram trazidos da África. Mas essa foi apenas uma forma de escravidão, tiveram outras, que aconteceram em outros lugares do mundo e que incluíram brancos como vítimas. Um exemplo foi a escravidão comandada pelos corsários bárbaros, em sua maioria, muçulmanos. Eles costumavam manter os homens como escravos, as mulheres eram vendidas como concubinas, e as crianças do sexo masculino eram forçadas a se converter ao islamismo. Posteriormente, seriam recrutadas para o corpo de escravos do exército otomano.

4 – Fugir do seu dono foi considerado um transtorno mental

Samuel Cartwright foi um médico que apoiou a escravidão nos Estados Unidos, e inclusive usou a medicina para justificá-la. Em 1849, ele ficou encarregado de documentar as doenças dos afro-americanos. Em seu relatório, intitulado “Doenças e peculiaridades físicas da raça negra”, Cartwright alegou que os negros eram inferiores aos brancos. Segundo ele, os negros possuíam cérebros menores, sistemas nervosos imaturos e peles sensíveis. Ele ainda criou um distúrbio para diagnosticar escravos fugitivos. E chamou de drapetomania. Para o médico, esse era um distúrbio mental que fazia os escravos desejarem fugir dos seus senhores. A cura para esse distúrbio eram “sessões de tortura” e amputação dos dedos dos pés.

5 – Preguiça também foi tida como um transtorno mental dos negros

E o médico Samuel Cartwright não parou na drapetomania. Ele foi além. O homem alegou ainda outro distúrbio metal fictício, o qual ele chamou de disestesia aethipica. Segundo ele, a disestesia aethipica deixava os escravos preguiçosos, fazendo com que eles trabalhassem mais devagar, como se estivessem sonolentos.

6 – Negros libertados eram sequestrados e vendidos à escravidão

Muitos escravos fugitivos e negros livres eram sequestrados no norte dos Estados Unidos e vendidos no sul como escravos. Os negros livres, que eram sequestrados, tinham dificuldades para provar que eram livres. Isso porque os tribunais, na maioria dos casos, rejeitavam os seus documentos temendo serem falsos. Assim, muitos negros que nem eram escravos acabaram sendo obrigados a se tornarem.

7 – Africanos venderam africanos à escravidão

Os africanos venderam seu próprio povo à escravidão. Quando os navios negreiros viajavam para a África, eles tinham que pegar os seus escravos de algum lugar. A maioria deles ia para as costas da África, onde compravam escravos de tribos nativas daquelas regiões. Os escravos que eram vendidos, muitas vezes, eram prisioneiros de guerra que haviam sido capturados de tribos rivais.

E você, já sabia sobre esses fatos? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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