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7 furos de roteiro confirmados pelos criadores dos filmes

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O termo “furo de roteiro” se refere à quebra de conceitos preestabelecidos em qualquer história. No entanto, a expressão se desgastou e hoje é usada para explicar qualquer eventual erro na continuidade das narrativas. Principalmente, na televisão e no cinema. O termo foi empregado à exaustão e agora parece não ter como fugirmos dele. Dito isso, a seguir, iremos comentar alguns furos de roteiro confirmados pelos criadores dos filmes.

Os ditos “furos” apresentados abaixo foram reconhecidos como erros, ou pelos roteiristas e/ou diretores, logo depois da estreia do filme. Há casos de equívoco e outros, para variar, de interferência do estúdio. Confira as histórias.

1 – Linha temporal de Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Em certo momento do filme, um cartão confirma que a história é ambientada oito anos depois da Batalha de Nova York vista em Os Vingadores. Este, por sua vez, é integrado ao ano de 2012, logo, De Volta ao Lar deveria se passar por volta de 2020. Mas, depois de tantos filmes lançados, às vezes fica difícil acompanhar a cronologia ao pé da letra.

Joe Russo, um dos diretores de Vingadores: Guerra Infinita, comentou o equívoco temporal. Segundo ele, foi um “muito incorreto oito anos”. Eric Carrol, coprodutor, disse que deveria ter sido dois anos após Guerra Civil, porém, eles filmaram como se houvessem passado apenas alguns meses.

2 – A grade dentária de Coringa em Esquadrão Suicida

Ainda antes de seu lançamento, o roteirista e diretor David Ayer comentou sobe a grade dentária usado por Coringa. Segundo ele, Batman havia quebrado boa parte de seus dentes devido à morte de Robin. Durante a projeção, no entanto, Arlequina diz que estava com ele quando o assassinato ocorreu. Porém, no flashback onde os dois se conhecem, Coringa já está com as grades nos dentes.

Mais tarde, David Ayer usou sua conta no Twitter para revelar que a linha temporal foi editada após o término das filmagens. E como bem sabemos, o que não faltou em Esquadrão Suicida foram interferências.

3 – A viagem no tempo em Looper

No geral, a maioria dos filmes que envolve viagem no tempo possui alguma falha no próprio mecanismo. Assim como boa parte das histórias de ficção científica e fantasia. O problema de Looper está no seu estado civil. Quando a nova e velha versão de Joe se encontram num restaurante, a velha percebe algo no braço do outro.

O Joe mais novo gravou em seu braço o nome “Beatrix” – a garçonete do lugar. Ele fez isso para provar seu ponto sobre a causalidade ao Joe “velho”. Mas ele ainda não era casado. E a dúvida levantada foi se a moça não pensaria duas vezes ao entrar num relacionamento no qual o homem tem gravado o nome de, teoricamente, outra mulher no braço. Que, por coincidência macabra, é o mesmo que o seu.

Em uma entrevista para falar sobre o filme, Rian Johnson – o diretor – explicou seu lado. “Se você pensar sobre a foto clássica de De Volta Para o Futuro, isso realmente não faz sentido algum. Se você está mudando a linha do tempo e seu irmão não nasceria, não é como se ele não fosse começar a desaparecer por partes na foto. De repente, existiria outra realidade onde aquela foto nunca teria sido tirada e o pedaço de papel desapareceria. Mas isso não me incomoda nem um pouco, porque quando você assiste, você entende o que está acontecendo. Faz sentido para você. Mesmo se pensar sobre isso, o não parece lógico, ainda faz sentido em um nível de narrativa. E que no final do dia é o que importa”.

4 – A história de Boneco de Neve

Este é um caso raro de filme onde nada faz sentido. O elenco é grandioso, mas a história tem tantos buracos quanto as estradas brasileiras. Nenhuma cena se encaixa com outra e pior ainda, a sub-trama do personagem de Val Kilmer. Logo após a estreia do filme, o cineasta Tomas Alfredson explicou o problema por trás da produção.

De acordo com ele, a produção foi apressada e cerca de 15% da história não foi gravada devido ao conflito em agendas. “Nosso tempo de filmagem na Noruega foi muito curto. Nós não tínhamos toda a história conosco e quando começamos a editar, descobrimos que faltava muita coisa. É como se você estivesse montando um grande quebra-cabeças e algumas peças estivessem faltando. Você não consegue ver a imagem completa antes do término”, esclareceu.

5 – Os astronautas em Armageddon

Armageddon é um filme para entreter e apenas isso. Contudo, se fizermos um esforço e pensar na verdadeira razão pela qual a NASA optou por enviar perfuradores de petróleo ao espaço ao invés de treinar seus astronautas para perfurar um asteroide, teremos dificuldade de encontrar a resposta.

Nos comentários do DVD, Ben Affleck revela ter levantado essa questão ao Michael Bay na época. O diretor simplesmente o mandou “fechar a porra da boca”. Comportamento que pode ser interpretado como reconhecimento da própria falha.

6 – A perda da voz de Ariel em A Pequena Sereia

Em certo ponto da história, Ariel faz um acordo com Úrsula, no qual ela assume a forma humana em troca de ficar sem sua voz. A transformação teria duração de três dias, período que ela deveria conquistar o beijo verdadeiro do príncipe Eric a fim de permanecer humana. Caso contrário, voltaria a ser sereia e pertenceria à Úrsula para sempre.

Ariel eventualmente consegue, porém, ela passa por diversas dificuldades por estar sem voz. Infelizmente, não passou por sua cabeça em escrever e explicar sua situação a Eric. Algo simples que causou constrangimento para o pessoal do estúdio. Tom Sito, animador da Disney, contou que logo depois do lançamento do filme, uma criança fez a mesma pergunta para a equipe. Na hora, todos se entreolharam sem saber que responder.

7 – DNA em Instinto Selvagem

O famoso filme de Paul Verhoeven foi lançado em 1992, época na qual os testes de DNA já eram usados em investigações criminais, embora não com a mesma frequência e eficiência de hoje. A história apresenta a personagem de Sharon Stone como uma serial killer que mata seus parceiros durante o sexo.

O problema do filme é que, em momento algum da história, a polícia pede por seu DNA. O procedimento nem ao menos é mencionado. Mais tarde, o roteirista Joe Eszterhas admitiu que não o utilizar nas investigações foi um grande erro.

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