Os mitos que giram ao redor da adoção são provas dos medos e aflições enfrentados pelos pais na hora da adoção. A lista de 7 mitos sobre as reações de pais e filhos adotivos são para desmistificar essa construção social sobre o processo e mostrar que o afeto e cuidado são bem maiores na vida desses pequenos do que qualquer outra influência externa à adoção.
Muitas pessoas sustentam pensamentos errados sobre orfanatos e casas de adoção. Muitos acreditam serem lugares de delinquentes, ou de gente que foi parar lá por causa de uma relação familiar conturbada, tomando para si traumas e problemas futuros. Esses mitos têm sido estudados por especialistas para desconstruir as mentes e abrir os corações de papais e mamães para uma inacreditável experiência. Veja:
1 – Você tem que adotar mais de um filho
Muitos casais carregam a ilusão de que ao adotar uma criança, a instituição os obrigará a adotar outra criança. Isso não é verdade! As casas de adoção não forçará os pais a nada além do que quiserem. A experiência de adoção deve fluir naturalmente para que o processo seja bem sucedido, sem pressões.
2 – Todas as crianças de um orfanato têm problemas de saúde e necessidades especiais
Há dados que comprovam que essa afirmação é falsa. Somente 1/3 das crianças possuem algum tipo de deficiência. Também há quadros que encaixam devido à adoções em grupo, ou seja, por serem irmãos, mas não quer dizer que haja algum caso dessa dimensão.
3 – Terá que construir uma relação com os pais biológicos
Essa decisão é única e exclusiva de quem faz a adoção. Não necessariamente os pais adotivos terão que manter uma relação com os pais da criança. Há também relatos de crianças que continuaram contato com os pais e irmãos biológicos e os impactos foram positivos na vida da família.
4 – Crianças adotadas com mais idade
Muitos pais guardam a ilusão que se a criança tiver mais idade, trará consigo traumas do abandono. Pensam que a vivência maior da criança nessa situação as influenciará na pós adoção. Mas é aí é que se enganam. O que vai ditar o futuro e convivência dessas crianças é o afeto dado pelos pais. A especialista Maria Josefina Becker explica para o site Mulher “a experiência do abandono é, realmente, muito dramática. No entanto, quando adotada por pessoas amorosas, compreensivas e com capacidade de acolher e tolerar algumas frustrações iniciais, a criança pode perfeitamente superar os traumas vividos pelo abandono”.
5 – É mais caro do que adotar no exterior
Outro grande mito é o de que a adoção feita no exterior tem um custo menor do que a adoção no próprio país. Com esse pensamento vários pais partem para essa opção, mas a verdade é que fazer os procedimentos de adoção no exterior sai bem mais caro do que pensava. Nos EUA, a média para adotar uma criança é de US $2.000,00 a US $2.500,00 dólares.
6 – Não vale o risco de ter que dizer adeus
A estadia da criança nas novas famílias é sempre uma assunto delicado a ser discutido. Todas as ações giram para o bem-estar do adotado. É verdade que isso possa vir a acontecer e o lado emocional dos pais adotivos fala mais alto nesse momento. É sempre uma grande alegria quando há compatibilidade entre a criança e o novo lar. Não fique valorizando os lados negativos, pois isso só trará sofrimentos sem necessidades.
7 – Medo em relação à sociedade
Uma preocupação constante dos pais é a possível rejeição que a criança possa vir a sofrer pela sociedade. Com medo de que isso aconteça, tentam imitar uma família biológica para que ninguém perceba e a criança leve uma vida normal. Mais uma vez um equívoco. O que irá ditar a relação do seu filho com o mundo lá fora é o carinho e atenção que ele receber dentro de casa.