A Arábia Saudita já baniu os cinemas, os telefones de câmera, dia dos namorados, escolas de música e uma outra série de coisas comuns para os povos do ocidente. Mas nenhum grupo social, nos países árabes em que predominam o extremismo islâmico, é tão afetado por restrições quanto as mulheres. Você deve fazer ideia disso, considerando que você conhece a famigerada “burca”, vestimenta tradicional imposta às mulheres para que não deixem aparente nenhuma parte do corpo.
Organizações como o ISIS têm seus fundamentos no extremismo religioso. Você já viu aqui na Fatos como é um laboratório do Estado Islâmico, quais seriam os países que os apoiariam na iminência de uma guerra e também outras coisas que de modo geral foram proibidas nos países xiitas. Agora veja as proibições mais absurdas que são impostas às mulheres nos países fundamentalistas.
1- Socializar com homens
Nos shoppings, restaurantes e outros locais públicos, homens e mulheres só podem estar no mesmo espaço se forem marido e mulher ou como membros da família. Homens e mulheres são separados para evitar qualquer coisa de natureza sexual que possa rolar entre dois solteiros.
2- Viajar sozinhas
Mulheres com menos de 45 anos de idade precisam de autorização para viajar, mesmo que a viagem seja dentro do próprio país. Elas só podem viajar acompanhadas do pai ou do marido, e caso tenham que viajar sozinhas, deve ter uma autorização oficial.
3- Dirigir
Segundo os clérigos, mulheres dirigindo arruínam os valores sociais e ainda prejudicam seus ovários, colocando em risco futuras gestações. Em 2007, um grupo de mulheres intelectuais sauditas criou a primeira associação para reivindicar o direito de dirigir, mas há décadas as mulheres sofrem a proibição. O que costuma acontecer, é que as autoridades apreendem os carros dirigidos por mulheres até que um homem de sua família se apresente na delegacia e assine um termo garantindo que a infração não vai se repetir.
4- Praticar esportes
As mulheres são proibidas de participar em esportes ainda que na escola. Os membros do Comitê Olímpico Internacional não concorda com isso e querem proibir a Arábia Saudita de participar dos jogos caso eles continuem enviando atletas apenas do sexo masculino.
5- Vestir o que quiserem
A liberdade para se vestir vai de acordo com o grau de conservadorismo da família da mulher. O usual é a abaya, um longo vestido preto de manga longa que cobre totalmente o corpo e ainda usarem um véu para cobrir os cabelos e rosto.
6- Entrar em cemitérios
Eles acreditam que os mortos podem ouvir os vivos. Por isso, mulheres não devem ir aos enterros, porque são emotivas por natureza e seu choro incessante pode incomodar os mortos. Além do mais, eles acreditam que as mulheres fariam súplicas e rezariam para os mortos, e eles não dão muita atenção a funerais.
7- Usar academias e piscinas sem restrição
As academias lá só existem dentro de clínicas ou salões de beleza e estética corporal. Mesmo assim, existem restrições para o uso por mulheres. Os aparelhos são poucos e os horários basante reduzidos.
8- Consulta médica sozinha
Segundo a ONG “Human Rights Watch”, foi aprovado recentemente um decreto religioso determinando que mulheres só possam ser examinadas por médicos mediante a presença de um de seus “guardiões”. Partes do corpo de mulher só podem ser expostas em caso de emergência médica.
9- Estudar música
Às mulheres na Arábia ainda é vetado o direito a estudar e fazer música. Isso também é um posicionamento fundamentado apenas no que a religiosidade dessa cultura sustenta como imoral. Mulheres não podem se expor em atos públicos, não podem ter platéia. Se a arte por si só já incomoda, imagina expressões artísticas vindas de mulheres em uma cultura tão machista?
O que você considera que foram avanços e conquistas para as mulheres brasileiras nos últimos 40 anos? Como você enxerga a motivação que algumas culturas têm para dar às mulheres um papel secundário na sociedade?