Ciência e Tecnologia

A chinesa que teve o cérebro congelado para voltar à vida em 50 anos

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Muitas pessoas querem alcançar a tão almejada vida eterna. Para isso, diversas pesquisas e experimentos são feitos com a esperança de fazer com que o ser humano viva para sempre. Um dos mais famosos envolve a criogenia.

Uma escritora chinesa teve seu cérebro criogenicamente congelado na esperança de que ela possa ser ressuscitada no futuro, quando a ciência for mais avançada. Du Hong, uma escritora de livros infantis e moradora da região de Chongqing, China, foi declarada morta em 30 de maio.

No momento em que ela faleceu, dois médicos dos Estados Unidos – que estavam esperando pelo momento da morte a alguns dias – injetaram remédios no seu corpo garantir a circulação de sangue e, posteriormente, realizar a primeira etapa da criogenia, uma tecnologia médica que preserva os seres humanos e animais em baixas temperaturas, na esperança de que eles possam ser revivido no futuro, quando a tecnologia médica permitir.

Du é creditada como a primeira chinesa a se submeter a criogenia. A escritora foi diagnosticada com câncer de pâncreas em 2014. Ela decidiu dar uma chance a criogenia após ela aprender sobre um caso na Tailândia onde o corpo de uma jovem foi congelado para que ela pudesse voltar a vida no futuro.

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A filha de Du entrou em contato com a Alcor Life Extension Foundation, um instituto com sede nos EUA que investiga e executa criogenia. Um total de 139 pessoas foram preservados lá até agora, 60 por cento dos quais têm congelado seus cérebros.

“Ela disse que é incerto se ela iria ser ressuscitada, mas ela não se importaria de ter esta experiência em seu próprio corpo, e que as novas tecnologias exigem que as tentativas sejam feitas”, disse o genro de Du, Lu Chen, à mídia local.

Foram gastos US$ 120.000 para congelar o cérebro de Du. Após a primeira cirurgia em Pequim, o corpo de Du foi transportado para uma operação subsequente nos Estados Unidos. O cérebro de Du é mantido a -196 ℃, uma temperatura necessária para a preservação de células e tecidos. Nitrogênio líquido é adicionado ao cérebro regularmente.

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O congelamento ajuda a reduzir o metabolismo das células ou órgãos, mantendo assim a sua vitalidade e a possibilidade de ser revivido. Cientistas da Alcor acreditavam que o cérebro de Du pode ser descongelado e que ela pode ser revivida em 50 anos, quando a ciência estará mais desenvolvido. Entretanto, a fundação disse que é apenas responsável por criogenia e não por trazer as pessoas de volta à vida.

Para trazer a escritora de volta à vida existem muitos fatores que precisam ser considerados. Isso inclui: como será feito a conexão do cérebro com a medula espinhal e como será feito o processo de reanimação do sistema nervoso central.

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A escritora falecida era um das editoras de um livro chamado “Problema de três corpos”, um romance de ficção científica chinesa, que acabou de ganhar o Prêmio Hugo 2015 de melhor romance. Na história, um personagem passa por criogenia e, eventualmente, é ressuscitado por tecnologia de clonagem avançada.

Quando Du morreu, sua filha postou nas redes sociais a seguinte frase: “Mãe, eu vou ver você no futuro.”

Criopreservação

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A criopreservação é um processo em que as células, inteiros tecidos, ou quaisquer outras substâncias suscetíveis a danos causados ​​por reações químicas ou tempo são preservadas por arrefecimento em temperaturas abaixo de zero. Em temperaturas suficientemente baixas, qualquer atividade química ou enzimática pode ser interrompida.

Métodos de criopreservação procuram alcançar baixas temperaturas sem causar dano colateral ao corpo, causado pela formação de gelo durante o congelamento. A criopreservação utilizada por diversos experimentos basea-se em revestir o material (corpo ou órgãos) com moléculas chamadas de crioprotetores.

Novos métodos estão constantemente investigados devido à toxicidade de muitos crioprotetores.

Fonte: Digital Trends

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