História

A história do único homem a ter nanismo e gigantismo ao longo da vida

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O nanismo e o gigantismo são condições distintas que afetam muitas pessoas ao redor do mundo e têm sido registradas em recordes impressionantes.

Por exemplo, tem-se Khagendra Thapa Magar, que era o homem mais baixo do mundo, medindo apenas 67,8 centímetros antes de falecer em 2020, e Robert Pershing Wadlow, a pessoa mais alta registrada na história, com 2,72 metros de altura.

Apesar de uma condição negar a outra, há uma única pessoa na história humana que desenvolveu ambas durante sua vida.

Este é o caso de Adam Rainer, nascido em Graz, na Áustria, em 1899. Aos 18 anos, Rainer media apenas 1,30 metros, crescendo apenas oito centímetros em dois anos. As únicas partes grandes em seu corpo eram seus membros superiores e inferiores, as mãos e pés.

Via UOL

Apesar de não haver histórico de nanismo em sua família, o garoto teve uma infância normal e saudável sem maiores complicações.

No entanto, ao tentar se alistar no exército duas vezes para servir na Primeira Guerra Mundial, foi frustrado por ser considerado muito baixo, classificado como anão e impedido de servir nas forças armadas.

Crescimento repentino

Só que, aos 21 anos, surpreendeu a todos quando começou a crescer de forma descontrolada. Durante um período de 10 anos, ele alcançou a impressionante marca de 2,18 metros de altura.

Porém, isso não veio sem consequências, pois Adam enfrentou sérios problemas de coluna por conta do nanismo e gigantismo.

Os médicos descobriram que ele sofria de uma condição rara chamada Acromegalia. Ela é causada por um tumor na glândula pituitária, responsável por funções como o crescimento, o metabolismo e a produção de espermatozoides em homens.

Conheça o caso do homem com nanismo e gigantismo

Via UOL

As deformidades em Rainer, com nanismo e gigantismo, começaram em suas mãos e pés, explicando o tamanho desproporcional em sua infância.

Com o passar do tempo, a condição começou a afetar outras partes do corpo, incluindo algumas partes do rosto. O caso era tão grave que o homem ficou limitado à cama devido aos problemas em suas costas até seus últimos dias de vida.

A fim de aliviar seu sofrimento, foi decidido que uma cirurgia para remover o tumor da cabeça de Adam seria necessária. O procedimento foi bem-sucedido, mas não resolveu o problema. Com a saúde debilitada, a operação apenas atrasou o crescimento, mesmo que não fosse perceptível visualmente.

Com o passar dos anos, os problemas de saúde de Rainer se agravaram cada vez mais. Ele ficou cego de um olho e começou a perder a visão do outro. Além disso, a curvatura de sua coluna vertebral o impediu de andar.

No dia 4 de março de 1950, aos 51 anos, Adam faleceu medindo 2,40 metros de altura e se tornando o único homem com nanismo e gigantismo durante sua vida. Desde então, nenhum caso semelhante teve registro na medicina.

Registros

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência de nanismo e gigantismo, separadamente, varia de 1 em 3.000 a 1 em 100.000 nascimentos, dependendo do tipo.

É mais comum pessoas abaixo da estatura do que acima, podendo chegar à proporção de 1 em cada 100.000 a 1 em cada milhão de pessoas com gigantismo. É importante lembrar que essas são apenas estimativas e que os números podem variar em diferentes partes do mundo.

O nanismo e gigantismo podem ter diversas causas, que variam desde questões genéticas a fatores ambientais.

Via HIstory

No caso do nanismo, as causas mais comuns incluem condições genéticas hereditárias, como acondroplasia, displasia espondiloepifisária congênita e hipopituitarismo.

Essa é uma deficiência na produção do hormônio do crescimento pela glândula pituitária. Além disso, a desnutrição e outras condições médicas podem causar um retardo no crescimento e levar ao nanismo.

Já o gigantismo tem causa por um tumor na glândula pituitária que causa a produção excessiva de hormônio do crescimento, o somatotropina.

Esse tumor geralmente é benigno e leva o nome de adenoma hipofisário. O gigantismo também pode ter causa por outras condições que levam a um excesso de hormônio do crescimento, como a síndrome de McCune-Albright.

É importante lembrar que as causas do nanismo e do gigantismo podem variar de pessoa para pessoa e que nem todas as pessoas com essas condições têm a mesma causa subjacente. O diagnóstico e o tratamento ocorrem com um médico especialista, como um endocrinologista.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, History, UOL

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