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A incrível história de Jean Libbera, o italiano que tinha um gêmeo parasita em seu peito

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Poucas pessoas conhecem a história de Jean Libbera, um homem que ficou conhecido por ter um gêmeo parasita em seu peito.

Além de ser um mistério da medicina, por conta da taxa de sobrevivência na época, o italiano também se tornou uma atração popular na Europa.

Naqueles tempos, os circos desfrutaram de grande popularidade ao longo do século XX, destacando-se especialmente pelos chamados freak shows, nos quais indivíduos ou animais portadores de anomalias corporais eram exibidos.

Foi assim que Jean Libbera se tornou um desses personagens notáveis, mais conhecido como o “Homem de Dois Corpos”. Sua principal característica era a peculiaridade única em seu torso: um gêmeo parasita a quem dava o nome de Jacques.

Jacques possuía dois braços, duas pernas e uma cabeça, esta última inserida no estômago de Jean. Supostamente, dependia do corpo de seu irmão para sobreviver.

Apesar dessa extraordinária anomalia, Jean Libbera viveu até os 50 anos, casou-se e teve quatro filhos saudáveis. Sua história é verdadeiramente impressionante.

Via Mega Curioso

A condição dos gêmeos parasitas

Jean Libbera nasceu em Roma, em 1884, sendo um dos treze irmãos de sua família. Curiosamente, um de seus irmãos também nasceu com um gêmeo parasita, mas esse não chegou a sobreviver além da infância.

O gêmeo de Jean, chamado Jacques, era classificado pela ciência como um “parasita vestigial”. Essa é uma condição decorrente da separação parcial de um embrião, resultando em um desenvolvimento assimétrico no útero. Esse fenômeno gera um gêmeo maior e mais maduro, coexistindo com um menor.

Essa peculiar condição é uma variação específica do que é popularmente conhecido como gêmeos siameses, ou xifópagos, nos quais dois irmãos compartilham uma parte do corpo e permanecem ligados desde o nascimento até a vida adulta.

O nascimento de gêmeos siameses é um fenômeno extremamente raro, afetando apenas uma em cada 50 mil gestações em todo o mundo.

Em contrapartida, os gêmeos parasitas representam apenas 10% dos casos de gêmeos siameses, tornando-os extraordinariamente raros. A sobrevivência de um gêmeo parasita após o nascimento é, portanto, uma ocorrência ainda mais incomum.

Vida de Jean Libbera

Devido à sobrevivência de seu gêmeo, Jean Libbera encontrou sua trajetória profissional em um “show de horrores”, exibindo seu irmão para o divertimento dos espectadores. Durante as apresentações, era comum vê-los vestindo ternos coordenados.

A renomada fotógrafa Diane Arbus, em certa ocasião, compartilhou suas impressões, dizendo que não sabia ao certo se as pessoas realmente desmaiavam ao ver Jean Libbera. Conforme conta, ela dizia que ele parecia um pouco triste em um pôster na parede oposta, de smoking, segurando ‘docemente as mãos de seu gêmeo vestigial’.

Via All That’s Interesting

A fotógrafa também descreveu que a cabeça que cresceu no abdômen pendia para frente, e ele usava sapatinhos de couro envernizado e uma fralda para evitar molhar as calças.

Até os dias de hoje, existem dúvidas quanto à verdadeira condição vital de Jacques. No entanto, conforme alguns relatos, o gêmeo era capaz de se movimentar, como se estivesse vivo. Contudo, sua real sobrevivência dependia inteiramente de Jean Libbera. Os dois compartilhavam integralmente sistemas como o circulatório e o nervoso.

A verdade de alguns aspectos dessa história permanece incerta, sendo desafiador saber o que eram fatos e o que eram apenas elementos fictícios das histórias da época.

Contudo, existem registros oficiais que constam que Jean conduziu uma vida relativamente comum, cuidando de Jacques com uma capa ao sair de casa.

Jean, que teve quatro filhos saudáveis, retornou à Itália em algum momento de sua vida, onde veio a falecer entre 1934 e 1936. No futuro, nenhum registro de gêmeo parasita se tornou tão popular quanto ele.

 

Fonte: Mega Curioso

Imagens: All That’s Interesting, Mega Curioso

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