Curiosidades

A mãe que nunca saiu do lado da filha, vítima do coma mais longo da história

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Em 3 de janeiro de 1970, Edwarda O’Bara, uma cidadã dos Estados Unidos, entrou em estado de coma, marcando assim sua presença no Guinness Book.

Com apenas 16 anos na época, Edwarda contraiu pneumonia em dezembro de 1969, que se agravou rapidamente, levando-a a ser hospitalizada.

Antes de perder completamente a consciência, ela fez um último pedido à sua mãe, implorando que ela nunca a deixasse sozinha.

A mãe, chamada Kaye, respondeu com firmeza: “Claro que não, querida, eu nunca vou te abandonar. É uma promessa que faço a você!”.

O dia em que Edwarda perdeu sua consciência coincidiu com o 22º aniversário de casamento de Kaye e seu marido, Joe.

Fiel à sua palavra, a mãe permaneceu ao lado da cama de sua filha pelo máximo de tempo possível nos 38 anos subsequentes.

Via G1

Permaneceu em coma

Edwarda recebia alimentação por meio de um tubo, e a cada duas horas sua mãe a movia delicadamente para prevenir o surgimento de escaras e úlceras de pressão, problemas comuns em pessoas com mobilidade reduzida.

A notável história de Kaye e sua filha, que enfrentou um coma de 42 anos – um recorde no Guinness World Records como o coma mais longo da história – saiu em detalhes no livro “A Promise Is A Promise: An Almost Unbelievable Story of a Mother’s Unconditional Love and What It Can Teach Us” (“Uma promessa é uma promessa: uma história quase inacreditável do amor incondicional de uma mãe e o que isso pode nos ensinar”, em tradução livre).

Kaye jamais desfrutou de um sono que durasse mais de 90 minutos, pois isso lhe permitia ler, conversar e tocar música para sua filha.

Em um ato de dedicação inabalável, Joe abriu mão de seu emprego para cuidar da filha, o que resultou em uma dívida de US$ 200 mil em 2007, necessários para sustentar o suporte médico vital que mantinha Edwarda respirando.

Fim da história

Em 2008, aos 81 anos de idade, Kaye faleceu, deixando a responsabilidade dos cuidados de Edwarda para sua irmã mais nova, Colleen.

Joe havia perdido a vida devido a um infarto em 1972, quando tinha 50 anos de idade.

O derradeiro aniversário de Edwarda aconteceu em abril de 2012, marcando seus 59 anos, momento em que ela recebeu inúmeras felicitações.

Sua jornada terrena chegou ao fim em 21 de novembro do mesmo ano. No presente, a memória de Edwarda perdura através do site e da página no Facebook administrados por Colleen.

Conhecidos descrevem Edwarda como uma jovem “cheia de vida” antes dos eventos trágicos que se desenrolaram.

Edwarda havia estabelecido o recorde do coma mais prolongado sem recobrar a consciência. No entanto, em 11 de junho de 2003, Terry Wallis superou esse recorde ao despertar após 18 anos e 333 dias em estado de coma.

Ele havia perdido a consciência devido a uma lesão cerebral traumática sofrida em um grave acidente de carro ocorrido em 13 de julho de 1984. Terry Wallis veio a falecer em março de 2022, quando tinha 57 anos de idade.

Via Revista Galileu

O que causou o coma de Edwarda?

O coma de Edwarda se justifica pelo estado de pneumonia contraído na época, mas essa doença é incomum para a perda prolongada de consciência.

O coma é um estado de profunda inconsciência no qual uma pessoa não responde a estímulos externos e não está consciente do seu ambiente.

Ele pode ser causado por uma variedade de fatores que afetam o funcionamento normal do cérebro.

Geralmente, justifica-se por lesões cerebrais graves, como traumas, acidentes ou quedas, que resultam em ferimentos diretamente na área de controle.

Além disso, outra justificativa comum é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que interrompe o suprimento de sangue para uma parte do cérebro, causando danos às células.

Ao longo da história, situações de intoxicação por drogas ilícitas também geraram comas, mesmo que temporários.

Qualquer incidência que afete o funcionamento normal do cérebro pode levar a essa causa. Assim, acredita-se que foi uma infecção grave que contribuiu para o caso de Edwarda.

Nesse caso, ela não acordou porque os danos ao funcionamento do seu cérebro foram muito grandes. Geralmente, acompanham também a insuficiência hepática e renal, além de problemas respiratórios e falta de oxigenação no cérebro.

Por essas condições, Edwarda não conseguiu sair da condição, e sua mãe não saiu do seu lado, cumprindo a triste e emocionante promessa que fez à filha.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: Revista Galileu, G1

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