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A triste história da “mulher mais feia do mundo”

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No começo do século XX, a britânica Mary Ann Bevan, afetada pela rara condição de acromegalia, na população periférica londrina, utilizava suas características físicas como forma de sustentar a si própria e a família. Com o lema de “mulher mais feia do mundo”, ela foi atração de diversos espetáculos circenses.

A jovem nascida no dia 20 de dezembro de 1874, fazia parte de uma tradicional família rural inglesa. Décadas depois de se especializar em enfermagem e se mudar para o condado de Kent, Mary casou com o fazendeiro Thomas Bevan, com quem teve dois filhos e duas filhas, todos saudáveis e fruto de uma relação feliz. No entanto, em 1914, Thomas faleceu repentinamente, deixando a esposa e os filhos com pouca renda para viver.

Foto: Wikimedia Commons

Após isso, pouco tempo antes de completar 45 anos, Mary Ann foi diagnosticada com a condição de acromegalia. A doença é provocada pela produção excessiva do hormônio do crescimento e por uma proteína chamada IGF-1. Por isso, a viúva notou as suas características mudando rapidamente e de forma drástica. Por causa disso, ela passou a desenvolver um crescimento maior que o normal de algumas partes do corpo, como mãos, pés, nariz, testa, mandíbula e cabeça.

Mary Ann, conformada com a aparência, se inscreveu para participar de um concurso local para achar a “mulher mais feia do mundo”.  A mulher acabou vencendo, conforme os relatos, aproximadamente 250 concorrentes, e chamou a atenção dos produtores de eventos alternativos. Com isso, a inglesa se tornou um grande nome para se apresentar em feiras, tendas de circo e shows com “aberrações”.

A luta da mulher para sobreviver

Foto: Wikimedia Commons

No ano de 1920, Mary foi convidada para se juntar ao elenco do Barnum and Bailey, o mais famoso “circo dos horrores”. Descrito pela equipe como “o rosto de uma mulher feia que não era desagradável”, os espetáculos londrinos começaram a exibir seus 154 quilos e 1,75 metros de altura, chegando a quase 3,5 metros, com sapatos especiais.

Mary chegou a se apresentar ao lado de “aberrações” como o Homem com Cara de Leão, Zip the “Pinhead” e a Dama Tatuada. Além disso, o objetivo da mulher era receber dinheiro suficiente para pagar a educação dos filhos, mesmo com muita humilhação.

Com apenas dois anos se apresentando em Nova York, ela ganhou £20.000, cerca de R$ 6,6 milhões, na cotação atual, com as multidões que pararam para assisti-la. No mesmo período, a mulher recebeu uma segunda oportunidade no amor. Mary acabou conhecendo o tratador de girafas Andrew, e por causa disso, ela decidiu começar os tratamentos de beleza para tentar mudar a sua condição e estereótipo.

No entanto, sem conseguir se sentir bem com a própria aparência, Mary voltou a trabalhar com circos na pequena cidade de Coney Island. A britânica se apresentou até os 59 anos, quando morreu devido a problemas não tratados de sua condição.

Fonte: Mega Curioso

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