Os tipos de açúcar que existem no mercado podem impressionar algumas pessoas. Afinal, são muitos rótulos disponíveis, mas nem sempre sabemos qual o melhor.
Todos eles têm em comum a origem na cana-de-açúcar, mas com distinções nos processos de fabricação, o que resulta em características nutricionais únicas.
Por exemplo, o açúcar mascavo, mais rico em minerais, é menos refinado, ao passo que o açúcar cristal passa por etapas que levam à perda de nutrientes.
Independentemente do tipo, o consumo deve ser moderado ou limitado, pois o excesso pode contribuir para uma série de problemas de saúde, como obesidade, diabetes e até mesmo Alzheimer.
De acordo com a OMS, o consumo máximo de açúcar para uma dieta de 2.000 calorias diárias deve ser de 50 gramas, equivalente a aproximadamente dez colheres de chá.
Essa quantidade engloba não apenas o açúcar adicionado diretamente, mas também o presente em sucos de caixinha, refrigerantes, bolos, biscoitos e sobremesas.
Embora todos os tipos de açúcar apresentem impactos negativos na saúde a longo prazo, devido à sua composição, alguns são mais prejudiciais que outros.
E se você não dispensa o consumo desse elemento doce no dia a dia, vale conhecer as melhores opções.
Classificações dos tipos de açúcar
Açúcar Mascavo
Embora todo açúcar de cana seja um carboidrato simples rico em calorias, o açúcar mascavo se destaca como a melhor opção entre as alternativas derivadas dessa matéria-prima.
Isso porque se trata da forma bruta, a mais natural. Ele não passa por refinamento, o que preserva o cálcio, o ferro e os minerais presentes na cana-de-açúcar.
Entre esses minerais, encontram-se o zinco e o magnésio, essenciais para a imunidade, a saúde da pele e o equilíbrio emocional.
Os grãos maiores do açúcar mascavo não se dissolvem tão facilmente quanto outras opções, e também agregam um sabor característico semelhante ao da rapadura.
Açúcar Demerara
Ligeiramente refinado, o açúcar demerara perde alguns poucos nutrientes durante o processo de purificação, preservando, no entanto, alguns minerais da cana-de-açúcar por não utilizar aditivos químicos.
Ao contrário do mascavo, ele se dissolve mais facilmente e possui um sabor mais suave. Por outro lado, pode não ser o mais acessível economicamente.
Açúcar Orgânico
O processo de refino do açúcar orgânico não envolve aditivos químicos, o que ajuda a preservar os nutrientes, resultando em uma coloração mais amarelada.
Além disso, durante a produção desse tipo de açúcar, não são utilizados adubos, fertilizantes químicos ou agrotóxicos.
Açúcar Cristal
Composto por cristais grandes e irregulares, ele passa por um processo de purificação durante a fabricação, o qual envolve a adição de alguns aditivos químicos, como enxofre, para conferir coloração branca.
Esse processo resulta na perda de cerca de 90% dos sais minerais e vitaminas naturalmente presentes na cana-de-açúcar.
Açúcar Refinado
Entre os tipos de açúcar, esse é o mais consumido no Brasil. Semelhante ao açúcar cristal, porém, com grãos ainda mais triturados e branqueados.
Durante o refinamento, perde-se ainda mais nutrientes, restando apenas a sacarose (glicose + frutose).
Açúcar Light
O termo “light” geralmente se refere a uma versão com menos calorias, com sacarose regulada.
Dessa forma, é possível diminuir as calorias, em comparação com outros tipos de açúcar convencional.
No entanto, o uso de adoçantes artificiais também deve ser moderado, e pessoas com diabetes devem evitá-lo ou consumi-lo apenas sob orientação médica. Esta opção também é carente em vitaminas e minerais.
Açúcar de Confeiteiro
Produzido a partir do açúcar cristal, o açúcar de confeiteiro passa por um processo de moagem ou trituração ainda mais intenso que o açúcar refinado, resultando em um pó extremamente fino.
Geralmente utilizado no preparo de sobremesas como chantili e glacês, sua finalidade principal não é adoçar, mas sim proporcionar acabamento e textura às preparações.
Assim como outros tipos de açúcar, incluindo o cristal e refinado, ele tem menos nutrientes. Além disso, durante a fabricação, inclui amido na sua fórmula para diminuir a junção dos grãos.
Alternativas no mercado
Para quem procura alternativas entre os tipos de açúcar, vale conhecer alguns produtos que ganham destaque.
Por exemplo, o açúcar de coco, extraído da seiva do coqueiro, não contendo conservantes nem sendo submetido a processos de refinamento, preservando seus nutrientes, como zinco, potássio, magnésio, ferro e vitaminas do complexo B, além da inulina, uma fibra prebiótica que retarda a absorção de açúcar no sangue e previne a prisão de ventre.
Embora seja calórico, seu índice glicêmico é mais baixo que o do açúcar refinado, sendo ainda assim desaconselhado para diabéticos.
Também temos o xilitol, um adoçante natural derivado das fibras de frutas e vegetais, como ameixa, framboesa e couve-flor.
Com 40% menos calorias, pode ser consumido por diabéticos, já que não eleva a glicemia como o açúcar de cana e de coco.
Outra alternativa viável é a stevia, um adoçante natural derivado da planta Stevia rebaudiana. Ela possui poucas calorias e pode auxiliar na regulação do apetite e no controle dos níveis de açúcar no sangue.
Além disso, aumenta o colesterol HDL (o “bom”), reduzindo o risco de problemas cardiovasculares.
Por isso, se for viável, vale conhecer opções mais naturais entre os tipos de açúcar, mas sempre dosar o consumo.
Fonte: UOL
Comentários