Os cinco carros mais caros da Fórmula 1 (F1) que foram a leilão somam mais de R$ 255 milhões. São modelos históricos de Senna, Hamilton, Schumacher e de outros pilotos lendários. No entanto, os modelos usados para cada temporada também são bastantes caros.
De acordo com Autoesporte, para a temporada 2022 da F1, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) estabeleceu um orçamento limite de quanto cada equipe pode gastar: US$ 145,6 milhões (R$ 763,8 milhões). Esse valor inclui desde viagens até o desenvolvimento e produção do carro.
Vale ressaltar que essa decisão de teto de gastos gerou um grande desentendimento entre a FIA e as equipes, já que os carros são compostos por cerca de 14.500 peças e o valor da produção é considerado bastante alto. No entanto, mesmo com a insatisfação das equipes, o valor limite foi mantido.
Carro campeão
A Red Bull, dona da Red Bull Racing, atual campeã da F1 com o piloto Max Verstappen, informou em seu site oficial o valor de diversos componentes do carro. De acordo com o time, a média de preços é similar ao das outras equipes.
De acordo com informações do Autoesporte, somente o volante custa aproximadamente US$ 50 mil, ou R$ 261 mil. Já as asas dianteira e traseira valem cerca de US$ 200 mil, ou R$ 1,1 milhão.
Para quem está surpreso com os valores, vale apontar que o motor e o câmbio são os componentes mais caros. O conjunto custa aproximadamente US$ 10,5 milhões, ou R$ 55 milhões
Após ser totalmente montado, peça por peça, cada carro é avaliado, em média, em US$ 15 milhões, ou R$ 78,5 milhões.
Vale ressaltar que cada equipe pode produzir até três carros por piloto para a temporada. Dessa forma, seis carros totalizam US$ 90 milhões, ou R$ 469,2 milhões, um valor superior a metade do orçamento anual.
Apesar de o preço parecer absurdo, é importante explicar que cada peça dos carros é feita com os melhores materiais para garantir o melhor desempenho possível. A combinação de leveza e rigidez é fundamental para manter o equilíbrio entre velocidade e durabilidade, assim como a segurança dos pilotos em caso de possíveis acidentes.
Outros detalhes do carro
O site americano Chase Your Sport deu outros detalhes sobre o preço dos componentes do carro campeão.
De acordo com eles, o Halo, estrutura de titânio acima do cockpit para proteger o piloto, custa cerca de US$ 17 mil, algo perto de R$ 89 mil. Já o chassi, que é produzido quase todo de fibra de carbono, sai em torno de US$ 650 mil a US$ 700 mil, valor que atinge R$ 3,6 milhões.
Uma curiosidade é que cada jogo de pneus fica na casa dos US$ 2.700, ou R$ 14.100.
Considerando que cada carro de F1 custa quase R$ 80 milhões, um leilão com os carros mais populares dirigidos por pilotos eternizados ultrapassar os R$ 100 milhões parece menos absurdo.
Um carro de F1 pode usar componentes de carros de rua?
Uma outra curiosidade sobre os carros de F1 é se os modelos podem usar componentes de carros comuns. Primeiramente, é preciso explicar que as fábricas usam as competições como uma forma de “laboratório”, onde os componentes são testados em situações extremas.
O portal quatro rodas informou que no caso dos pneus, a fabricante Pirelli informa que os carros de passeio usam elementos que foram originalmente desenvolvidos devido à participação da empresa nas corridas.
De acordo com a Pirelli, um exemplo é o pneu de alta performance P Zero, que usa um composto especialmente rígido dentro da área do talão, a parte que se prende à roda, para conseguir uma resposta de direção mais rápida e precisa.
Fonte: Autoesporte, Quatro Rodas
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