Faltando apenas 15 semanas para o tão aguardado Exame Nacional do Ensino Médio, ou Enem 2023, é comum que alguns candidatos sintam certo desespero se ainda não conseguiram dominar completamente os conteúdos presentes nos livros e apostilas.
No entanto, especialistas garantem que ainda há tempo para se preparar adequadamente.
A dica valiosa é priorizar o estudo dos tópicos mais relevantes, focando nos assuntos mais frequentemente abordados na prova.
Com essa estratégia em mente, o candidato tem a chance de abranger os temas mais recorrentes nas edições anteriores do Enem. Isso aumenta suas chances de acertar mais questões de acordo com o método de correção do exame.
Segundo especialistas, um levantamento realizado pela SAS Plataforma de Educação identificou os principais conteúdos cobrados nas aplicações regulares e de reaplicação do exame desde 2009 até 2022.
Assuntos mais cobrados
A seguir, destacamos os assuntos mais cobrados em cada disciplina nos últimos 14 anos:
- Matemática: Geometria
- História: Idade Contemporânea e Brasil Colônia
- Geografia: Meio Ambiente
- Filosofia: Ética do Trabalho
- Sociologia: Ética e Justiça, Filosofia Antiga
- Física: Mecânica e Energia
- Química: Química Geral
- Biologia: Humanidade e Ambiente
- Português, Inglês e Espanhol: Interpretação de Texto
É importante ressaltar que o exame é dividido em áreas do conhecimento, sendo elas:
Ciências Humanas: Composto por 45 questões de múltipla escolha, abrangendo geografia, história, filosofia e sociologia.
Linguagens: Contendo 40 questões sobre português e literatura, além de mais 5 questões de língua estrangeira (inglês ou espanhol).
Redação dissertativa-argumentativa: Os candidatos devem escrever um texto baseado em uma situação-problema apresentada. Redações exemplares com nota máxima são disponibilizadas como referência.
Matemática: Constituído por 45 questões.
Ciências da Natureza: Composto por 45 questões de biologia, química e física.
Defasagem
Com base nesse levantamento, podemos notar uma sequência na cobrança de assuntos comuns desde o ensino fundamental.
Nas provas de história, geografia e português, por exemplo, é notável a presença de conteúdos abordados antes do ensino médio, o que demonstra que o Enem pode incluir temas do ensino fundamental em suas questões.
Isso também ocorre em disciplinas como matemática. Saber disso é relevante para o aluno, pois, em geral, esses conteúdos são mais acessíveis, e acertar essas questões é muito positivo, de acordo com o método de correção TRI (Teoria de Resposta ao Item).
O que é TRI?
O método de avaliação conhecido como Teoria de Resposta ao Item (TRI) é um modelo matemático utilizado para calcular a nota dos candidatos com base em seus acertos nas questões do Enem.
Essa abordagem visa analisar a consistência do desempenho dos estudantes.
O funcionamento da TRI é da seguinte forma: caso o candidato acerte questões consideradas mais difíceis, mas erre aquelas tidas como fáceis, o sistema entenderá que ele provavelmente “chutou” as respostas.
Nesse cenário, sua pontuação será menor do que a de alguém que acertou as questões mais simples e de nível médio, mesmo que tenha errado as mais complexas.
Por esse motivo, é estratégico priorizar o estudo dos temas mais recorrentes e das questões mais fáceis. Afinal, isso pode garantir um bom desempenho no exame, mesmo que o candidato não se saia tão bem nas questões mais desafiadoras.
Como montar um plano de estudos para o Enem 2023?
Ao montar um plano de estudos, é essencial considerar diversos aspectos, como o tempo disponível e as facilidades e dificuldades do aluno com cada conteúdo.
De acordo com Guilherme Parreira, coordenador acadêmico do colégio Ao Cubo, não é necessário estudar tudo todos os dias.
A sugestão é organizar um esqueleto do estudo e distribuir os assuntos por disciplina nos dias da semana. Isso permite, por exemplo, simular a divisão da prova ao estudar linguagens e ciências humanas em um dia, matemática e ciências da natureza em outro, intercalando com um dia dedicado à redação.
Para quem não frequenta um curso preparatório específico para o Enem e não possui material adequado, não é motivo de preocupação.
É possível utilizar provas de edições anteriores como base para analisar como os assuntos aparecem no exame.
O site do Inep disponibiliza provas e gabaritos das edições passadas. Além disso, bibliotecas de escolas públicas geralmente oferecem uma variedade de livros didáticos para consulta.
No entanto, é importante atentar para a atualidade do material, pois estudar com base em conteúdos antigos pode ser prejudicial.
A redação também não pode ser negligenciada, pois ter um bom desempenho nessa parte pode ser determinante para garantir uma vaga na universidade desejada.
Processos seletivos como Sisu e ProUni não permitem a inscrição de candidatos que zeraram na redação e utilizam sua nota como critério de desempate. Portanto, é fundamental dedicar tempo e atenção para aprimorar as habilidades de escrita e argumentação.
Cronograma do Enem 2023
O Enem 2023 começa no domingo, 5 de novembro, com a primeira parte da prova. Ela inclui o caderno de linguagens, ciências humanas e redação.
Na semana seguinte, dia 12 de novembro, é a vez das exatas, com matemática e ciências da natureza.
Os horários são os mesmo, com abertura dos portões às 12h, fechamento às 13h e início às 13h30.
Além disso, os términos das provas são diferentes, acabando às 19h no primeiro dia e às 18h30 no segundo.
Fonte: G1