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Cores da morte: como as roupas estão nos deixando doentes

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A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. De acordo com os dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), ela, sozinha, é responsável por 10% das emissões globais anuais de carbono. E infelizmente, todos precisam de roupas, então todo mundo movimenta essa indústria, quer seja comprando em um comércio local ou em uma grande fast fashion.

Dentre as gerações, a geração Z é considerada a mais consumista, gastando 36% da sua renda com roupas. E de acordo com um levantamento do centro de pesquisa Statista, em 2022, o consumo anual movimentou 2,4 trilhões de dólares na economia mundial de acordo com a estimativa.

Mesmo sabendo sobre os danos da indústria da moda, os impactos que ela tem na saúde das pessoas a partir do momento em que elas vestem as roupas quase não são divulgados. Por exemplo, alergias, coceiras e erupções cutâneas são relacionadas à má qualidade do tecido ou à poeira que ficou acumulada nele. E o que poucas pessoas sabem é que esses sintomas podem estar relacionados com as tinturas que foram usadas no processo de fabricação da peça.

Roupas coloridas

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O conhecido “verde scheele” foi o responsável por sintomas como erupções cutâneas, infecções pulmonares, náuseas, cólicas, diarreias, dores de cabeça que não passavam e asfixia. Essa cor foi criada pelo químico sueco Carl Scheele misturando potássio e arsênico branco numa solução de vitríolo de cobre.

Não demorou muito para que a cor caísse no gosto de todos. Até porque, o verde era a cor mais difícil de se ter em roupas na época. No século XVIII, para se produzir as cores eram usados um ou dois componentes químicos, enquanto que no século XXI são usados mais de oito mil e a maior parte deles é prejudicial à saúde.

Como a maior parte dos corantes são solúveis em água, fica mais fácil que a pele os absorva. Como exemplo temos os azocorantes, que são a maior parte dos corantes sintéticos da indústria e são vistos em cerca de 60 a 70% dos processos têxteis. E eles têm um impacto bem grande na saúde.

De acordo com o estudo chamado “Toxicidade comparativa de azocorantes para dois organismos infaunais”, quando os azocorantes são decompostos e metabolizados eles se tornam altamente cancerígenos. Além disso, uma exposição a longo prazo está relacionada a um risco maior de problemas reprodutivos, reações alérgicas, problemas respiratórios e desenvolvimento hormonal.

Materiais

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Além dos azocorantes, recentemente o Center for Environmental Health (CEH), uma organização sem fins lucrativos com objetivo de proteger as crianças e famílias de produtos químicos, descobriu que o BPA, um produto químico que destrói hormônios, está presente em roupas de poliéster feitas por empresas esportivas.

Então, quando a pessoa transpira nessa roupas, como seus poros vão estar mais dilatados, isso faz com que a absorção do BPA seja facilitada. Isso pode gerar problemas hormonais a longo prazo.

As roupas que são à prova de manchas ou impermeabilizantes fazem com que a pele das pessoas entre em contato com o chamado “corante disperso”. Ele é usado tanto nas malhas de poliéster como nas panelas antiaderentes. Por conta disso, ele pode causar crises de asma fortes e alergias.

Fonte: Mega curioso

Imagens: shop14920, Freepik

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