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Além do Orkut: 7 redes sociais que o Google já tentou emplacar

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As plataformas de conexão se tornaram uma febre nas últimas décadas, mas poucas pessoas sabem que as redes sociais do Google foram muito além de Orkut. Embora o experimento tenha sido o mais bem-sucedido no Brasil e na Índia, outras propostas não tiveram a mesma sorte.

Por isso, várias alternativas foram engavetadas no cemitério das redes sociais, sem conseguir emplacar um concorrente a altura das gigantes como Facebook, Twitter e Instagram.

No entanto, a empresa não desistiu que tentar seguir no segmento de mídias sociais, um dos mais lucrativos e influentes da atualidade. Como gigante da tecnologia, já elaborou diversas ideias diferentes, mas infelizmente não se aproximou das propostas atualmente famosas.

Por outro lado, vale a pena conhecer algumas redes sociais do Google ao longo dos anos, e porque elas não foram para frente.

7 redes sociais do Google que não tiveram sucesso

1. Shoploop

Via YouTube

No auge da pandemia de Covid-19, a empresa de tecnologia tentou encabeçar uma nova mídia, já que o segmento cresceu absurdamente durante os meses de distanciamento social.

O projeto se chamava Shoploop, e fui uma das redes sociais do Google voltadas para competir com os canais mais populares da época. Seu objetivo era unir vídeos e compras online, rivalizando com TikTok e Instagram.

No entanto, ele começou a ser testado apenas na Área 120, um servidor experimental onde o Google faz seus lançamentos betas e confere a recepção do público.

A princípio, a ideia buscava trazer um feed acessível com suporte para publicações de até 90 segundos mostrando o produto. Os vídeos ficariam no próprio servidor do Google, para serem exibidos sempre que um consumidor entrasse no perfil.

Além disso, trouxe ferramentas de compra no mesmo ambiente, sem precisar deixar o aplicativo. No entanto, as poucas opções de edição e um algoritmo sem tantas estratégias fez o aplicativo nem ser lançado em outros países além dos Estados Unidos.

2. Threadit

Via 9to5Google

O Threadit foi outra das redes sociais do Google voltada para vídeos, mas, dessa vez, corporativos. Ele misturava TikTok e LinkedIn, com o diferencial de permitir gravações do computador e para publicações em grupos internos de empresas.

Era possível upar vídeos de até 70 minutos, mas com a proposta de algo mais dinâmico e curto, para trabalhar com engajamento e visualizações. Sua interface era amigável, com ferramentas intuitivas. Entretanto, não existia um algoritmo de recomendação, e o teste na incubadora de projetos experimentais mostrou uma baixa recepção.

Ele saiu em 2021, e até chegou a ser disponibilizado no Brasil, mas nunca emplacou nas empresas e logo pode ser desativado.

3. Museletter

Enquanto isso, a Museletter foi uma iniciativa do Google da Área 120 para tentar criar uma mídia social e distribuição de newsletters ao mesmo tempo. Seu aplicativo permitia interações e entrega de boletins de notícias por meio de um perfil público.

Esse serviço centralizaria o ecossistema Google, que inclui ferramentas como Gmail, Drive, Docs e Slides. O objetivo era rivalizar com companhias de serviços de newsletters puras, com o diferencial de interações sociais. Além disso, seria distribuição gratuita.

Contudo, nunca deixou o espaço de testes e foi abandonado com menos de três meses de vida.

4. Google Wave

Via Globo

Em 2009, as redes sociais do Google assumiram um projeto mais ambicioso, como o Wave, que seria um protocolo de comunicação integrando e-mail, troca de mensagens via chat e “wiki”.

Essa interação também viria com uma mídia social para troca de mensagens e threads parecidas com o Twitter, mas organizadas seguindo o padrão de uma caixa de entrada.

Embora envolvesse diversos serviços da empresa, como Chat, Docs e o Gmail, a ferramenta nunca emplacou. Ela até chegou a gerar burburinhos, por ter recursos interativos úteis para a época, mas o público não recebeu mais públicos ao longo dos anos.

5. Google Buzz

Via WebFlow

Além disso, existem projetos que foram um precursor de outros lançamentos, como o Google Buzz, que antecedeu a proposta original do Google+. Ele seria uma mídia para compartilhar atualizações de status e possibilidade de conversas como o Twitter.

Ela tinha uma versão mobile, o que ajudou na disseminação do aplicativo, e ajudou a posicionar a novidade entre os usuários. Além disso, também chamava atenção pela dinâmica parecida com o outro canal.

Entretanto, sem inovações, não faria sentido migrar para o Buzz, e ele se tornou uma rede social abandonada na incubadora, com menos de dois anos de vida. Na época, ainda existia o Orkut rodando, e as redes sociais do Google acabaram competindo entre si.

6. Friend Connect

Em 2008, o Orkut estava sofrendo com a competição acirrada entre Facebook e  MySpace, especialmente nos Estados Unidos, sem conseguir emplacar como aconteceu no Brasil. Por isso, resolveu apostar em uma ideia que seria um sistema de interação entre sites e aplicativos terceiros, surgindo o Friend Connect.

A proposta central foi interessante, e permitia que os usuários vissem dados sobre sites e plataformas, como as pessoas interessadas em determinado conteúdo, como acontece nos grupos de Facebook. Assim, daria mais força para conteúdos externos, criando comunidades de interesses mútuos, mas com sites externos.

No entanto, mesmo conquistando criadores de site, por aumentar o tráfego, esse projeto nunca se consolidou como mídia social de fato. Como as demais mídias traziam essa ideia levemente, não fazia sentido ter algo tão complexo somente para um foco.

7. Google+ (Google Plus)

Via Wikimedia

Por fim, entre as redes sociais do Google, o Google+ foi a tentativa com maior sucesso entre os projetos que pretendiam se aproximar do Orkut e outras mídias da época.

Na época do seu lançamento, em 2011, nomes como Facebook já estavam superando o MySpace. Por isso, a empresa de tecnologia quis balançar a estabilidade da plataforma de Zuckerberg com um anúncio de exclusividade, como entrada apenas por convites.

Além disso, foi o que permitiu a criada de várias ferramentas baseadas em funcionalidades do Facebook, como o compartilhamento de fotos em modo restrito, o famoso Google Fotos atualmente. Ainda, também facilitava o uso do ecossistema de documentos, incluindo Docs, Planilhas e Slides.

Durante alguns anos, o Google+ conseguiu se consolidar e teve uma base considerável de pessoas, com interação de status, postagem de fotos e participação de comunidades. Nos Estados Unidos e parte da Europa, a rede social chamou a atenção. No entanto, não sobreviveu aos concorrentes e acabou encerrando seus serviços em meados de 2019.

 

Fonte: CanalTech

Imagens: Wikimedia, Webflow, Globo, 9to5Google, YouTube

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