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Após 17 anos presos injustamente, homens libertos receberão R$ 700 por cada dia atrás das grades

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Dois homens que passaram 17 anos presos injustamente por um crime que não cometeram receberão cerca de $900.000 cada um, o equivalente a cerca de R$ 4,5 milhões, após serem inocentados em 2020.

Dupree Glass, com 36 anos, e Juan Rayford, com 37 anos, receberam condenação por um tiroteio que feriu dois adolescentes em 2004, apesar de manterem sua inocência.

Ambos foram sentenciados a 11 penas de prisão perpétua consecutivas por 11 tentativas de homicídio, com base apenas nos depoimentos de duas testemunhas, que posteriormente voltaram atrás em suas declarações.

Chad Brandon McZeal, o verdadeiro autor do crime, confessou a ação e atualmente cumpre prisão perpétua por um outro assassinato sem relação.

Sua advogada de defesa, Annee Della Donna, afirmou que o julgamento contra Glass e Rayford não deveria ter acontecido, pois não havia provas que os ligassem ao crime.

Investigação

Via Mistérios do Mundo

Após uma investigação de cinco anos conduzida pelos investigadores de defesa, inúmeras testemunhas confirmaram que Dupree Glass e Juan Rayford não eram os atiradores responsáveis pelo tiroteio.

Em 2020, um novo julgamento em Los Angeles absolveu os dois homens, tornando-os elegíveis para indenização de acordo com uma nova lei da Califórnia. O texto prevê uma compensação de $140 por cada dia que estiveram presos.

Atualmente, ambos trabalham como motoristas para o Walmart e são pais de meninas recém-nascidas. Rayford ainda está em um relacionamento com sua namorada do ensino médio, que o apoiou durante seu tempo na prisão.

No dia 20 de abril, um juiz da Califórnia oficialmente declarou a inocência de Glass e Rayford, presos injustamente. Com isso, marcou o fim do processo de novo julgamento que começou em outubro, após um painel de tribunal de apelações do estado anular suas condenações.

Familiares, amigos e apoiadores se reuniram do lado de fora do tribunal para celebrar a absolvição dos dois homens.

A história de Glass e Rayford ilustra a necessidade de um sistema de justiça criminal mais justo e preciso, que não dependa exclusivamente de depoimentos de testemunhas. Assim, poderá garantir uma investigação completa e justa antes de condenar um suspeito.

A nova lei da Califórnia, que fornece compensação financeira para aqueles que receberam condenação erroneamente, é um passo na direção certa para ajudar a compensar as vidas destruídas por erros judiciais.

Alívio

De acordo com relatos, Juan Rayford expressou um sentimento de alívio depois que saiu sua inocência, afirmando que há muito tempo pensava nesse momento.

Ele teria dito que pensou sobre isso durante os 17 anos em que esteve preso, assim como nos dois anos em que esteve em liberdade.

Rayford afirmou que esperou por esse dia porque sabia que era inocente dos crimes que o acusaram.

Agora, com a indenização, os presos injustamente poderão reestruturar sua vida, ao menos um pouco. Isso porque registros criminais podem dificultar a busca por empregos.

Contudo, ao menos o governo poderá arcar com parte das necessidades e dos planos que os homens farão com sua liberdade.

Via Mistérios do Mundo

Inúmeros jovens presos injustamente

A injustiça no sistema de justiça criminal é um problema cada vez mais comum e preocupante, especialmente quando se trata de prisões de inocentes.

Infelizmente, é uma realidade que afeta principalmente a comunidade negra. Os dados mostram que indivíduos negros são presos injustamente com mais frequência do que indivíduos brancos, mesmo quando não há evidências suficientes contra eles.

O sistema falho começa com a polícia, muitas vezes alvo de críticas por causa de abordagens arbitrárias e desproporcionais contra negros. As prisões ocorrem com base em suposições e preconceitos, sem uma investigação adequada ou prova concreta.

Em muitos casos, a única “evidência” contra os acusados é o testemunho de testemunhas pouco confiáveis ou confissões obtidas sob coação.

Essas práticas estão enraizadas em um sistema que tem preconceitos embutidos em sua estrutura. A criminalização da pobreza e da comunidade negra é um exemplo disso.

Além disso, torna-se ainda mais revoltante quando indivíduos são presos por crimes que não cometeram e passam anos, às vezes décadas, na prisão, com privação de liberdade e de oportunidades.

Em suma, a injustiça nas prisões é um problema grave e generalizado que afeta desproporcionalmente a comunidade negra.

É essencial que o sistema passe por revisão, para garantir que as pessoas não sejam presas injustamente e que o sistema penal se cumpra corretamente.

Todos nós temos a responsabilidade de nos educarmos sobre essas questões e trabalharmos juntos para acabar com a injustiça no sistema criminal.

 

Fonte: Mistérios do Mundo

Imagens: Mistérios do Mundo, Mistérios do Mundo

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