No último dia 29, no programa “Balanço Geral”, houve uma entrevista exclusiva com Ari Friedenbach, pai da jovem Liana Friedenbach, vítima, junto com seu namorado Felipe Caffé, de tortura e assassinato.
Isso trouxe à luz considerações sobre o destino de criminosos menores de idade.
O foco estava em Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, que tinha 16 anos ao cometer o crime em Embu-Guaçu (SP) em 2003.
“Champinha já cumpriu sua pena. Essa afirmação pode parecer impactante, mas reflete minha opinião. Nosso país tem leis, e o limite máximo de detenção para um adulto é de 30 anos.
No caso de Champinha, que cometeu o crime quando ainda era menor, ele foi submetido a medidas socioeducativas na época e agora está em uma unidade experimental de saúde, sujeito à interdição civil.
Ele não está na Fundação Casa nem em uma prisão, e assim permanece há quase 20 anos”, explicou Ari.
Perspectiva
Ari Friedenbach levanta um ponto crucial, ressaltando a importância de discutir como lidar com criminosos que, após cumprir um período substancial de internação – como é o caso de Champinha –, devem ser reintegrados à sociedade, conforme reportado pelo portal R7.
“Agora, precisamos considerar como abordar essa situação depois de duas décadas. Ele está internado em uma unidade experimental de saúde. Devemos mantê-lo recluso ou conceder-lhe liberdade?”, questiona o pai da vítima.
Ele conclui direcionando a pergunta ao apresentador Reinaldo Gottino: “Como se conduzirá o acompanhamento e quem será responsável pelo tratamento de Champinha?”.
Ambos seguiram com o debate, indicando que toda a sociedade deveria ponderar essa questão. Além disso, nas palavras do pai de Liana Friedenbach, não é necessário “jogar a chave da masmorra fora”, mas sim pensar no acolhimento que ocorre depois.
Caso Liana Friedenbach
O caso de Liana Friedenbach foi um trágico episódio de violência que chocou o Brasil em 2003.
Liana era uma jovem de 16 anos que foi vítima de tortura e assassinato, juntamente com seu namorado Felipe Caffé. O crime ocorreu na cidade de Embu-Guaçu, em São Paulo.
O casal foi sequestrado e levado para uma área de mata, onde foram brutalmente agredidos e torturados por um grupo de criminosos.
Liana foi estuprada e posteriormente morta, enquanto Felipe foi igualmente torturado e assassinado.
Os detalhes hediondos do crime e a crueldade com que os jovens foram tratados causaram comoção e revolta em todo o país.
Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, foi um dos principais envolvidos no crime.
Na época do assassinato, Champinha tinha apenas 16 anos. Ele e seu grupo de cúmplices sequestraram, agrediram e mataram o casal de forma extremamente violenta.
Debates posteriores
O caso Liana Friedenbach suscitou debates sobre o tratamento de criminosos menores de idade no sistema judicial brasileiro.
A discussão girou em torno das medidas socioeducativas, do tempo de internação e da possibilidade de reabilitação desses jovens infratores.
Além disso, o crime trouxe à tona questões sobre a segurança e a eficácia do sistema de punição no Brasil.
A tragédia também gerou comoção pública e levou a um aumento nas demandas por medidas mais rígidas em relação a crimes graves cometidos por menores de idade.
O debate sobre a redução da maioridade penal e a revisão das políticas de ressocialização e internação ganhou destaque na agenda pública.
O pai de Liana Friedenbach, o empresário Ari, tornou-se uma voz ativa na busca por justiça para sua filha e por mudanças no sistema judicial.
Ele continuou a se envolver em discussões sobre segurança pública e reformas no sistema penal, buscando evitar que tragédias semelhantes acontecessem no futuro.
O caso Liana Friedenbach permanece como um exemplo trágico das complexidades e dos desafios enfrentados pelo sistema de justiça criminal brasileiro em relação a crimes cometidos por menores de idade, bem como da importância de considerar a reabilitação e a reintegração social dos infratores juvenis.
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