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Apple demite vice-presidente que fez comentário machista no TikTok

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A Apple decidiu demitir um dos principais executivos da empresa, Tony Blevins, vice-presidente de compras. A gigante norte-americana teve essa atitude porque o executivo deixou comentários machistas em um vídeo publicado no TikTok.

tony blevins apple

Reprodução

No início do mês de setembro, Daniel Mac, influenciador que entrevista donos de carros de luxo no TikTok, abordou Tony Blevins enquanto ele estacionava o seu Mercedes-Benz SLR McLaren e perguntou o que ele fazia da vida.

Como resposta, o homem disse: “tenho carros, jogo golfe e afago mulheres de seios grandes, mas folgo nos fins de semana e feriados importantes”. O vídeo teve mais de 1,4 milhão de visualizações e 142 mil curtidas na plataforma. Então, funcionários da Apple disseram que levaram o vídeo ao RH da empresa, que abriu uma investigação interna para apurar o caso.

Blevins se reportava ao presidente e ao diretor de operações da Apple, Tim Cook e Jeff Williams, respectivamente. Fontes próximas de Blevins revelaram à “Bloomberg” que o ex-executivo desempenhava um papel de destaque dentro da Apple, ajudando a empresa a ter mais lucro e acesso a novas tecnologias antes da concorrência.

Colômbia experimenta disque-machismo para diminuir violência contra mulher

“Seja bem-vindo à Calma, uma linha de escuta para os homens”, diz ao telefone uma voz masculina, pausada. “Estamos aqui para ouvir e orientar.” Na Colômbia, o homem que estiver sentindo o peso do machismo pode ligar para o número e receber a ajuda que tanto precisa.

Então, após uma espera breve, um especialista em psicologia da prefeitura de Bogotá entra na ligação e atende os homens da capital da Colômbia que se encontram angustiados.

Em apenas dez meses que a linha Calma está ativa, quase 2 mil homens já buscaram atendimento. Destes, cerca de 200 passaram por 10 sessões gratuitas e personalizadas, que têm direito apenas porque decidiram analisar as emoções, pensamentos e atitudes machistas.

“Eu estava me tornando o machão que nunca quis ser”, diz em entrevista à BBC News Mundo o padeiro e artista Alex Rodríguez, 31 anos, morador de Bogotá.

“Como fiquei preocupado de estar sentindo aquele ciúme típico de um homem tóxico, liguei para a linha e a Diana, uma psicóloga, me disse que ciúme é normal, que todos sentimos, e que o importante é saber como processá-lo.”

Já Henry Murrain, subsecretário de cultura cidadã na prefeitura, acrescenta: “Por trás do machão que tudo pode, que tudo controla, há um homem profundamente inseguro e atormentado”.

“Isso vem não só do ciúme, mas de uma ideia de exclusividade e controle da mulher, a partir da qual as fúrias mais profundas são despertadas e podem tornar a pessoa violenta, algo que, na maioria das vezes, eles não querem.”

Nova abordagem

Vale destacar que na Argentina, no México e no Peru, entre outros países, há programas de assistência a homens que cometem violência de gênero. No entanto, a maior parte das iniciativas foca apenas em agressores já condenados ou então são promovidas por organizações civis. Já a linha Calma investe na prevenção de violência de gênero e parte do poder público.

“Há muito esforço no empoderamento das mulheres e no trabalho com os agressores, mas nossa abordagem, de natureza antropológica, busca prevenir a violência sexista por meio da compreensão e da atenção às suas causas emocionais”, explica Murrain.

O peso do machismo

Henry Murrain está à frente do projeto na prefeitura, tendo pesquisado o machismo dos colombianos em duas cidades: Barraquilla e Barrancabermeja.

“Por meio de vários estudos, constatamos que o colombiano, embora eu ache que esta seja uma faceta bem latino-americana, é atormentado por uma série de fardos impostos por sua condição de provedor e conquistador masculino”, aponta.

“Eles não conseguem processar as emoções de culpa, raiva e impotência de forma calma e transparente, mas sim com violência e arrogância.”

Segundo pesquisas da prefeitura, 66% da violência doméstica é cometida pelo parceiro, 55% dos casos são atribuídos ao ciúme e 76% concordam que os homens não sabem controlar suas emoções.

María Fernanda Cepeda acrescenta: “A expectativa sobre os homens é que eles ajam de acordo com a ideia de masculinidade, do homem que provê e não trata do sentimental”.

“É uma identidade muito difícil de ganhar e muito fácil de perder. Isso porque eles têm de mostrar constantemente que são homens, que proveem, que conquistam, que não choram”.

A antropóloga questiona: “Como podemos esperar que os homens não exerçam violência se lhes pedimos constantemente que estejam sustentando esta hombridade machista?”.

Fonte: G1

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