Ciência e Tecnologia

Asteroides podem ser transformados em habitats para humanos?

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Morar no asteroide seria possível? É isso que alguns pesquisadores estão querendo saber.

Ainda não temos a capacidade de converter um asteroide em uma estação espacial com sua própria gravidade simulada, mas as projeções já começaram.

Embora possa soar como uma ideia extravagante, vale a pena considerar que talvez não estejamos tão distantes da concretização desse conceito.

Um pesquisador recentemente compartilhou um artigo delineando uma proposta factível para essa transformação, e surpreendentemente, o plano se mostra viável em termos de rapidez e custo.

Recentemente, a NASA divulgou as empresas que irão impulsionar suas tecnologias lunares, enquanto a Sierra Space deu passos adiante com seu veículo espacial Dream Chaser.

Via CanalTech

Entretanto, voltando ao artigo em questão, ele se desdobra em diversas seções, iniciando pela criteriosa seleção do asteroide mais apropriado para a conversão em uma estação espacial.

O autor discute a importância de considerar critérios como composição, tamanho e proximidade em relação à Terra.

Ao final desse processo de avaliação, o asteroide escolhido como exemplo é o Atira, com um diâmetro de 4,8 km.

Como seria morar no Asteroide Atira

O Atira está localizado a uma distância da Terra cerca de 80 vezes maior que a da Lua, e sua órbita estável na zona habitável do Sistema Solar significa que condições térmicas adequadas podem ser mantidas.

É relevante notar que asteroides distantes do Sol poderiam ser excessivamente frios, a ponto de congelar qualquer água presente, demandando medidas rigorosas para controlar a temperatura da estação.

Além disso, o artigo explora a arquitetura da estação espacial que seria construída sobre o asteroide.

Ele leva em consideração conceitos já existentes e teoricamente aplicáveis. Nesse contexto, o formato escolhido não apenas é crucial, mas também a podemos otimizar a rotação do asteroide para simular a gravidade.

Entre os quatro formatos comuns propostos nos modelos teóricos – haltere, esfera, cilindro e toro –, o autor opta pelo último.

Contudo, transformar o Atira nesse formato requereria o envio de robôs especializados capazes de esculpir o asteroide e induzir sua rotação para criar a gravidade artificial desejada.

Robótica

No tocante aos robôs, o autor do artigo sugere que a abordagem mais adequada seria a utilização de autômatos autorreplicantes.

Ele detalha como robôs-aranha poderiam reproduzir-se em uma estação-base. Bastaria o lançamento de um foguete contendo quatro desses robôs, uma estação-base para que eles operassem e os componentes eletrônicos mais avançados atualmente disponíveis.

Assim, o conceito de transformar um asteroide em um habitat espacial com gravidade simulada pode ser mais próximo da realidade do que inicialmente imaginávamos.

Através da meticulosa seleção de um asteroide apropriado, do emprego de formatos e tecnologias inovadoras, e da utilização de robótica avançada, a visão de morar no asteroide autossustentável parece cada vez mais tangível.

Projeto

Via CanalTech

Uma vez que a infraestrutura robótica estiver instalada no asteroide Atira, torna-se possível aproveitar os recursos do próprio corpo celeste para erigir as estruturas fundamentais, que variam desde trituradores de rochas até painéis solares.

De acordo com os cálculos detalhados no artigo, a quantidade de material a ser transportado somaria somente 8,6 toneladas, aproximadamente.

Adicionalmente, o custo projetado para a realização desse empreendimento se situa na ordem de US$ 4,1 bilhões.

Essa é uma quantia notavelmente modesta quando comparada ao dispendioso programa Artemis, cuja execução demandará uma verba de US$ 93 bilhões retirada dos recursos públicos norte-americanos.

A duração prevista para a conclusão da construção do habitat também se revela econômica: apenas 12 anos. Isso desconsiderando o tempo necessário para providenciar suprimentos vitais como água e ar.

É uma perspectiva bastante atrativa, especialmente considerando que cerca de 1 bilhão de metros quadrados habitáveis poderiam ser obtidos no espaço.

Assim, morar no asteroide Atira ou outro semelhante até que seria possível, e pode ser uma alternativa no futuro.

 

Fonte: CanalTech

Imagens: CanalTech, CanalTech

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