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“Bloco da Otan” na Ucrânia não pode ser derrotado sem armas nucleares, diz comandante russo

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Uma declaração surpreendente de um comandante russo sobre o bloco da Otan movimentou a internet na última terça-feira. Os ânimos estão acirrados desde fevereiro de 2022, e, agora, fala-se sobre armas nucleares.

Um dos principais nomes no comando das forças especiais russas se pronunciou em uma televisão estatal no leste do país, e afirmou que o bloco da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan, não pode ser derrotada sem o uso de armas nucleares.

A declaração foi feita pelo comandante Alexander Khodakovsky, pertencente à milícia russa na região de Donetsk. O comunicado foi feito no Russia-1, e afirmou, ainda, que os recursos de Moscou são limitados.

Esse seria um motivo para preocupar o país, que, segundo o comandante, também está “lutando contra todo o mundo”, referindo-se à união de países europeus que se posicionaram a favor da Ucrânia.

Por esse motivo, Khodakovsky começou a falar sobre escalar a guerra na Ucrânia a níveis nucleares, como forma de derrotar o bloco da Otan e todo seu poderio militar. Não se sabe as proporções que esse tipo de disputa bélica poderia ter em todo o mundo.

Para o comandante, é preciso começar a falar sobre esse direcionamento, pois não existem recursos suficientes para encerrar a guerra definitivamente por meios convencionais. No entanto, Khodakovsky confirma que a Rússia tem armas nucleares suficientes para isso.

Até o momento, Kremlin, a cidade fortificada da Rússia, não respondeu publicamente aos comentários do comandante, e a internet discute sobre as possíveis consequências políticas desse posicionamento.

Presidente reforçou a ameaça

Via Wikimedia

Vale lembrar que na semana anterior ao pronunciamento contra o bloco da Otan, o presidente russo Vladimir Putin alertou sobre a ameaça “crescente” de guerra nuclear.

O comunicado não chegou a ser direto como o do comandante da milícia, mas também teve repercussão considerável.

No entanto, o presidente disse que via o arsenal nuclear russo como um impedimento momentâneo, e não como uma provocação. Ou seja, ainda não teria capacidade suficiente para assegurar essa posição contra a Ucrânia.

Como começou a guerra contra o bloco da Otan?

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia, agora com o bloco da Otan como aliado, perdura desde fevereiro de 2022, mas, aparentemente, teve início em meados de 2012.

As tensões cresceram ao longo dos meses, principalmente com a aproximação definitiva dos ucranianos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte, que levou à invasão russa.

No passado, o presidente ucraniano Viktor Yanukovych, que era pró-Rússia, recusou-se a assinar um acordo com a União Europeia. Isso levou à sua destituição do cargo. Posteriormente, movimentos antirrevolução tomaram a península da Crimeia, próxima dos limites russos.

De volta para 2021, a Ucrânia pediu para ser parte do bloco da Otan por conta dos movimentos perigosos da Rússia próximos da sua fronteira. Em seguida, os Estados Unidos foram os primeiros a mostrar proximidade para conversar sobre a inclusão.

Ao mesmo tempo, existiam tensões sobre algumas regiões que desejavam se tornar independentes, ameaçando as fronteiras russas.

Essa situação levou a ameaças e brigas entre os dois países, já com os ânimos aflorados. Finalmente, em fevereiro, a Rússia reconheceu as autoproclamadas República Popular de Luhansk e a República Popular de Donetsk como países independentes, e ordenou a entrada no local com tanques de guerra.

A invasão aconteceu oficialmente, e o atual presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, declarou lei marcial. Foi então que o confronto assumiu uma posição mais tensa, e, hoje, fala-se sobre armas nucleares.

Ainda não existe nenhum reforço oficial sobre a capital quanto às declarações, mas o bloco da Otan se prepara para movimentos que indiquem o uso bélico mais reforçado na guerra, que desponta em alguns lugares dos territórios, apenas.

Fonte: CNN, UOL

Imagens: CNN, Wikimedia

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