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Bosques da Memória, uma campanha em homenagem às vítimas da Covid-19

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Com o intuito de manter viva a memória das 196.561 pessoas que morreram após ter contraído o novo coronavírus, a Apoena (Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar), em Presidente Epitácio, em São Paulo, iniciou, em dezembro do ano passado, a campanha Bosques da Memória.

Visando promover uma ampla restauração florestal em todo o país, por meio do plantio de ao menos 200 mil árvores, o projeto, paralelamente, irá homenagear também as vítimas da Covid-19 e profissionais da saúde que, desde março de 2020, atuam na linha de frente combatendo o vírus que assola o Brasil.

Uma campanha para aqueles que se foram não serem esquecidos

De acordo com a Apoena, as mudas plantadas terão uma placa com a identificação da espécie e com o nome da pessoa que morreu por conta do vírus. A campanha, além de ser uma ação de preservação e uma singela homenagem aos que se foram, condecora também o início da Década da Restauração de Ecossistemas pelas Nações Unidas, que começa este ano.

Em Presidente Epitácio, uma área de 1,2 hectare, que faz parte do Parque Apoena, foi destinada ao plantio. A associação deseja plantar no local até 2 mil árvores. O plantio será feito gradualmente, para não causar aglomerações.

“As mudas vão representar uma vítima fatal e profissionais da saúde. Cada uma vai receber uma placa com a identificação da espécie, nome da pessoa e a data do plantio. Convidamos as famílias dessas vítimas para plantarem a muda e também para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento das árvores”, afirmou Djalma Weffort, presidente da Apoena, em entrevista ao portal G1.

“Uma árvore será plantada por uma funcionária da Santa Casa de Presidente Epitácio, a Camila Cristina de Carvalho Campos, em representação a todos os funcionários da saúde, da linha de frente”, ressaltou.

A escolha das vítimas que serão homenageadas pelo projeto ocorreu mediante a aprovação das famílias. “O projeto se inicia agora e continua. Quem tiver interesse em homenagear uma das vítimas, pode nos procurar”, explicou Weffort.

Além da Apoena, a campanha também é coordenada pela RMA (Rede de ONGs da Mata Atlântica), a RBMA (Reserva da Biosfera da Mata Atlântica), o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica e a AMLD (Associação Mico-Leão-Dourado).

Amplitude

Aqueles que desejam fazer parte da campanha, basta entrar em contato com a Apoena. Até o momento, participam ativamente do projeto os estados do Rio de Janeiro, Ceará, e Paraná. De acordo com o portal G1, também há interessados da Argentina e Paraguai.

A Apoena lembra que a iniciativa é voluntária. “A pessoa tem que se comprometer a fazer o bosque com recursos próprios”, frisa a associação.

O estado do Rio de Janeiro se comprometeu a fazer parte da campanha por meio da Associação Mico-Leão-Dourado, em Silva Jardim, na Baixada Litorânea do Rio. Entre os nomes que serão homenageados pelo Rio, estão o compositor Aldir Blanc e o jornalista esportivo Rodrigo Rodrigues.

“Cada árvore vai representar uma vida que se foi ao mesmo tempo em que também vai representar a continuidade do que essas pessoas representaram. É uma forma, ainda, das famílias serem confortadas, porque muitas nem puderam se despedir, fazer velório. Com o plantio, as famílias vão poder acompanhar o crescimento das árvores. Traz uma esperança para quem está enlutado, pode ajudar a superar esse momento”, enfatizou Weffort ao G1.

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