Natureza

Cachorros conseguem entender significado de objetos da mesma maneira que humanos, diz pesquisa

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Um estudo realizado por pesquisadores de uma universidade húngara revelou que os cachorros entendem o significado de certos objetos, desde que tenham interesse neles, mostrando uma resposta semelhante à dos seres humanos.

Esta pesquisa marca o primeiro exame da capacidade neural de animais não humanos em reconhecer objetos.

Em humanos, palavras desencadeiam memórias que são representações mentais de objetos específicos. Por exemplo, ao falar “cadeira”, os seres humanos pensam nessa forma, associam-na a alguma figura específica e imaginam seu formato.

No entanto, essa pesquisa aponta que os cachorros entendem e formam uma representação mental ao ouvir o nome de algum objeto com o qual tenha familiaridade.

De acordo com um artigo publicado na revista Current Biology, essa habilidade dos cães não pode ser extrapolada para todas as espécies animais.

No entanto, sugere uma possível capacidade ampliada entre os mamíferos, especialmente aqueles que têm contato com sistemas de comunicação semântica, ou seja, relacionados ao significado das palavras.

Do ponto de vista evolutivo, essa habilidade pode ter surgido nos cães durante processos de seleção para cooperação com os humanos.

Via Freepik

O experimento

Os pesquisadores reuniram um grupo de 27 cachorros, cujos tutores selecionaram cinco objetos familiares, geralmente brinquedos, para os animais.

Durante o experimento, um áudio gravado anunciava o nome de um objeto, seguido pela apresentação de um item correspondente à frase e outro não correspondente pelo tutor.

Por exemplo, o tutor poderia dizer “pega a bola” e, em seguida, mostrar um freesbe. Os pesquisadores utilizaram a técnica de eletroencefalografia (EEG) não invasiva para avaliar as respostas dos cães.

A hipótese era que, se os cachorros entendem o significado dos objetos, eles ativariam uma representação mental do objeto anunciado.

Assim, a resposta cerebral dos cães refletiria uma representação mental distinta quando confrontados com o objeto não correspondente.

Ao analisar as atividades cerebrais, os pesquisadores observaram que quando o objeto e a palavra anunciada correspondiam, havia um padrão de atividade cerebral diferente em comparação com quando não havia correspondência.

Esse padrão era semelhante ao observado em testes semelhantes realizados com seres humanos.

Além disso, descobriram que a diferença nas respostas cerebrais dos cães entre objetos correspondentes e não correspondentes era mais pronunciada quando se tratava de objetos com os quais os cães estavam mais familiarizados.

Potencial

Descobertas como essa têm o potencial de transformar profundamente nossa percepção e interação com os animais domésticos.

Ao reconhecermos a profundidade da compreensão que os cães têm do mundo ao seu redor, especialmente em relação à linguagem e aos objetos, nos incentiva a reavaliar nossa abordagem em relação a eles.

Isso porque eles não são apenas companheiros leais, mas também seres inteligentes capazes de processar e interpretar informações de maneiras que anteriormente não reconhecíamos completamente.

Essas descobertas destacam a importância de tratarmos os animais com respeito e consideração, reconhecendo sua inteligência e sensibilidade.

Via Freepik

Podemos nos beneficiar ao considerar suas perspectivas e necessidades em nossas interações cotidianas, promovendo relações mais empáticas e significativas entre humanos e animais de estimação.

Em última análise, isso pode levar a uma coexistência mais harmoniosa e enriquecedora entre as espécies.

Embora muitos cientistas tenham base sobre a inteligência animal, pouco se fala sobre as formas de linguagem e associam com criações domésticas. No entanto, esses animais convivem com os humanos há milhares de anos.

Assim, sua evolução genética apresenta traços de mudança para compreender a linguagem e trazer uma percepção mais profunda sobre seus conhecimentos.

Com esse estudo, sabendo que os cachorros entendem algumas palavras e formas e imagens mentais, será possível desenvolver uma nova linha de pesquisas sobre o mundo animal e como ele se comporta.

 

Fonte: UOL

Imagens: Freepik, Freepik

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