História

Casal morto no século 9 é descoberto na Alemanha (um deles sem rosto)

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Você já imaginou encontrar restos de um casal morto do século 9? Isso parece surpreendente, mas aconteceu recentemente.

Enquanto exploravam os vestígios de um castelo medieval em Helfta, Alemanha, os pesquisadores se depararam com uma descoberta inesperada: um cemitério previamente desconhecido do período Carolíngio, que governou a Europa Ocidental e Central nos séculos 8 e 9.

No local, encontraram os corpos de um homem e uma mulher, presumivelmente um casal que viveu no século 9.

Ao lado do homem, havia diversos itens valiosos de ferro, incluindo uma faca, um cinto e um uniforme indicativo de um cargo de destaque no castelo, sugerindo sua posição na elite social da época.

O detalhe que mais intrigou os estudiosos foi a mulher. Com aproximadamente 1,55 metro de altura, ela não possuía rosto, pois todos os ossos dessa região estavam ausentes.

Diferentemente, os ossos do homem estavam intactos, conforme relatado pelo portal Arkeonews.

Surpreendentemente, não encontraram itens valiosos junto ao esqueleto da mulher.

Via Freepik

O arqueólogo Felix Biermann, líder da investigação, sugere a possibilidade de ela ter escolhido não ser enterrada com bens materiais, indicando uma inclinação cristã.

Ele comenta que a ausência de pertences é incomum, especialmente considerando a tradição cristã de evitar acréscimos aos enterros.

Os ossos do casal estão atualmente sob análise em laboratório, na esperança de desvendar os mistérios que envolvem essa descoberta milenar.

Preservação

Um dos elementos que mais surpreenderam os pesquisadores foi a preservação do casal morto, visto que eles podem ser do século 9.

Essa manutenção excepcional ao longo do tempo pode ser atribuída a diversos fatores. Confira algumas das principais justificativas:

Ambientação

As condições ambientais desempenham um papel crucial na preservação, especialmente do casal morto encontrado no sítio.

Isso porque locais com solo alcalino, baixa umidade, ou presença de substâncias químicas específicas podem retardar a decomposição e favorecer a preservação.

Além disso, ambientes com baixa umidade, como desertos, ou climas frios, podem desacelerar os processos de decomposição, mantendo os corpos mais bem preservados.

Como a descoberta aconteceu na Alemanha, acredita-se que esse seja um fator essencial para a manutenção de tantos detalhes. Ainda, vale mencionar que os itens junto ao casal morto também tinham materiais resistentes. Dessa forma, estavam em boas condições de estudo.

Outro elemento importante é a ausência de oxigênio. Ambientes anaeróbicos, onde há falta de ar, podem desacelerar significativamente a decomposição. Isso é comum em locais submersos ou em camadas profundas do solo.

Como se trata de sítios arqueológicos, os especialistas acreditam principalmente nessa possibilidade.

Rituais culturais

Via UOL

Por outro lado, também existem justificativas para que o casal morto tenha uma preservação tão boa, mesmo com tanta idade. No caso, seriam os hábitos culturais e os rituais da época.

Por exemplo, esse é o caso do sepultamento rápido. Quando um corpo é rapidamente enterrado, existe menos exposição a agentes externos, como microrganismos e animais, que aceleram a decomposição.

Enquanto isso, os cuidados de enterro também influenciam. Certos materiais utilizados no enterro, como caixões ou túmulos, podem proteger os corpos da exposição direta aos elementos, contribuindo para a preservação.

Não é possível ter muitas certezas sobre o casal morto no momento, visto que não se sabe sobre sua cultura, origens ou hábitos em vida. Essas características ajudariam a entender as boas condições dos corpos.

No entanto, os pesquisadores estão animados com as possibilidades de escavar mais no local e encontrar outros achados, além de identificar mais da história dessa descoberta, seus itens e suas características.

Eventuais confirmações podem sair em revistas e artigos científicos, para pessoas que desejam acompanhar a evolução do caso.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: UOL, Freepik

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