Saúde

Celular é associado a infertilidade masculina; entenda

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Homens viciados em celular estão correndo um sério risco de saúde: ficar inférteis. Quantas vezes por dia você verifica as notificações no seu aparelho? Segundo um estudo conduzido em Genebra, na Suíça, esse hábito pode ser perigoso.

Isso porque homens que utilizam o aparelho mais de 20 vezes diariamente têm um risco aumentado de infertilidade.

Este problema relacionado à fertilidade masculina está ligado à redução no número de espermatozoides.

Os homens estão apresentando uma diminuição progressiva na quantidade de espermatozoides, porém, há esperança. Fatores como tabagismo, poluição e doenças são responsáveis pela queda na fertilidade masculina.

Segundo um artigo na revista Fertility and Sterility, o aumento no uso de telefones celulares está correlacionado com uma diminuição na concentração e na contagem total de espermatozoides.

Via Unsplash

Entretanto, os pesquisadores reconhecem que há muitas questões a serem investigadas na relação entre o celular e a infertilidade, já que a causalidade direta ainda não foi estabelecida.

Outros fatores não abordados podem ser responsáveis pela redução na produção de espermatozoides em homens viciados no celular.

Além disso, os pesquisadores não têm certeza de como o uso do aparelho afeta o sistema reprodutor masculino e evitam fazer conjecturas a respeito.

Menos espermatozoides

O controverso estudo suíço acompanhou 2,8 mil homens com idades iniciais entre 18 e 22 anos, todos eles alistados no serviço militar entre os anos de 2005 e 2018.

Cada participante voluntário submeteu amostras de sêmen para análise laboratorial e respondeu a questionários sobre seu estilo de vida, incluindo perguntas sobre a frequência de uso do celular e onde costumavam guardar o aparelho.

Dentro do grupo, os homens que utilizavam o celular mais de 20 vezes por dia apresentaram uma concentração média de espermatozoides menor do que aqueles que usavam menos o smartphone.

Entre os homens viciados em celular, os pesquisadores identificaram um risco aumentado de 30% e 21% em relação à concentração de espermatozoides e à contagem total dos espermatozoides, respectivamente, abaixo dos valores de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para homens férteis. Ambos os parâmetros são contribuintes para a infertilidade masculina.

Entretanto, o estudo não evidenciou associações consistentes entre o uso de celulares e a motilidade — a capacidade de movimentação dos espermatozoides — nem com a morfologia. Estes fatores também desempenham um papel crucial em casos de infertilidade.

Risco para os homens viciados em celular?

Pesquisadores declaram que este estudo é ‘verdadeiramente fascinante’, mas reforçam que o resultado “não deve gerar alarme nem provocar mudanças drásticas de hábitos”.

Os autores do novo estudo enfatizam a necessidade de mais pesquisas para confirmar se os telefones celulares são a causa da redução observada no número de espermatozoides, explicam.

Via Unsplash

Atualmente, não há uma explicação confirmada da biologia ou dos mecanismos por trás dessa descoberta, uma vez que a investigação ainda não aconteceu, de fato.

No entanto, caso o homem opte por reduzir o uso do celular como precaução, visando reverter a infertilidade ou melhorar a saúde dos espermatozoides, pode ser um passo interessante.

Por outro lado, é importante ter em mente que apenas essa medida ainda não é suficiente, de acordo com os dados científicos disponíveis atualmente.

Conselhos

De acordo com especialistas, existem comprovações de que os homens podem melhorar a saúde dos espermatozoides seguindo cinco conselhos.

Primeiro, precisa praticar exercícios físicos, evitando superaquecimento na região da virilha.

Ainda, vale adotar uma dieta balanceada, com restrição do consumo excessivo de calorias e açúcar, visto que esses elementos são vilões de uma boa saúde, sendo ela íntima ou não.

Ao mesmo tempo, manter um peso saudável se relaciona diretamente com a fertilidade, seguindo as recomendações de idade, peso de IMC.

Por fim, evitar o tabagismo e limitar o consumo de álcool são conselhos comuns entre os médicos, mas ajudam a ter uma boa vida e preservar a fertilidade também.

 

Fonte: Canaltech

Imagens: Unsplash, Unsplash

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