Por Pode parecer chocante, mas é possível ter uma morte no sexo, e algumas pessoas precisam realmente ficar atentas.
Durante o ato sexual, o corpo humano passa por uma série de mudanças. O coração acelera, a respiração se torna mais profunda, os músculos se contraem e o fluxo sanguíneo aumenta em direção aos órgãos genitais.
Um estudo forense realizado na Alemanha em 2022 analisou 32 mil casos de mortes súbitas ocorridas ao longo de 33 anos.
Eles revelaram que 0,2% dessas mortes aconteceram durante a atividade sexual. Os homens de meia-idade, com uma média de 59 anos, foram os mais afetados, e a causa mais comum foi o infarto.
Durante esse mesmo período, um estudo publicado na JAMA Cardiology examinou 6.847 casos de morte cardíaca súbita, dos quais 17 ocorreram durante atividade sexual.
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Surpreendentemente, 35% das vítimas eram mulheres, e a principal causa da morte no sexo foi um repentino ritmo cardíaco anormal conhecido como síndrome de morte arrítmica súbita, seguido pela dissecção aórtica.
Em um estudo similar apresentado em uma conferência da American Heart Association (AHA), pesquisadores relataram o caso de 32 homens e 2 mulheres que sofreram parada cardíaca durante o sexo.
O estudo também destacou que apenas um terço dos parceiros das vítimas tentaram realizar respiração boca a boca durante a emergência.
Chances de morte no sexo
De acordo com um artigo publicado no Journal of the American Medical Association, atividades físicas de intensidade moderada a alta, como o sexo, aumentam consideravelmente o risco de ataque cardíaco, especialmente em pessoas que não se exercitam regularmente.
O estudo revela que as chances de sofrer um ataque cardíaco ou morte cardíaca súbita são 2,7 vezes maiores durante o ato sexual. Esses riscos elevados persistem por uma a duas horas durante e após a atividade sexual.
No entanto, isso não significa que se deva temer o sexo. Os autores afirmam que, considerando uma população de 10 mil pessoas, cada sessão de atividade sexual por semana pode estar associada a um aumento de um a dois casos de ataque cardíaco ou morte súbita cardíaca por ano.
Entretanto, é importante contextualizar essa descoberta com outras evidências significativas, como aquela que sugere que a prática regular de atividade física reduz o risco de ataques cardíacos e morte súbita cardíaca em 30%.
O que pode me matar?
As condições cardiovasculares são as causas mais frequentes associadas à possibilidade de morte no sexo. No entanto, elas não são as únicas possibilidades.
Um exemplo é a formação de um coágulo sanguíneo em uma veia profunda, conhecida como trombose venosa profunda, que pode se deslocar para os pulmões, resultando em uma embolia pulmonar.
Isso ocorre porque situações de grande esforço físico, como o ato sexual, podem aumentar os riscos de morte durante o sexo.
O mesmo se aplica para o AVC, quando um coágulo repentino pode se formar no cérebro e levar a uma tragédia.
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Como se prevenir?
Pode parecer estranho falar sobre prevenção para não ter uma morte no sexo, mas, na realidade, é importante se atentar a isso.
Não são todas as pessoas que são expostas a esses perigos, e uma parcela significativamente pequena da população corre reais riscos. No entanto, eles existem, e não devem ser ignorados.
Por isso, para começar, tenha seus exames em dia. Faça consultas periódicas, especialmente com um cardiologista. Se tiver histórico de doenças cardíacas na família, isso aumenta ainda mais. Também procure praticar atividades físicas regularmente.
Com os exames em dia, você poderá conferir se o seu coração está em ordem, ou se o médico recomenda atividades moderadas, e, claro, isso não inclui uma relação sexual muito agitada.
Além disso, procure tomar algumas precauções na hora de se relacionar com seu parceiro ou parceira. Por exemplo, evite ingerir bebidas alcoólicas ou energéticas antes do ato. E nunca misture as duas coisas junto de outros elementos, como remédios para potencializar a performance!
Essa é uma receita para infartos e outros tipos de incidências no coração, visto que ele terá que trabalhar dobrado para bombear sangue e manter seu corpo ativo.
Caso sinta algum desconforto durante o sexo, peça para parar, tome água e respire lentamente. Pode não parecer, mas essas recomendações ajudam a diminuir o fluxo sanguíneo e reduzem o trabalho cardíaco.
Se os sintomas persistirem, ou identificar elementos como dor de cabeça, tontura ou dormência, vá imediatamente para o hospital. Isso trará mais chances de sobrevivência, evitando uma morte durante o sexo.
Estar atento ao seu corpo permite aproveitar melhor essa atividade e garantir que você permanecerá saudável!
Fonte: Canaltech
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