A ciência acreditava que esse animal estava extinto há milhões de anos, até que um exemplar foi descoberto vivo

Cientistas acreditavam que um pequeno animal marinho havia sido extinto há quatro milhões de anos. Até então, pesquisadores conheciam a criatura somente a partir de fósseis. No entanto, recentemente um grupo de pesquisadores fizeram uma descoberta incrível na Nova Zelândia. O animal nomeado em 1901 como Protulophila foi encontrado.

Ele é caracterizado por ser pequeno e está relacionado a corais e anêmonas do mar, que formam pequenos orifícios nos tubos abertos de vermes marinhos, onde vivem, chamados de serpulídeos. E o que mais chama a atenção é que, apesar da história da criatura marinha se estender há 170 milhões de anos, no Jurássico Médio, o último vestígio conhecido do animal foi em rochas há quatro milhões de anos.

Segundo pesquisas, antes, o Protulophia habitava na Europa e Oriente Médio, porém, recentemente um grupo de cientistas do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia, do Museu de História Natural de Londres, na Inglaterra, e da Universidade de Oslo, na Noruega, encontraram fósseis da criatura que datam do período em que o animal estava em extinção, durante um trabalho de campo em Wanganui, na costa oeste da Ilha do Norte, na Nova Zelândia.

De acordo com paleontólogos, estima-se que os restos do animal encontrado data-se de menos de um milhão de anos. Depois da descoberta eles acabaram encontrando mais exemplos de Protulophia no Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica. Essas amostras haviam sido coletadas em 2008 nas águas profundas da cidade de Picton, no nordeste da Ilha do Sul, também na Nova Zelândia.

Após o descobrimento, os cientistas acreditam que o “fóssil vivo” refere-se a animais e plantas que são tão raros, que geralmente são vistos apenas como fósseis. “Encontrar Protulophila viva é um exemplo raro de como o conhecimento dos fósseis levou à descoberta da biodiversidade viva”, disse o biólogo marinho do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica da Nova Zelândia, Dennis Gordon.

A sugestão dos especialistas é de que o Protulophila seja a fase de pólipo de um hidróide e esteja vivenciando o estágio de medusa. “Muitas espécies de hidrozoários têm um ciclo de vida de dois estágios e, em muitos casos, essas duas fases acabam não sendo relacionadas [pelos cientistas]. Nossa descoberta pode, portanto, significar a resolução de dois quebra-cabeças ao mesmo tempo”, explica Dennis Gordon.

Ainda segundo o cientista, a descoberta vai ajudar a aprofundar os conhecimentos sobre o assunto. “É muito emocionante. O nosso trabalho de detetive também sugeriu a possibilidade de que Protulophila pode estar relacionado apenas à medusa”, acredita Dennis Gordon.

O desafio da equipe agora é coletar amostras do animal como objetivo de realizar uma série de métodos bioquímicos que têm como finalidade identificar algumas características do Protulophila.

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