Ciência e Tecnologia

Ciência afirma que livros de Chico Xavier foram escritos por pessoas diferentes, como?

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Vocês sabem que foi Francisco Cândido Xavier? O cara foi o maior médium brasileiro, além de ser filántropo e também um dos mais importantes expoentes do Espiritismo. Chico assinou a publicação de incríveis 412 obras literárias, tendo como o mais famoso “Nosso Lar”. O livro foi publicado em 15 idiomas e teve 2,5 milhões de vendas.

Mas o que pouca gente sabe é que Chico dizia que ele não era o autor dos livros e que todos fora psicografados. Com uma produção incrível, até o escritor Monteiro Lobato ficou impressionado com a quantidade de livros escritos por Chico. Certa vez ele declarou o seguinte: “se Chico Xavier produziu tudo aquilo por conta própria, então ele merece ocupar quantas cadeiras quiser na Academia Brasileira de Letras”.

Recentemente, por meio da tecnologia, parece que descobriram que os livros realmente não foram escritos por Chico Xavier. Mas como isso foi descoberto? A gente explica para vocês.

Inteligência artificial faz análise das obras de Chico Xavier

Usando uma técnica chamada machine learning (forma de aprendizado de padrões pelos computadores), uma análise foi feita sobre os livros escritos por Chico. O objetivo era entender se o estilo literário de suas obras poderiam indicar que houve a participação de outras “pessoas”. O resultado? Vários escritores diferentes participaram da construção das obras.

Milton Stiilpen Jr., um dos autores do estudo realizado pela empresa Stilingue, diz que “para as pessoas de fé, as evidências reforçam suas crenças. Para os céticos ao espiritismo, temos evidências científicas que mostram que as obras são distintas em estilo.”

Como a análise é feita?

Acreditem, já existe tecnologia capaz de identificar estilos literários e até reproduzir novos textos a partir desses estilos. O método aplica tais técnicas de “machine learning” em uma série de conteúdos para criar um modelo de linguagem padrão. Depois, o computador colhe um trecho de uma obra e usa o modelo padrão (chamado de ‘bot’) para continuá-lo e garantir a manutenção do estilo do autor.

Esse mesmo processo é feito várias vezes até que se reproduza textos com forma literária parecida com os textos originais. O primeiro experimento desse tipo foi desenvolvido a partir de duas técnicas de “machine learning”, a Redes Recorrentes Simples e a LSMT (long short-term memory), para investigar as obras de William Shakespeare.

A aplicação bem sucedida do escritor inglês fez os cientistas da Stilingue (empresa de tecnologia especializada em análise de textos) replicá-la em obras brasileiras. Os livros escolhidos foram de Paulo Coelho e de Chico Xavier.

Mas e aí, você acredita mesmo que esses livros foram psicografados? Comentem!

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