Ciência e Tecnologia

Cientistas criam primeiro adesivo de libido feminino para mulheres na menopausa

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Novos testes científicos podem ter desenvolvido o primeiro adesivo de libido feminino com altas taxas de sucesso.

No Reino Unido, a Universidade de Warwick e a startup Medherant iniciarão testes clínicos do primeiro adesivo de reposição de testosterona projetado especificamente para mulheres na menopausa ou pós-menopausa.

O objetivo é devolver a libido e o desejo sexual, que podem diminuir gradualmente após a fase reprodutiva.

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Os testes clínicos devem começar em setembro deste ano e, se bem-sucedidos, espera-se que a terapia transforme a vida das mulheres que sofrem com problemas pós-menopausa.

É o que afirma David Haddleton, professor de química na Universidade de Warwick e fundador da Medherant, em comunicado sobre a pesquisa.

Primeiro adesivo de libido feminino

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O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) recomenda a suplementação de testosterona para mulheres com baixo desejo sexual. No entanto, ainda não existem produtos especificamente desenvolvidos e testados para esse grupo.

A maioria das soluções existentes foram criadas a partir de estudos com homens, que geralmente fazem mais uso da reposição hormonal.

Por causa disso, alguns médicos recomendam a utilização off-label (fora da bula) de cremes e géis de testosterona.

Por outro lado, a ciência conta com diferentes opções de adesivo para reposição de estrogênio e progesterona no mercado. Sua fórmula surgiu a partir de necessidades específicas das mulheres.

O novo adesivo de libido feminino preencheria essa lacuna atual, facilitando a reposição hormonal.

Com o financiamento para o primeiro teste clínico do adesivo de testosterona para mulheres na pós-menopausa, a Medherant dará um importante passo para registrar o produto e preencher essa significativa lacuna nas opções de tratamento para as mulheres nessa fase tão importante de suas vidas.

Segundo o diretor-executivo da Medherant, John Burt, o adesivo será capaz de transformar a vida das mulheres que sofrem com problemas pós-menopausa e ajudar a trazer de volta a libido e o desejo sexual no público-alvo.

No entanto, ainda está na fase de testes, e é importante verificar se o adesivo trará efeitos colaterais consideráveis. Assim, antes de liberar a venda ou os anúncios, precisará de confirmação para garantir que as mulheres estarão seguras com o produto.

Problemas após menopausa

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A diminuição da libido na menopausa pode ser atribuída principalmente às mudanças hormonais que ocorrem no corpo feminino durante esse período. Durante a menopausa, os ovários começam a produzir menos estrogênio e progesterona, que são hormônios importantes para a regulação do ciclo menstrual e para a manutenção do equilíbrio hormonal do corpo.

A falta desses hormônios pode afetar a lubrificação vaginal, causar secura e coceira, tornando o sexo doloroso e menos prazeroso. Além disso, a falta de estrogênio pode afetar a saúde das paredes vaginais, tornando-as mais finas e propensas a infecções.

A diminuição da testosterona, que é um hormônio sexual importante tanto para homens quanto para mulheres, também pode afetar a libido durante a menopausa. A testosterona é produzida em quantidades menores pelas mulheres do que pelos homens, mas é importante para manter a saúde sexual e a libido feminina.

Outros fatores que podem afetar a libido na menopausa incluem o estresse, a depressão, a ansiedade, a falta de sono e a perda de autoestima.

Além disso, muitas vezes são consequências das mudanças físicas e emocionais que ocorrem durante esse período da vida.

É importante destacar que a ausência de testosterona em algumas mulheres pode causar sintomas adicionais além da questão da libido, como fadiga frequente, alterações de humor ou maior propensão a quadros depressivos.

Cada caso deve receber avaliação individualmente por um profissional de saúde. Mas em alguns casos, a suplementação deste hormônio pode ter prescrição juntamente com a terapia de reposição hormonal mais convencional, composta somente por estrogênio e progesterona.

 

Fonte: Canaltech

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