Entretenimento

Remédio para obesidade pode ser colocado na Lista de Medicamentos Essenciais pela OMS

0

A obesidade é um dos problemas que mais têm crescido no mundo todo. Até porque, mais pessoas estão comendo mais e se exercitando menos. Por conta disso, laboratórios fazem estudos para criar um medicamento que possa ajudar com a obesidade.

Felizmente, vários já foram criados. Eles são tão eficazes e realmente ajudam as pessoas que sofrem com esse problema que a Organização Mundial da Saúde (OMS) pode colocar na sua Lista de Medicamentos Essenciais o primeiro remédio que trata a obesidade.

O comitê de especialistas discutirá se isso realmente irá acontecer entre 24 e 28 de abril. No entanto, existe uma grande chance de que os remédios com liraglutida, que é uma prima da semaglutida, como seu princípio ativo sejam colocados na lista.

Adição à lista

GZH

A Lista de Medicamentos Essenciais é atualizada de dois em dois anos e leva em consideração somente os remédios que já estão bem estabelecidos no mercado e que tenham sua eficácia comprovada na vida real. E quando um medicamento é colocado nela, isso gera um efeito cascata porque é bem provável que os países considerem comprá-lo e ele se torne mais acessível para a população.

Quem fez o pedido para incluir a liraglutida à lista foram os membros de instituições de pesquisa norte-americanas, como a Universidade de Yale e o Brigham and Women’s Hospital. “Atualmente, não há medicamentos incluídos na [Lista de Medicamentos Essenciais] que visam especificamente a perda de peso para a carga global da obesidade”, pontuaram eles.

Combate à obesidade

Canaltech

Nessa busca, vários remédios foram criados para ajudar as pessoas que sofrem com esse problema, por exemplo, os com liraglutida que imitam a ação do GLP-1, que é o hormônio regulador do apetite, e fazem o estímulo para a liberação de insulina no organismo. Com isso, a concentração de açúcar no sangue fica menor, o tempo de passagem dos alimentos pelo intestino também aumenta e isso ajuda a pessoa a emagrecer.

Esse tipo de remédio para emagrecer é aprovado nos EUA desde 2014 para as pessoas com obesidade e sobrepeso. O mais popular entre eles é a Saxenda, da Nova Nordisk. No Brasil, esse medicamento está disponível desde 2016. No caso desse remédio, diferente dos com semaglutida, como Ozempic e Wegovy, a aplicação dele é diária através de canetas, enquanto que nesses medicamentos mais recentes o uso é semanal.

O que pode fazer com que o comitê da OMS coloque realmente esse medicamento em sua Lista de Medicamentos Essenciais é que, nos EUA, a patente da liraglutida expira esse ano. De acordo com a farmacêutica, mesmo assim, a partir de junho de 2024 versões genéricas devem estar disponíveis. Isso irá facilitar que outros países incorporem o composto. No nosso país, o Saxenda custa aproximadamente 700 reais, o que é um alto custo.

Ressalvas

Canaltech

A semaglutida está presente no Wegovy, remédio aprovado pela Anvisa. Contudo, mesmo com essa aprovação ele não deve ser usado por qualquer pessoa que queira perder peso. Quem deve usá-lo são aquelas com sobrepeso, ou seja, as pessoas que têm o índice de massa corporal (IMC) maior do que 27, que se classifica como obesidade, ou as com ele acima de 30, que tem um risco considerável para sua saúde.

No caso das pessoas que não estão acima do peso, mas querem usar o remédio, os médicos dizem que ele pode até fazer com que a pessoa emagreça, mas quando ela parar de tomá-lo, aqueles quilos perdidos irão voltar. Justamente por isso que eles frisam a importância do acompanhamento médico, principalmente o de um nutricionista.

De acordo com as recomendações da Anvisa, o remédio é para as pessoas que tenham, pelo menos, uma doença crônica relacionada ao sobrepeso, como por exemplo, pré-diabetes ou diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular.

O remédio para obesidade e sobrepeso deve chegar no mercado ainda no segundo semestre desse ano e para comprá-lo não será preciso receita. Até o momento, o preço dele ainda não foi divulgado. Contudo, de acordo com cálculos baseados nos preços do exterior e pela venda de empresas privadas, o valor final não será tão acessível e o remédio ainda não tem previsão para chegar no Sistema Único de Saúde (SUS).

Assim como a maioria dos remédios, esse também tem possíveis efeitos colaterais. Algumas pessoas relataram ter náusea, vômitos, diarreia e constipação. Na maioria dos casos eles são leves ou moderados e somem depois que as pessoas param de tomar o remédio.

Fonte: Canaltech

Imagens: GZH, Canaltech

Cientistas indicam que universo pode ter a forma de rosquinha

Artigo anterior

Cientistas criam primeiro adesivo de libido feminino para mulheres na menopausa

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido