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Cientistas descobrem que planeta “proibido” do tamanho de Júpiter está orbitando uma estrela anã

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A descoberta do planeta proibido TOI 5205b, feita pelo telescópio Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA, surpreendeu os astrônomos.

Segundo a teoria atual sobre a formação planetária, o planeta não deveria existir, gerando seu nome popular. No entanto, esse corpo celeste faz parte de um sistema incomum no qual orbita uma pequena estrela anã vermelha chamada TOI-5205.

Embora a estrela seja apenas quatro vezes maior que Júpiter, ela conseguiu formar um planeta do tamanho de Júpiter, o que é bastante surpreendente.

Via UOL

De acordo com Shubham Kanodia, especialista em estudar anãs vermelhas, as estrelas que compõem quase três quartos de nossa galáxia, a descoberta é única.

Isso porque existe apenas um pequeno número de gigantes gasosos orbitando essas estrelas anãs mais velhas. Além disso, até agora, nenhum desses planetas esteve em um sistema planetário em torno de uma anã vermelha de baixa massa como TOI-5205.

A órbita do planeta “proibido” é semelhante à de Júpiter, orbitando uma estrela similar ao Sol. No entanto, a estrela TOI-5205 é muito menor do que o Sol, o que faz com que o planeta se pareça mais com uma ervilha rodeando um limão.

A descoberta do planeta desafia as teorias atuais sobre a formação planetária e fornecerá informações valiosas para entender melhor a formação de planetas em torno de estrelas anãs vermelhas.

A descoberta do planeta TOI 5205b é uma das mais surpreendentes feitas pela missão TESS da NASA.

Além de desafiar as teorias atuais sobre a formação planetária, a descoberta fornecerá informações importantes para entender melhor a formação de planetas em torno de estrelas anãs vermelhas.

Via Revista Galileu

Equipe confirmou a origem do planeta proibido

Uma equipe de cientistas liderada por Shubham Kanodia, composta por Anjali Piette de Carnegie, Alan Boss, Johanna Teske e John Chambers, confirmou a existência do astro TOI 5205b e o caracterizou usando vários instrumentos e instalações terrestres.

Com a massa de Júpiter, o planeta realiza um dos maiores trânsitos de exoplanetas conhecidos, bloqueando cerca de 7% da luz de sua pequena estrela hospedeira, a TOI-5205, quando cruza na frente dela.

Os astrônomos notaram que o planeta “proibido” é muito propício para futuras observações com o recém-lançado Telescópio James Webb devido à sua grande profundidade de trânsito.

Além disso, a equipe de Kanodia acredita que o TOI 5205b pode ser um bom objeto de estudo para entender a formação de planetas em torno de estrelas anãs vermelhas. Elas compõem a maioria das estrelas da galáxia, mas são difíceis de observar a olho nu.

Até agora, um pequeno número de gigantes gasosos foi descoberto orbitando estrelas anãs vermelhas mais velhas. No entanto, a descoberta do TOI 5205b é a primeira de uma série de possíveis experiências no nosso sistema planetário.

Afinal, poucas vezes se identificou um corpo celeste como esse em torno de uma anã vermelha de baixa massa como TOI-5205.

Como os planetas se formam?

Via Heraldo

Os planetas se formam a partir de discos de gás e poeira que giram em torno de uma jovem estrela. Esses discos são conhecidos como discos protoplanetários. Eles se formam a partir do material restante da formação da estrela.

À medida que o disco gira, a poeira e o gás começam a se acumular em grumos, que eventualmente se juntam para formar planetesimais, que são corpos sólidos com cerca de um quilômetro de diâmetro.

Os planetesimais continuam a crescer à medida que colidem uns com os outros e se fundem, formando protoplanetas.

À medida que os protoplanetas crescem, sua gravidade atrai cada vez mais matéria do disco protoplanetário, até que eles se tornem planetas.

Os planetas que estão mais próximos da estrela se formam a partir de material rochoso, enquanto os planetas mais distantes são feitos principalmente de gelo.

Os planetas gigantes, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, têm núcleos rochosos que atraem grandes quantidades de gás hidrogênio e hélio, que formam suas atmosferas.

O processo de formação planetária pode levar milhões de anos e sofre influência de muitos fatores, como por exemplo, a massa da estrela central, a distância entre os planetas e a composição química do disco protoplanetário.

A compreensão dos processos de formação planetária é um tópico de pesquisa ativo na astrofísica, com o objetivo de entender como e por que os planetas se formam em diferentes tipos de sistemas estelares.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: Revista Galileu, UOL, Heraldo

 

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