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Com fertilidade de mulher de 50 anos após quimio, jovem de 27 vence plano em processo

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A história de Luisa Eugênio, uma publicitária de 27 anos, inspirou a internet quando contada pelo portal UOL, e agora tem um desfecho ainda mais positivo.

Diagnosticada com câncer, ela queria congelar seus óvulos antes da quimioterapia para não ficar infértil. Seu convênio médico não permitiu, então sua família pagou R$ 18 mil para o procedimento.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o convênio deve pagar cerca de R$ 23 mil para Luisa.

Agora, ela e sua família estão contentes com a vitória, pois outras mulheres poderão usar essa informação para buscar ajuda legal também.

Quando Luisa foi diagnosticada com câncer de mama aos 24 anos, ela pediu para seu convênio médico congelar seus óvulos para evitar a infertilidade da quimioterapia.

No entanto, o convênio não concordou, então ela e sua família decidiram ir à Justiça. A operadora disse que não podia pagar pelo procedimento, mas o STJ decidiu que a operadora deve pagar pelo congelamento dos óvulos e pelo armazenamento deles até o final do tratamento do câncer.

Luisa passou pelo tratamento durante 2020 e 2021 e agora está completamente curada.

Via UOL

Parecer da Justiça

Os juízes do STJ concordaram com o argumento da relatora Nancy Andrighi.  Se o plano de saúde cobre a quimioterapia, ele também deve incluir a prevenção dos efeitos colaterais do tratamento, como a possibilidade de infertilidade, de acordo com a ministra.

“Uma vez que essa decisão servirá como base para futuros casos, é provável que o número de processos judiciais de mulheres em tratamento quimioterápico aumente”, comenta Emanoel Dantas de Araújo Jr., o advogado da jovem.

É um tipo raro de câncer em mulheres jovens. Como Luísa Eugênio conta, não havia histórico desse câncer na família, e ela foi escolhida.

Em apenas um mês após o diagnóstico, começou a quimioterapia, pois o tumor estava crescendo muito rápido. Felizmente, o diagnóstico foi feito cedo.

Apesar de não ter ficado infértil, Luisa optou por manter seus óvulos congelados, usando seus próprios recursos. “Muitas coisas mudaram e minha reserva de óvulos ficou muito baixa, como se eu tivesse 50 anos”, conta a jovem. Atualmente, ela paga R$ 1.200 por ano para manter seus óvulos congelados.

Fertilização pós-congelamento

Via Genesis

Em casos como o de Luísa Eugênio, a fertilização é possível e simples, pois ela congelou seus óvulos.

No caso, a fertilização ocorre por meio de um procedimento chamado fertilização in vitro (FIV).

Inicialmente, acompanha a manutenção dos óvulos e realiza a estimulação dos ovários. Isso envolve a administração de hormônios para estimular o crescimento de múltiplos folículos ovarianos.

Todas essas etapas acontecem com acompanhamento médico, exames e ultrassonografias para acompanhar o desenvolvimento dos folículos.

Se houver um parceiro ou doador de esperma, o esperma é coletado e preparado para a fertilização.

Os óvulos congelados são descongelados e fertilizados com espermatozoides em laboratório.

Isso ocorre por meio da técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), na qual um único espermatozoide entra diretamente em cada óvulo.

Em seguida, os embriões que conseguem passar pela fertilização são cultivados em laboratório por alguns dias, onde avaliam seu desenvolvimento e sua qualidade.

Gravidez

A transferência embrionária confirma o início da tentativa de gravidez. Se falhar, é importante ter mais óvulos para garantir outras tentativas. Luísa Eugênio garantiu isso em seu caso.

Após a transferência, a mulher espera algumas semanas para fazer um teste de gravidez e verificar se a fertilização foi bem-sucedida.

É importante lembrar que o processo de fertilização in vitro (FIV) pode variar de acordo com a clínica de fertilidade e as circunstâncias individuais de cada paciente.

No entanto, é uma alternativa para vítimas de câncer que desejam engravidar, especialmente jovens. Além disso, como o caso Luísa Eugênio confirma, agora é um direito de todas as mulheres nos planos de saúde.

 

Fonte: UOL

Imagens: UOL, Genesis

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