História

Com ou sem asteroide, dinossauros estavam fadados à extinção, diz estudo

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Um estudo recente publicado na Science Advances em 4 de outubro desafia a ideia de que um asteroide foi o único culpado pela extinção dos dinossauros.

De acordo com a pesquisa, grandes erupções vulcânicas nos Basaltos de Decão, um planalto no centro-oeste indiano, desempenharam um papel crucial ao desencadear mudanças climáticas que moldaram o destino dessas espécies centenas de milhares de anos antes de sua extinção.

A erupção massiva, que liberou cerca de 1 milhão de quilômetros cúbicos de rocha, pode ter tido um impacto significativo no resfriamento global do planeta há aproximadamente 65 milhões de anos.

Além disso, um achado em Mercúrio levanta a possibilidade de vida em geleiras de sal, adicionando uma nova dimensão à exploração planetária.

Antes da extinção dos dinossauros, os pesquisadores indicam que as condições climáticas eram marcadas por instabilidade, atribuída aos invernos vulcânicos que possivelmente persistiram por décadas.

Essa condição ocorre quando a liberação de enxofre durante uma erupção vulcânica resulta em uma queda global de temperatura.

Don Baker, professor do Departamento de Ciências da Terra e Planetárias da Universidade McGill, no Canadá, afirmou em comunicado que essa instabilidade tornaria a vida de todas as plantas e animais mais difícil, preparando assim o terreno para a eventual extinção dos dinossauros.

Via Revista Galileu

Estudo

Os cientistas utilizaram amostras de rochas antigas dos Basaltos de Decão para avaliar as quantidades de flúor e enxofre liberadas na atmosfera pelas erupções nos 200 mil anos que antecederam a extinção dos dinossauros.

Baker comparou a técnica utilizada para estimar a liberação desses elementos ao processo de cozinhar macarrão.

Ele explica que é como preparar macarrão em casa. Você ferve a água, adiciona sal e, em seguida, o macarrão. No entanto, parte do sal da água é absorvida pelo macarrão, mas não em grande quantidade, como explicou.

Da mesma forma, à medida que os elementos esfriam após uma erupção vulcânica, alguns deles ficam retidos em minerais.

Assim como é possível calcular as concentrações de sal na água utilizada para cozinhar a massa através da análise do sal presente no próprio macarrão, a técnica empregada no estudo permitiu que os cientistas mensurassem as quantidades de enxofre e flúor nas amostras de rocha.

Com essas informações, os pesquisadores puderam determinar a quantidade desses gases liberados durante as erupções antigas, o que levou à conclusão sobre a ocorrência dos invernos vulcânicos.

Conforme o cientista explica, o trabalho contribui para a compreensão desse evento de extinção significativo, que culminou no surgimento dos mamíferos e na evolução da espécie, conclui Baker.

Além de fornecer novos insights sobre a história da Terra, a pesquisa também abre caminho para abordagens inovadoras no estudo das mudanças climáticas.

Extinção dos dinossauros e surgimento da vida

Os dinossauros, apesar de terem desaparecido há milhões de anos, desempenharam um papel indireto e crucial na evolução que levou ao surgimento dos humanos.

A extinção em massa que ocorreu no final do período Cretáceo, que eliminou os dinossauros não aviários, criou um vácuo ecológico.

Via PxHere

Com a competição reduzida, os mamíferos, incluindo os primatas que eventualmente deram origem aos humanos, tiveram a oportunidade de se diversificar e ocupar nichos ecológicos antes ocupados pelos dinossauros.

Em seguida, as mudanças climáticas resultantes do impacto de um asteroide e das erupções vulcânicas, que contribuíram para a extinção dos dinossauros, também influenciaram o ambiente global.

Os mamíferos, incluindo nossos ancestrais, tiveram que se adaptar a essas mudanças ambientais, impulsionando a evolução de características que favoreciam a sobrevivência em novos contextos.

A pressão evolutiva ao longo do tempo favoreceu o desenvolvimento de cérebros mais complexos em certos grupos de mamíferos.

Os primatas continuaram a desenvolver cérebros maiores e mais complexos ao longo da evolução. Isso porque eles compartilham um ancestral comum com os mamíferos que sobreviveram à extinção dos dinossauros.

Isso eventualmente levou ao surgimento dos hominídeos, incluindo os humanos.

Por fim, a diversidade de mamíferos que surgiu após a extinção dos dinossauros proporcionou uma base genética ampla para futuras adaptações.

A resiliência desses mamíferos em face das mudanças ambientais contribuiu para a continuidade da vida e eventual ascensão dos primatas, incluindo os hominídeos.

 

Fonte: Revista Galileu

Imagens: Revista Galileu, PxHere

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