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Bill Gates tem razão? Como seria a semana de trabalho com 3 dias

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Desde o começo da pandemia de covid-19 várias mudanças aconteceram com relação à forma como as pessoas trabalham. E elas continuam acontecendo. Uma das coisas mais faladas é sobre a redução da jornada de trabalho para uma semana de quatro dias.

Isso pode parecer um sonho para muitos, mas a realidade é que alguns países já fizeram projetos para testar se isso realmente pode ser o novo normal. E em janeiro de 2024, mais de 20 empresas do Brasil irão testar ter uma semana de trabalho de quatro dias. “O propósito da vida não é apenas trabalhar”, disse o bilionário Bill Gates em entrevista ao podcast americano What Now, no dia 21 de novembro.

Esse pensamento do fundador da Microsoft já era visto antes mesmo de uma jornada com menos dias ser uma tendência mundial. E na visão de Gates, a semana de trabalho deveria ser mais curta ainda: de três dias.

“Se você conseguir uma sociedade em que só temos que trabalhar três dias por semana ou algo assim, provavelmente está tudo bem se as máquinas puderem fazer as coisas e não precisarmos trabalhar tanto”, disse.

Além de Gates, James Dimon, CEO do JP Morgan, também já tinha defendido essa ideia.  “Seus filhos vão viver até os 100 anos e não vão ter câncer devido à tecnologia. E eles provavelmente vão trabalhar três dias e meio na semana”, pontuou ele.

Ponto de vista dos CEOs

Freepik

As declarações dadas por eles vem em um momento onde é visto uma tendência do mercado no modelo presencial. Tanto que empresas como Apple, Disney e Zoom fizeram esse movimento de volta. Até mesmo Dimon disse ser contra o trabalho 100% remoto e disse que esse sistema “não funciona para a cultura”.

“Muitos líderes estão retomando o retorno aos escritórios por várias questões relacionadas à cultura organizacional e à mentalidade. E a tecnologia não muda a mentalidade”, afirmou Sylvia Hartmann, especialista em modelos de trabalho.

De acordo com os funcionários que tinham modelo de trabalho flexível e que foram entrevistados pelo Future Forum, um consórcio do Slack focado no futuro do trabalho, eles eram 57% mais inclinados a dizer que a cultura da sua empresa melhorou nos últimos dois anos em comparação com aqueles que trabalhavam 100% presencialmente.

Outro ponto é que as empresas com modelos de trabalho flexível faturaram mais, conforme mostrou a análise feita pela Scoop, uma startup de gestão de trabalho híbrido, em parceria com o BCG, em 554 empresas norte-americanas.

Semana de trabalho menor

Tangerino

A diminuição de semana para quatro dias na Vockan Consulting, empresa de tecnologia voltada para a indústria, teve como resultado uma produtividade 41% acima da média. Essa jornada mais curta começou em novembro de 2022 como um plano piloto. Ao fim do teste, 70% dos 100 funcionários estão nesse regime.

Atualmente, a Vockan ainda está com a jornada reduzida e com um sistema híbrido, sendo três dias home office e um dia presencial. “O mais importante é mapear a empresa e o segmento e entender o dia a dia do colaborador e como redesenhar a sua rotina de trabalho”, disse Fabrício Oliveira, CEO da Vockan.

Com essa mudança, a empresa que tem sede em São Paulo viu acontecer uma retenção e atração maior de talentos, funcionários mais felizes e com uma saúde mental melhor.  “O número de colaboradores aumentou 62% desde o início do projeto e nossas pesquisas anônimas de clima mostraram que 60% dos colaboradores estão muito felizes e 40% estão felizes com o trabalho”, pontuou Oliveira.

Mudar a jornada de trabalho quer dizer ressignificar o conceito de produtividade. Por isso que tê-la relacionada com a quantidade de horas que se passa no escritório é uma coisa que não faz tanto sentido atualmente.

“As empresas precisam privilegiar a produtividade verdadeira, que não está associada a tempo de trabalho e disponibilidade, mas sim a entregas com qualidade. Se essa mentalidade impede que o trabalho remoto funcione, com certeza também impedirá que o trabalho de quatro dias avance”, concluiu Hartmann.

Fonte: Forbes

Imagens: Freepik, Tangerino

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