Saúde

Comer à noite faz mal? Mito ou verdade?

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O lanche noturno é um reconforto, e parte da rotina de muitas pessoas, mas será que comer a noite faz mal?

Essa é uma dúvida comum, especialmente com os conteúdos que viralizam na internet, com nutricionistas e especialistas afirmando diferentes recomendações para a alimentação.

Nesse caso, será que ter o hábito de comer tarde seria um empecilho para o corpo? Quais as consequências para a saúde, e também para a aparência física?

Os lanches noturnos

Via Freepik

Uma pesquisa recente sobre os hábitos alimentares nos Estados Unidos descobriu que quase 60% dos adultos consideram normal realizar refeições após as 21 horas.

No entanto, especialistas advertem que esse comportamento pode perturbar os ritmos naturais do corpo, tendo um impacto negativo na saúde. Ou seja, comer à noite, muito tarde, faz mal para o seu organismo.

Conforme indicado por várias pesquisas, jantar três horas antes de dormir pode aumentar os sintomas de azia e refluxo ácido. Afinal, o corpo precisa de tempo para processar e digerir toda a comida. No entanto, é comum para as pessoas dormirem logo em seguida após esses lanches.

Além disso, estudos mostram que comer entre uma a três horas antes de deitar está associado a mais interrupções no sono, prejudicando a qualidade do descanso noturno.

O peso e a saúde em jogo

Ainda, análises recentes mostraram uma possível relação entre comer à noite, manutenção do peso corporal e aprimoramento da saúde metabólica.

Conforme resultados, adultos que consumiam mais de 100 calorias duas horas antes de dormir mostraram uma maior probabilidade de estarem acima do peso.

Outros estudos também associaram hábitos noturnos a níveis mais altos de HbA1c, um indicador de risco para diabetes, e a picos de açúcar e gordura após as refeições durante o dia.

Impactos no organismo

Um estudo controlado revelou que adultos com sobrepeso experimentaram maior sensação de fome e queima reduzida de calorias quando adotaram um padrão de alimentação tardia.

Os níveis de leptina, um hormônio relacionado à saciedade, estavam mais baixos, enquanto os de grelina, responsável pela sensação de fome, estavam mais elevados.

O hábito de comer à noite também afetou a metabolização da gordura, sugerindo possíveis efeitos no ganho de peso.

Enquanto isso, outras pesquisas indicam que o consumo de carboidratos à noite resulta em picos mais acentuados nos níveis de açúcar no sangue.

Além disso, a melatonina, um hormônio associado ao sono, influencia a secreção de insulina, aumentando o risco de danos vasculares, hipertensão e diabetes tipo 2.

Ou seja, todo o sistema sofre o impacto de comer à noite, alterando os níveis dos principais órgãos reguladores.

Qual o melhor horário?

Via Freepik

Manter um intervalo de três a quatro horas entre a última refeição e o momento de dormir parece ser benéfico para a saúde a longo prazo, além de ajudar a reduzir os sintomas de refluxo ácido.

Nesse sentido, o período entre as 7h e as 19h é recomendado para as principais refeições.

No entanto, em casos específicos, como baixa de açúcar no sangue, pode ser necessário fazer uma refeição noturna. Isso é importante principalmente para pessoas com problemas de insulina, como diabéticos.

Além disso, pacientes em processo de emagrecimento ou reeducação alimentar frequentemente recebem orientações da famosa ceia noturna. Ou seja, comer à noite, mas quantidades pequenas e alimentos leves, com muitas fibras, que não precisam de processamento para o organismo.

Impacto no peso

Ainda, vale reforçar sobre o impacto no peso ao comer à noite ou ter refeições muito tarde.

Embora estudos tenham identificado algumas correlações, não se pode afirmar que comer tarde seja a única causa de ganho de peso ou de problemas de saúde.

Isso porque a individualidade e fatores como genética, exercício e qualidade do sono também desempenham papéis cruciais.

Dessa forma, o melhor é optar por refeições noturnas menores e nutritivas, sendo uma escolha consciente para aqueles que não podem evitar comer à noite.

Cada alimento consumido é uma oportunidade de nutrir o corpo, e compreender os seus impactos pode orientar decisões mais saudáveis para uma vida equilibrada.

Por isso, priorize alternativas com muitas fibras, como cereais, além de iogurtes e frutas leves, como melancia, kiwi e melão, por exemplo. Evite alimentos com muito peso, gordura ou carboidratos, que exigem uma digestão completa.

Com essas trocas, será possível saciar a fome, manter a dieta e ter uma rotina saudável para não prejudicar seu sono.

 

Fonte: Capitalist

Imagens: Freepik, Freepik

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