Por Acredite se quiser, a evolução de cada animal influenciou mais do que apenas a aparência deles.
Muitos seres vivos no reino animal têm seus rumos predefinidos desde o momento de seu nascimento. Essa é uma trajetória da qual raramente conseguem escapar.
Portanto, imagine alguém segurando um rato de laboratório em suas mãos e declarando que esse animal não sobreviverá até completar quatro anos.
O ratozinho dificilmente conseguiria contestar essa predição, uma vez que as probabilidades de que ela se concretize são consideráveis.
Os desígnios dos animais não estão inscritos nos astros, nas conchas de adivinhação, ou nos resíduos de café.
Eles estão codificados em seus genes — um legado esculpido há muito tempo, durante o processo evolutivo de suas espécies.
Os predecessores do rato de laboratório adquiriram a percepção de que o mundo era um lugar impiedoso para eles.
Tendo sido identificados como uma iguaria por inúmeros predadores, esses ratos raramente desfrutavam de longevidade em seu ambiente natural.
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Foco da evolução de cada animal
Consequentemente, a evolução de cada animal não os impulsionou na direção de envelhecerem, uma vez que a maioria mal chegava a uma idade avançada. Em vez disso, sua evolução foi direcionada para a reprodução.
Assim, esses seres adaptaram-se para atingir a maturidade sexual em tenra idade e gerar descendentes em quantidade crescente.
Uma ninhada desses ratos normalmente é composta por aproximadamente oito filhotes, embora existam casos em que até 16 ratinhos nascem de uma única vez.
Nem todos os roedores
Nem todos os roedores enfrentam a mesma preocupação com o passar do tempo. O rato-toupeira-pelado, por exemplo, desenvolveu uma perspectiva de envelhecimento.
Com uma vida útil que chega a trinta anos, esse período é notavelmente longo para um membro do grupo dos roedores.
Embora compartilhem semelhanças genéticas com os ratos de laboratório, o ambiente em que os ratos-toupeira-pelados habitam modelou a maneira como seus corpos reagem à passagem do tempo.
Devido ao fato de serem criaturas subterrâneas, esses ratos praticamente não enfrentam ameaças de predadores.
Consequentemente, a biologia desses animais precisou se adaptar ao envelhecimento em vez de focar na reprodução, pois essa é a realidade que enfrentam.
Vivendo em colônias, uma fêmea desempenha o papel de rainha, semelhante às abelhas.
Somente ela participa da reprodução, enquanto os outros indivíduos trabalham em prol do bem-estar coletivo.
Mais filhotes por vez
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Uma ninhada costuma abranger cerca de dez filhotes, e a fêmea rainha dá à luz a cada 70 dias.
Portanto, mesmo animais com semelhanças podem ostentar expectativas de vida notavelmente distintas, conforme o que é menos favorecido do ponto de vista evolutivo.
No caso dos ratos de laboratório, isso se traduz na limitação de uma vida que não ultrapassaria os esperados três anos, mesmo em um ambiente desprovido de predadores.
Suas células não evoluíram para sustentar uma reprodução prolongada. Logo, eles seriam suscetíveis a doenças fatais.
O que mais influencia a longevidade dos mamíferos?
Além da presença de predadores, a temperatura também pode desempenhar um papel crucial na determinação da longevidade de um animal em nosso planeta.
Um exemplo notável são as baleias-do-Ártico, que podem viver por até dois séculos.
Estes majestosos seres marinhos não enfrentam preocupações com predadores e, ao longo da evolução de cada animal, desenvolveram adaptações para enfrentar as rigorosas temperaturas do Ártico.
Embora haja exceções, em geral, quanto maior, mais lento e mais inteligente é um mamífero, maior tende a ser sua expectativa de vida.
A característica da lentidão é de importância crucial, uma vez que um metabolismo acelerado demanda mais do organismo, o que por sua vez pode aumentar a suscetibilidade a problemas de saúde.
Não é por acaso que, em geral, os répteis têm uma expectativa de vida maior em comparação aos mamíferos.
Fonte: MegaCurioso
Imagens: MegaCurioso, MegaCurioso
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