Ciência e Tecnologia

Como a vida do nosso sistema solar poderia ter começado em Marte?

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Você já pensou se existisse vida em Marte? Esse tema é popular nos filmes de ficção científica e nas teorias mais conspiratórias sobre alienígenas. Mas em algum momento você já se perguntou como a nossa vida, como conhecemos hoje, teria se desenvolvido no planeta vermelho?

É isso que pesquisadores demonstraram em um novo estudo sobre o planeta, chegando à conclusão surpreendente de que seres vivos podem ter se desenvolvido em Marte antes do que na Terra.

 

Via Wikimedia

 

Isso porque o planeta apresenta condições propícias para esse tipo de evolução orgânica. Antes de ser vermelho e deserto, ele já foi azul, como a Terra. Exatamente, ele tinha oceanos profundos. Segundo informações, isso teria acontecido há cerca de 4,5 bilhões de anos.

E uma vez que a existência de água sempre foi um dos fatores primordiais para o início da vida como conhecemos, acredita-se que pode ter existido resquícios semelhantes em Marte, antes mesmo da Terra.

De acordo com pesquisadores, o Planeta Vermelho foi bombardeado com asteroides de gelo, nos primeiros 100 milhões de anos da evolução. No entanto, esses componentes não trouxeram apenas água, mas também moléculas orgânicas que são biologicamente importantes para a vida em Marte.

Na teoria, existiriam condições para o surgimento de matéria orgânica próxima ao que conhecemos da nossa próxima evolução. Por outro lado, algo catastrófico aconteceu antes que a vida pudesse se desenvolver como na Terra.

Alguns especialistas acreditam que uma colisão gigante entre os planetas eliminou toda a vida em potencial, há bilhões de anos. Essa hipótese também poderia justificar outros elementos desconhecidos, como a evaporação dos oceanos em Marte e para onde teria ido a matéria orgânica em potencial.

Pesquisas mais recentes

Via National Geographic

Claro, as teorias não param. Pesquisas mais recentes propostas pela Nasa coletaram amostras importantes para verificar se já existiu vida em Marte. O rover Perseverance foi lançado em 2019, e somente em 2022 foi capaz de recolher os materiais para estudo.

Esses componentes incluem matéria orgânica, uma boa notícia para os entusiastas da vida extraterrestre. Com pedaços de cratera, é possível supor que já existiu algum tipo de lago potencialmente habitável há bilhões de anos.

Isso porque a matéria orgânica tem alta concentração nas amostras avaliadas pelos cientistas, com números consideráveis de vida microbiana. Novas amostras precisam ser recolhidas, mas as pesquisas mais recentes são positivas.

Em 2030, novas missões chamadas Mars Sample Return tentarão localizar mais amostras para a Terra. É interessante acessar esses blocos de cratera porque eles podem apresentar construções químicas propícias para a vida em Marte, como carbono, hidrogênio e oxigênio.

Além disso, nem todas as moléculas orgânicas precisam das melhores condições para se formarem, o que são boas notícias para os cientistas que estudam os segredos do Planeta Vermelho.

Afinal, é possível ter vida em Marte?

Via National Geographic

No final, o mistério continua. As pesquisas sobre Marte costumam ser misteriosas e pouco conclusivas, pois existem cada vez mais provas de que tinha, e que não tinha, vida no planeta vermelho.

Além de amostras, imagens recentes captadas por sondas indicam vestígios de micróbios, uma possível indicação de evolução. Para todos os efeitos, a Terra deixaria de ser o único lugar com vida no Sistema Solar.

A Nasa também continua seus trabalhos, e a comunidade científica comemorou quando a sonda Curiosity identificou misturas de isótopos de carbono em crateras mais novas. Além disso, picos de atividade de gás metano imitam um comportamento biológico da Terra.

Porém, na prática, ainda não existem indicações reais de que já houve, algum dia, vida em Marte. Este é um planeta completamente diferente do nosso, com mecanismos que muitos pesquisadores estão conhecendo agora.

No futuro, a expectativa de ter acesso a instrumentos mais sofisticados mantém a esperança de encontrar algumas respostas. Por enquanto, ficamos apenas com as teorias.

 

Fonte: National Geographic, History

Fonte imagens: National Geographic, Wikimedia, National Geographic

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