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Como será um dia na Terra daqui a 200 milhões de anos? Aqui está a resposta de um grupo de cientistas

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Mesmo que não estejamos por aqui para saber, a ciência conseguiu mostrar como seria um dia na Terra daqui a 200 milhões de anos.

No Observatório Geodésico de Wettzell, cientistas da Universidade Técnica de Munique (TUM) recentemente aprimoraram o laser em anel. Essa é uma tecnologia que permite avaliar as variações na rotação da Terra, e traz insights fundamentais para a astronomia, meteorologia e modelos climáticos.

Nesse caso, esse laser foi capaz de determinar como seria um dia na Terra depois de milhões de anos.

Isso porque o dispositivo traz uma alta precisão, por meio da detecção das flutuações na rotação terrestre decorrentes dos movimentos internos do planeta.

Sob a liderança do professor Ulrich Schreiber, os pesquisadores superaram desafios relacionados ao tamanho e à assimetria do dispositivo, garantindo um equilíbrio aprimorado para medições mais precisas.

Dessa forma, seria possível confiar mais nos resultados encontrados e nas previsões que podemos esperar do planeta Terra no futuro.

Desafios

Via Research Gate

No entanto, a simetria dos feixes de laser opostos – a essência do sistema de Wettzell – foi um obstáculo para a equipe. Para resolver esse problema, os pesquisadores aplicaram um modelo teórico para abordar com sucesso esses efeitos sistemáticos.

Em seguida, conseguiram colocar em prática a angulação correta, possibilitando medições precisas com uma resolução de até a 9ª casa decimal.  Essas melhorias reduziram os intervalos de medição, permitindo a captura de dados a cada três horas.

Urs Hugentobler, professor da TUM, destaca a independência do laser em anel em relação aos pontos de referência espaciais. Conforme o especialista aponta, ao contrário de outros sistemas, o laser opera de forma totalmente autônoma, dispensando a necessidade de pontos de referência no espaço.

Enquanto isso, os sistemas convencionais dependem da observação de estrelas ou do uso de dados de satélites para estabelecer esses pontos de referência.

As medições realizadas têm como objetivo determinar a posição da Terra no espaço, inclusive daqui a milhões de anos. Dessa forma, oferece benefícios significativos para a pesquisa climática e aumenta a confiabilidade dos modelos climáticos.

O professor Ulrich Schreiber, supervisor do projeto, ressalta a importância das flutuações na rotação da Terra não apenas para a astronomia, mas também para o desenvolvimento de modelos climáticos precisos e a compreensão de fenômenos meteorológicos como o El Niño.

Um dia na Terra

Via Nasa

Além disso, pesquisas da Universidade Técnica de Munique revelam que a duração dos dias na Terra está em constante flutuação.

Cerca de 1,4 bilhão de anos atrás, um dia terrestre durava 18 horas e 41 minutos, enquanto na era dos dinossauros chegava a 23 horas.

Atualmente, os dias têm uma duração de 24 horas, mas estudos indicam que no futuro poderão se estender para 25 horas, dentro de aproximadamente 200 milhões de anos.

A gradual diminuição na velocidade de rotação, de cerca de 1,7 milissegundos por século, é atribuída a diversos fatores, incluindo o atrito das marés provocado pela interação gravitacional entre a Terra e a Lua, assim como a atividade sísmica e as mudanças na circulação atmosférica.

Por meio de tecnologias avançadas, os cientistas são capazes de medir com precisão as pequenas flutuações na rotação terrestre.

Estima-se que a cada duas semanas, a Terra experimente variações de aproximadamente seis milissegundos em sua rotação.

Recentemente, os portais também apresentaram estudos que ilustraram como seriam os continentes daqui 250 milhões de anos, bem como as prováveis temperaturas do planeta.

Todos esses elementos e as previsões, que parecem longe de ser verdade, aconteceram justamente por conta do laser em anel.

Isso representa um passo significativo para a ciência e para a área de estudos espaciais, que conseguem trazer propostas mais condizentes com o planeta em que vivemos e em como ele estará daqui a milhões de anos.

 

Fonte: IGN

Imagens: Research Gate, Nasa

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