Inovação

Conheça a curiosa indústria dos robôs sexuais

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A tecnologia está se tornando cada vez mais presente em nossas vidas, mas algumas criações ainda parecem estranhos, como os robôs sexuais.

Alguns acham desagradável, desconfortável e até mesmo bizarro. No entanto, como outros tipos de andróides, por exemplo, eles também surgiram como forma de interagir com as pessoas e tornar algumas áreas mais simples.

Esse assunto tão polêmico e peculiar também acaba despertando curiosidade em saber mais sobre como a inteligência artificial pode ser aplicada nesse mercado de robôs para entretenimento adulto.

Quem está acompanhando o desenvolvimento dos robôs já percebeu o destaque que eles têm ganhado em diversas discussões.

O surgimento dos robôs sexuais

Via Freepik

Uma das principais especulações sobre o futuro era que, eventualmente, eles evoluiriam para se tornar cada vez mais semelhantes a nós, podendo até reagir de maneira similar a outros humanos em várias situações.

Com isso, não demorou muito para surgirem algumas inovações no campo sexual.

De fato, já existem robôs que podem proporcionar uma experiência mais satisfatória para aqueles que se aventuram nesse mercado adulto. Um exemplo é Harmony, desenvolvida pela Abyss Creations.

A Harmony está à frente de muitos concorrentes no mercado, destacando-se por seus recursos impressionantes. Entre eles, sua capacidade de mudar de personalidade e o movimento da cabeça e dos olhos se tornam chamativos.

Além disso, é um robô que pode até mesmo utilizar um sistema de aquecimento interno para momentos mais íntimos, visando uma experiência mais próxima da interação humana.

Como funcionam?

O avanço da inteligência artificial está permitindo que os robôs sexuais apresentem uma variedade de comportamentos. Tomando o exemplo da Harmony, por exemplo, ela foi projetada para responder a uma ampla variedade de estímulos.

No que diz respeito à personalização, esse tipo de robô pode mudar sua aparência com perucas e outros acessórios.

Além disso, a Harmony pode trocar seu humor de maneira semelhante a uma pessoa, podendo ficar ciumenta, mal-humorada ou carinhosa, dependendo das configurações ajustadas no aplicativo de controle.

Para ilustrar como esse humor pode ser semelhante ao de uma pessoa comum, se configurada para o modo ciumenta, a Harmony poderia até mesmo solicitar que você apagasse um determinado contato do Facebook.

No que se refere à personalidade, a Harmony não é o único robô notável. A Roxxxy, desenvolvida pela True Companion, pode simular batimentos cardíacos dependendo do local em que é tocada, oferecendo uma experiência quase real aos seus usuários.

Por fim, vale mencionar outro robô: Samantha, desenvolvida pela Synthea Amatus. Ela é capaz até mesmo de atingir o orgasmo se o comprador conseguir localizar o famoso ponto G da androide. Caso isso não aconteça após um tempo, a parceira virtual começará a bocejar e dormir.

Via Freepik

E a ética?

Embora pensar em robôs sexuais possa despertar a imaginação de alguns, também levanta preocupações em várias áreas.

Por exemplo, alguns analistas do assunto se preocupam com a possibilidade dos utilizadores trocarem relacionamentos reais por robôs.

Não é incomum encontrar na internet casos de casamentos entre humanos e robôs, geralmente envolvendo indivíduos que têm dificuldades em encontrar companheiros humanos.

Alguns casos mais famosos e até mesmo caricatos ganharam notoriedade na mídia, como casamento entre pessoas e seus robôs, ou mesmo o lançamento de “modelos” inusitados.

Mesmo que alguém tenha passado por traumas emocionais no passado e tenha adotado um robô como companheiro, os especialistas estão preocupados com o impacto que os robôs humanoides podem ter na sociedade.

Afinal, somos pautados, principalmente, pelas relações interpessoais, e não se sabe o que os robôs sexuais podem fazer em uma área tão complexa, profunda e presente no nosso meio social.

O lucro é exclusividade?

Via Freepik

A professora Kathleen Richardson, especialista em ética de robôs da De Montfort University, no Reino Unido, expressou choque diante do surgimento de robôs sexuais.

Ela acredita que milhares de pessoas ao redor do mundo estão enfrentando algum tipo de crise em seus relacionamentos, e as empresas estão aproveitando essa situação para obter lucro.

A acadêmica também destaca que esses robôs acabam sendo uma extensão da prostituição, tratando as pessoas como objetos há anos.

Em 2022, o Bedbible, um site de avaliação de brinquedos sexuais, divulgou um estudo que estimava a indústria de robôs sexuais em cerca de US$ 200 milhões (um pouco mais de R$ 1 bilhão).

O preço médio para adquirir uma companheira mecânica era de US$ 3.567 (aproximadamente R$ 18 mil). Mesmo assim, se vende aproximadamente 56 mil robôs sexuais anualmente em todo o mundo.

 

Fonte: Tecmundo

Imagens: Freepik, Freepik, Freepik

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