Natureza

Conheça o maior inseto que habitou a Terra

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Que existem insetos grandes todo mundo sabe, mas qual seria o maior de todos os tempos?

Para responder isso, precisamos voltar a 1939, no estado norte-americano do Kansas. Foi lá que o paleontólogo Frank M. Carpenter descobriu o fóssil de algo semelhante a uma libélula, mas muito maior.

Essa criatura impressionante media incríveis 72 centímetros e pesava cerca de 450 g.

A gigantesca libélula foi nomeada Meganeuropsis permiana e dominou os céus durante a era Paleozoica, do Carbonífero Superior ao Permiano Superior, aproximadamente entre 317 e 247 milhões de anos atrás.

Acredita-se que nem todas eram do mesmo tamanho, então os paleontólogos não descartam a possibilidade da existência de exemplares com uma envergadura ainda maior.

Fóssil de libélula

Via UOL

Entretanto, encontrar outros espécimes fossilizados de Meganeuropsis permiana é um desafio.

Isso se deve à extrema raridade de fósseis de insetos, uma vez que essas criaturas, desprovidas de ossos não fossilizam da mesma maneira que mamíferos, peixes, pássaros e répteis.

Os cientistas afirmam que a Meganeuropsis permiana atingia o dobro do tamanho do maior inseto contemporâneo, o inseto-palito Dryococelus australis.

Além disso, explicam que seu imponente porte estava diretamente ligado ao clima quente e seco da época, assim como à elevada concentração de oxigênio na atmosfera.

À medida que essas condições se modificaram, muitas espécies desapareceram, e outras se adaptaram tornando-se menores.

Comparação entre insetos gigantes

A fim de comparação, o Meganeuropsis  tinha o dobro do tamanho do inseto-palito Dryococelus australis, também conhecido como “Lord Howe Island stick insect”. Ele pode atingir cerca de 15 centímetros de comprimento.

Embora não seja gigante em comparação com a Meganeuropsis permiana, ele é notável por seu tamanho em relação a outros insetos contemporâneos.

Outros exemplos de insetos gigantes incluem algumas espécies assustadoras para os humanos, como as vespas do gênero Megarhyssa. As Megarhyssa macrurus podem ter até 15 centímetros de comprimento devido ao longo ovipositor.

Além disso, também existem alguns escaravelhos gigantes, como o escaravelho Hércules (Dynastes hercules), que pode atingir cerca de 17 centímetros de comprimento, incluindo suas grandes mandíbulas; e os megalópteros, como o Corydalus cornutus, também conhecido como “dobsonfly”, que podem ter envergadura de até 20 centímetros.

E também temos outras libélulas gigantes na pré-história, que podiam ter uma envergadura de cerca de 20 centímetros.

Via Wikimedia

Extinção e redução de tamanho

Existem alguns motivos para os animais terem reduzido de tamanho ao longo da evolução. Inclusive, por isso não temos muitos fósseis de insetos gigantes como a Meganeuropsis.

Isso porque animais menores muitas vezes conseguem encontrar e aproveitar recursos alimentares mais facilmente, especialmente em ambientes onde a competição por comida é intensa.

Além disso, em ambientes com limitações de recursos, eles podem se adaptar melhor, já que requerem menos alimento e espaço. Isso permite que eles ocupem nichos ecológicos específicos de maneira mais eficaz.

Para se reproduzir, é importante ter ciclos mais rápidos, e as gestações se tornam velozes com tamanhos reduzidos, sem muitas mudanças corporais.

Outro motivo importante é que tamanhos corporais menores geralmente exigem menos energia para manter as funções vitais.

Isso pode ser crucial em situações em que os recursos são escassos, e a eficiência energética se torna uma vantagem adaptativa.

De modo geral, a evolução recebe influência direta da seleção natural, onde características que conferem vantagens adaptativas têm maior probabilidade de serem passadas para as gerações seguintes.

Se tamanhos menores proporcionam vantagens na sobrevivência e reprodução, essas características são mais propensas a persistir.

Como animais menores podem ser menos visíveis para predadores e competidores, eles sobreviveram mais, e repassaram esse padrão para seus descendentes.

Por isso, mesmo que existam animais e insetos gigantes, atualmente podemos enxergar um padrão menor e que busca mais a sobrevivência.

 

Fonte: UOL

Imagens: Wikimedia, UOL

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