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Conheça o nômade que espalha gentileza pelos lugares que passa

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Caio Giachetti, 39 anos, é um rapaz nômade que tem como objetivo espalhar afeto e gentileza pelos locais por onde viaja e faz morada. Ele está há aproximadamente sete anos nesse estilo de vida, sem residência fixa e mudando sempre de lugar.

Natural de Araras, no interior de São Paulo, o nômade viaja acompanhado de uma maleta de ferramentas recheada de brigadeiros, no entanto, se engana quem acredita que ele é um vendedor.

“Sou da oficina do brigadeiro. Vim para consertar o seu dia”, diz Caio para as pessoas que encontra pelas ruas.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais viralizou recentemente. Nas imagens, o nômade aparece durante uma apresentação. Assista:

De acordo com Caio, a ideia surgiu depois da morte do pai dele. “Ele sempre dizia que, antes de você querer aproveitar a vida, deve se consolidar profissionalmente. Mas ele acabou falecendo antes mesmo de se aposentar, e isso foi a chave da mudança em minha vida”, explica.

Na época, o nômade vivia em Londres, na Inglaterra, e estava em busca de melhores oportunidades. No entanto, ele afirma que estava infeliz com o rumo da própria vida. Ele vendia brigadeiros pelas ruas londrinas para obter uma renda extra.

“Foi quando decidi mudar e ir atrás de um sonho antigo. Eu queria me tornar um mágico”, disse. “Meu inglês era ruim, mas eu precisava aprender e fui buscar conhecimentos das habilidades de mágica”, acrescentou.

Nômade e artista de rua

Foto: Arquivo Pessoal/ Check-in/ Folha

Após se mudar para Porto, em Portugal, o jovem se consolidou como artista de rua, um mágico, e sempre buscava usar abordagens diferentes. Além disso, para se manter, Caio continuava vendendo brigadeiros.

“Estava em frente a uma loja de ferramentas e vi uma caixa azul e comprida. Logo pensei que nela caberiam mais brigadeiros que no pote que eu carregava e, consequentemente, conseguiria vender mais”, explica.

Naquele momento, ele ainda não sabia como faria para chamar a atenção das pessoas com a venda de brigadeiros.

“Eu queria disseminar a arte, queria que as pessoas levassem mais a sério o ser do que o ter. Escolhi trabalhar com alegria e ver o sorriso no rosto das pessoas”, comenta. “Aí surgiu a ideia de fazer algo que criasse uma ligação afetiva entre meus brigadeiros, as pessoas e eu. E passei a oferecer 20 g de felicidade.”

O nômade carrega consigo o lema: “O dinheiro não pode entrar se a alegria tiver de sair”. Caio conta com a ajuda da mulher, a fotógrafa Carolina Silva Dias, de 36 anos, que prepara os brigadeiros. 

Caio ainda afirma que acredita que a mensagem tem que ser maior que o mensageiro. “Fico muito feliz se uma atitude minha muda o dia da outra pessoa, seja com um gesto, um carinho, uma mensagem ou mesmo com o brigadeiro”, explica.

Conexão e empatia

Foto: Divulgação/ Instagram @Instacaionomundo

O vídeo de Caio começou a inspirar outras pessoas e por isso o casal criou um projeto independente chamado @conexaoeempatia, perfil que mantém no Instagram. A meta é compartilhar a experiência com os jovens moradores de comunidades cariocas.

Ao longo de um ano, o casal visitou as principais favelas do estado do Rio de Janeiro. Enquanto Carol ensinava as meninas a prepararem o brigadeiro, Caio explicava sobre venda criativa para os meninos.

“Nós íamos às praias, ruas e avenidas cariocas. Não era uma tarefa fácil de realizar, mas tínhamos um objetivo, de transformar a vida de alguém”, explica.

De acordo com o nômade, o projeto é feito sem ajuda financeira e somente com a solidariedade das pessoas, através de doações. “Já consegui 12 caixas de ferramentas, as quais foram enviadas para os meninos do Complexo do Alemão e assim seguimos.”

Fonte: VIRTZ

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