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Conheça o X, o “superapp” que Elon Musk deseja criar se comprar o Twitter

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O bilionário Elon Musk tuitou no dia 04 de outubro que “comprar o Twitter é um acelerador para criar o X, o aplicativo para tudo”.  Com a mensagem na rede social, o dono da Tesla e da SpaceX revelou sua intenção de elevar o Twitter a outro patamar. Para a editora de tecnologia da BBC, Zoe Kleinman, Musk pode estar pensando em um “superapp” semelhante ao WeChat da China.

O super app WeChat reúne diversos serviços, incluindo troca de mensagens, redes sociais, pagamentos e entrega de comida. Ainda não existe algo similar no ocidente.

Em comparação, o Twitter é uma plataforma relativamente pequena, com cerca de 300 milhões de usuários ativos. No entanto, é considerada influente, sendo usada por políticos, líderes mundiais e empresas para compartilhar comentários e opiniões.

Kleinman aponta que ao transformar o Twitter em um superapp, Musk poderia afastar seus usuários atuais, mas também atrair um público totalmente novo.

Veja abaixo como funcionam os superaplicativos, e o que pode vir com o X?

Como é a vida com um superapp na Ásia

Foto: Getty Images

De acordo com Tessa Wong, jornalista da BBC, desde pedir táxi e comida até pagar contas e reservar viagens de férias, os superapps, como o Grab e WeChat, oferecem uma variedade de serviços.

A jornalista aponta que o que Elon Musk deseja criar com o X já se tornou fundamental no cotidiano de diversas pessoas em muitas partes da Ásia.

“Eu uso o Grab principalmente para voltar para casa depois de uma noitada, ou pedir comida tailandesa quando não tenho energia para preparar o jantar para a família. Mas muita gente em Cingapura também usa para enviar encomendas e documentos, ou fazer compras online — um colega acabou de comprar um equipamento de karaokê para casa”, disse, conforme repercutido pela BBC.

Além disso, outras extensões permitem que você compre passagens de ônibus e barca, faça reservas em hotéis e até solicite um teste profissional de covid. Esses produtos podem ser pagos por meio do próprio sistema financeiro do aplicativo. 

Existe uma e-wallet (carteira digital) vinculada à sua conta bancária ou cartão de crédito. Além disso, você pode configurar parcelamentos ou pagar com pontos que ganha a cada atividade feita no aplicativo.

Os pagamentos também podem ser feitos por códigos QR com o aplicativo ou por meio de um cartão físico vinculado à sua conta.

Os superapps se estabeleceram em uma região de nativos digitais. Apenas no Sudeste Asiático, aproximadamente três quartos da população usam internet e, desse grupo, 88% possuem smartphone.

WeChat, da China 

Foto: Getty Images

O WeChat, da China, é o superapp asiático original que apontam ser a inspiração para o X de Musk. A plataforma de troca de mensagens e rede social evoluiu para um dos maiores aplicativos da região em questões de diversidade de serviços e número de usuários.

A estimativa, de acordo com a contagem mais recente, é que a plataforma tenha 1,29 bilhão de usuários somente na China.

O WeChat também é uma das maiores redes de pagamento da China. Ele é usado para pagar por bens e serviços e enviar dinheiro uns aos outros. Algumas pesquisas apontam que um usuário chinês gasta até um terço das horas em que está acordado no superapp.

No ano de 2020, WeChat introduziu seu próprio sistema de pontuação. Nele, os usuários conseguem privilégios extras se tiverem bons registros de crédito no aplicativo.

O WeChat também pode exemplificar a principal preocupação com os superapps, como todo mundo faz praticamente tudo em algumas plataformas, esses aplicativos coletam uma grande quantidade de dados sobre as pessoas e podem exercer algum poder sobre nossas vidas diárias.

O debate em torno desses dados são como eles são tratados e até que ponto os governos devem ter acesso a eles.

Caso o X seja concretizado, o aplicativo pode ser visto com receio por alguns, mas para outros a conveniência e a simplicidade de resolver tudo em apenas uma plataforma compensa. Além disso, existe a opção de diminuir o seu uso, para as pessoas que se preocupam em relação à privacidade.

Também vale destacar que nos mercados abertos, aplicativos especializados seguirão disputando usuários, diminuindo as chances da maior parte dos dados ficarem à disposição de apenas uma ou duas corporações.

Fonte: BBC

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