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Conheça os primeiros seres humanos com o corpo evoluído para o ambiente aquático

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Você acredita que os humanos podem começar a se adaptar para passarem muito tempo embaixo da água? Bom, por centenas de anos os Bajau vivem no mar e a seleção natural fez o trabalho de torná-los mergulhadores geneticamente mais fortes.

O povo Bajau vive em pequenos barcos à vela e vivem da habilidade de pescar para sobreviver. O apelido desse povo curioso? ‘Nômades do Mar’. Muitas pessoas desse povo hoje vivem em terra firme, como pequenas ilhas. Porém, eles continuam a usar o conhecimento dos oceanos, vendendo peixes para tirar o sustento. Achou curioso a vida desse povo? A gente conta um pouco mais sobre a cultura dos Bajau para vocês.

Nômades do Mar

Vem cá, quanto tempo você consegue ficar sem respirar embaixo da água? Quando fazemos isso automaticamente o nosso corpo começa a dar alguns sinais. Sua frequência cardíaca diminui, seus vasos sanguíneos se contraem e seu baço se contrai, todas as reações que ajudam a economizar energia quando você está com pouco oxigênio.

A maioria das pessoas conseguem ficar alguns segundos embaixo da água, outras minutos. Mas o povo Bajau é diferente, eles ficam até 13 minutos embaixo da água. Esses ‘nômades do mar’ vivem nas Filipinas, Malásia e Indonésia, lugares onde é possível pescar ou procurar elementos naturais que possam ser usados no artesanato.

Agora parece que um estudo tem indícios de que uma mutação de DNA para baços maiores acontece aos Bajau, uma vantagem genética que quem vive das profundezas do mar.

O lance é que o baço não é tão necessário para vivermos, mas faz uma grande diferença para quem vive na água. Mamíferos marinhos, por exemplo, tem baços proporcionalmente grandes.

A autora do estudo, Melissa Llardo, do Centro de Geogenética da Universidade de Copenhague, queria saber se a mesma característica era verdadeira para humanos mergulhadores. Durante uma viagem à Tailândia, ela ouviu falar dos nômades do mar e ficou impressionada com suas habilidades lendárias.

Em uma entrevista, ela declarou o seguinte: “Eu queria primeiro conhecer a comunidade, e não apenas aparecer com equipamento científico e sair. Na segunda visita, trouxe uma máquina de ultra-som portátil e kits de coleta de cuspe. Fomos a casas diferentes e tirávamos imagens dos baços deles.”

Outra mutação genética

Também foi encontrado um gene chamado PDE10A, que supostamente controla um hormônio da tireoide. Em camundongos, o hormônio tem sido associado ao tamanho do baço, e os ratos que são manipulados para ter quantidades menores do hormônio têm baços menores.

Os pesquisadores teorizam que com o tempo, a seleção natural teria ajudado os Bajau, que viveram na região por cerca de mil anos, a desenvolver a vantagem genética.

E aí, caro leitor, sabia que é possível humanos terem mutações genéticas para se adaptarem ao ambiente aquático? Comentem!

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