Victor Arden Barnard tem 53 anos e 59 acusações por abusos sexuais contra menores. Tudo começou quando ele fundou sua própria religião e atraiu dezenas de fieis para uma região afastada do estado de Minnesota, nos Estados Unidos.
Lá, as pessoas viviam praticamente isoladas. Fabricavam suas próprias roupas e produziam os seus próprios alimentos. No início da criação da comunidade, conhecida como River Road Fellowship, cerca de 180 pessoas viviam sob a “proteção divina” do homem que gostava de ser chamado de pastor.
Ele realizava as pregações da palavra de Deus, que alterava a sua maneira, e dizia o que as pessoas deveriam fazer para agradar ao senhor. Durante uma pregação, ele citou o nome de 10 garotas, com idades entre 10 e 14 anos. Eram as escolhidas para viver com ele.
As meninas, conhecidas como as “donzelas” pela comunidade, foram forçadas a manter relações sexuais com Barnard. O homem chegou a pedir o consentimento de alguns pais para consumar o ato, que permitiram o “sacrifício” de suas filhas.
Os abusos duraram anos e as pessoas só notaram que havia algo estranho quando o líder religioso começou a partir para cima das mães e esposas. Mesmo com os casos de pedofilia vindo à tona, muitos fieis continuaram seguindo Victor Arden, que se mudou para Washington com o restante do grupo.
À princípio, a polícia aparentemente demorou a acreditar nos crimes, até que algumas provas chegaram às mãos dos investigadores. O pastor pedófilo fugiu para o Brasil, onde também tinha outros seguidores. Ele só foi preso recentemente, depois de anos foragido, na praia da Pipa no Rio Grande do Norte.
A prisão, arquitetada pela polícia brasileira, foi comemorada por muitos, exceto pelos seguidores restantes de Barnard, que ainda acreditam que ele é um enviado de Deus.