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Coparentalidade, a nova maneira de criar filhos

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Atualmente, existem pessoas que querem se casar, ou viver em união estável, mas não desejam ou não podem ter filhos. Em contrapartida, há também quem queira ter filhos, mas sem vivenciar uma conjugal, ou seja, querem apenas constituir uma família parental. Por conta de tais vontades, a coparentalidade tem sido a melhor alternativa.

Devido ao crescente número de pessoas que anseiam viver tal realidade, sites como por exemplo PollenTree ou Modamily, têm se especializado a ajudar indivíduos com ideias semelhantes a se encontrarem.

A popularidade da coparentalidade, hoje, é vista pelos especialistas como uma consequência da instabilidade que assolam os relacionamentos, afinal, muitas relações têm sido caracterizadas por um curto prazo de validade.

Com o intuito de retratar a nova realidade, o jornal inglês The Guardian realizou uma profunda análise do caso de Jenica Anderson, uma geóloga de 38 anos, e Stephan DuVal, um fotógrafo de 37 anos. Ambos, adeptos da coparentalidade, decidiram adotar um filho. O casal se conheceu no site Modamily. Depois de trocar algumas mensagens, eles resolveram se encontrar pessoalmente.

O encontro foi tranquilo, sem a pressão que o flerte traz. Afinal, com a coparentalidade, não há necessidade de se consumar a relação nos moldes já estabelecidos.

Coparentalidade

Anderson já tinha um filho, mas queria o segundo, sem ter que viver uma relação a dois, mãe e pai. Como a geógrafa vive em uma pequena comunidade, onde ninguém gostaria de se comprometer com a coparentalidade, a profissional decidiu tentar via web.

“Eu realmente não queria estabelecer uma conexão romântica. Acho que isso complicaria as coisas”, disse Jenica Anderson ao The Guardian. “Eu, hoje, sei que um relacionamento tradicional pode não funcionar. Como Stephan e eu temos a mesma visão, decidimos criar um filho. Meu ex e eu somos muito amigos, e isso me mostrou que a coparentalidade pode, sim, funcionar. Afinal, nesse caso, o importante é a felicidade da criança”.

“Queria um filho para que a vida fizesse mais sentido. Eu até penso em me relacionar, viver um romance, mas enquanto a hora não chega, posso, ao menos, satisfazer uma outra vontade: constituir uma família”, relatou Stephan.

O primeiro encontro de Jenica e Stephan aconteceu em agosto de 2019. Ambos, em tal ocasião, decidiram conceber o filho de forma natural. Ambos recorreram à técnica in vitro. A notícia de que a geóloga estava grávida chegou em setembro. O filho do casal nasceu saudável.

A coparentalidade já existe há anos. Em alguns dos sites citados na matéria é possível encontrar pessoas que adotaram a nova forma de serem pais há mais de uma década.

A professora Susan Golombok, diretora do Center for Family Research, da Universidade de Cambridge, tem pesquisado formas alternativas de se constituir uma família desde 1980. Para a especialista, a coparentalidade é a melhor forma de se criar uma criança nos dias de hoje.

“As pessoas ainda veem a família tradicional como o padrão-ouro”, disse Golombok. “Mas a em nossa pesquisa, que tem sido feita ao longo de 40 anos, mostram que as pessoas que adotam a coparentalidade tendem ser mais felizes que a família tradicional que já conhecemos. Estes são filhos desejados. A maior preocupação dos pais que seguem essa tendência envolve o fato dessas crianças serem estigmatizadas, julgadas ou vítimas de bullying”, explicou.

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